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Novembro 01, 2010

Cartas na mesa – A dinâmica do uso abusivo de drogas no contexto brasileiro

“Me contem, me contem aonde eles se escondem?
atrás de leis que não favorecem vocês
então por que não resolvem de uma vez:
ponham as cartas na mesa e discutam essas leis” Planet Hemp

A seção Cartas na mesa é composta por opiniões de leitores e membros do DAR acerca das drogas, de seus efeitos político-sociais e de sua proibição, e também de suas experiências pessoais e relatos sobre a forma com que se relacionam com elas. Vale tudo, em qualquer formato e tamanho, desde que você não esteja aqui para reforçar o proibicionismo! Caso queira ter seu desabafo desentorpecido publicado, envie seu texto para coletivodar@gmail.com  e ponha as cartas na mesa para falar sobre drogas com o enfoque que quiser.

Nesta edição trazemos artigo gentilmente enviado pelo professor André Toríbio Dantas, coordenador do Grupo de Estudos “Sociedade, Saúde e Cultura na América Latina”, no Núcleo de Estudos das Américas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). André acredita que “Avançando no pensamento que se direciona para a saúde e opções singulares e únicas de cada corpo e espírito, podemos afirmar que se houver equilíbrio na vida, o instrumento droga não é o problema” e nos traz a importante reflexão de como “a visão incompleta das possibilidades humanas inviabiliza a superação de crises e preconceitos”, apontando que “o rompimento com os pensamentos rígidos e conservadores germinam possibilidades de perspectivas inovadoras”. Confira texto na íntegra abaixo:

A DINÂMICA DO USO ABUSIVO DE DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS NOS PROCESSOS INTERDEPENDENTES QUÍMICOS DO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO BRASILEIRO

André Luís Toríbio Dantas- PPFH/UERJ

Meu principal interesse com essa reflexão concentra-se em colocar em discussão as possibilidades viáveis que proponham desconstruções de conceitos e idéias que atualmente são cristalizadas por respeitadas perspectivas científicas tradicionais do conhecimento médico pós-moderno, além de questionar a hegemônica aceitação em aparência de realidade que estas “verdades científicas” possuem no senso comum imaginário dominante de grande parcela da sociedade brasileira.

O significado estático e absoluto da conceituação denominada “dependência química” de drogas lícitas ou ilícitas, e os termos dogmatizados e pejorativos que “viciado”, “toxicômano” e “drogado” carregam legitimados por esta definição científica médica moderna, procuram inviabilizar alternativas de outras visões de mundo que não sejam fundamentadas na lógica mecanicista das sociedades ocidentais que se desenvolveram influenciadas principalmente pelos ideais liberais das Revoluções Francesa e Industrial.

Diariamente estamos em contato com a falência e a inabilidade cientificista que assiste indivíduos apresentando problemas com o uso abusivo e compulsivo de drogas lícitas e ilícitas, crises nos cuidados assistenciais fundamentais, que são agravados pelo estigma moralista que distancia a metodologia da abordagem médica pós-moderna com os cuidados singulares sensíveis e humanísticos que a Saúde Pública tem o dever constitucional de cumprir.

Concomitantemente ondas crescentes de violências, acidentes e crimes que ocorrem nestas sociedades, acompanhadas por situações de desequilíbrios econômicos, sociais e comportamentos competitivos individualistas, estão sendo relacionadas e determinadas devido ao uso abusivo e compulsivo de drogas que ocorrem com um crescente segmento populacional.

Tudo isso são facetas diferentes de uma só crise, que é, essencialmente, oriunda das tensões provenientes de uma visão de mundo que tenta desindividualizar e desumanizar os cidadãos.

Vivemos em sociedades humanas interligadas através dos processos interdependentes dos fenômenos químicos, biológicos, psicológicos, sociais, políticos e ambientais que estão sendo especializadas e massificadas por uma visão de mundo positivista que criminaliza as identidades sociais e culturais dos indivíduos.

Procuramos com este artigo, contextualizado com o meu trabalho na Coordenação do Grupo de Estudos denominado “Sociedade, Saúde e Cultura na América Latina”, no Núcleo de Estudos das Américas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, proporcionar alternativas conceituais que contribuam com os movimentos sociais que se organizam objetivando mudanças nas mentalidades únicas, hegemônicas e exclusivas. Como enfatiza a Dra Hannah Arendt ”Nós só existimos em pluralidade. Os homens não nascem para morrer, mas para recomeçarem-Arendt, Hannah; A condição humana; 2006,”

Abordamos análises sobre as drogas, usuários e os contextos que os envolvem sem a “capa” da interpretação midiática, portanto, não a resumiremos com adjetivos antagônicos “maléficos” ou “benéficos”. Questões instrumentais como a dosagem e a receptividade singular que cada indivíduo possui devem ser consideradas. Segundo Domingos B. Silva Sá, “De fato, o ser humano é, ele próprio, psicoativo. Busca estimulações de toda ordem que reveza, porém, com momentos de calma e relaxamento. Além disso, sonha fantasia, delira e transcende. E é pedagógico lembrar que a história registra muitas formas de agir sobre o psiquismo, além do recurso a substâncias psicotrópicas. As danças, os rituais as seitas, o êxtase ascético, o poder, o jejum, o jogo, a música, a arte e a poesia constituem parte do arsenal psicoativo que a nossa história revela, nele incluídas as drogas. Em resumo, parece ser consensual a centralidade na pessoa humana ­– e não na droga – isto é essencial em qualquer ­­­uso de drogas psicoativas – lícitas e ilícitas… – Bocayuva, Izabela; O Pharmakon, isto é, a droga: uma questão de dosagem ou a dosagem em questão; 2010”.
Podemos incluir na lista das drogas lícitas ou ilícitas determinadas programações de televisão, sexo, exercícios em academias de ginásticas, compras em Shoppings, isto é, tudo que possa causar “dependência química”, já que dinamizam reações de recompensas neuroquímicas e biocósmicas nos indivíduos.

De acordo com Izabela Bocayuva “A educação num sentido radical ensina a liberdade. Liberdade não no sentido de uma incondicionalidade desenfreada, pois isso não seria liberdade, mas sim desgoverno. Liberdade em sentido próprio consiste na capacidade de criar corajosamente e com temperança uma ou mais saídas para cada situação dada, exatamente o que chamamos acima de atitude de prontidão, uma atitude de quem ­– sem nenhum exagero – se encontra de certa forma à beira do abismo, isto é, numa situação tal que precisa ser apropriada a cada vez, que proporciona o solo a ser pisado por cada um de nós a cada passo, um solo que vai se constituindo à medida que vamos caminhando. Não podemos jamais nos esquivarmos dessa condição de beira do abismo. É ela que nos lança na vida como ela mesma é: uma constante surpresa, muito embora procuremos encontrar meios de burlar a surpresa instaurando ou nos metendo em “confortáveis”, mas ao mesmo tempo, sufocantes rotinas. – Bocayuva, Isabel; O Pharmakon, isto é, a droga: uma questão de dosagem ou a dosagem em questão; 2010”

Vivemos em uma sociedade contextualizada nos processos interdependentes de consumo dos produtos e serviços químicos, com as mais diversas “drogas” simbolizadas através de imagens e informações. Novamente Izabela Bocayuva contribui com uma reflexão onde questiona e sugere “Enquanto a sociedade se parte e divide, enquanto ela exclui de início, enquanto ela cria a fantasia da falta, enquanto ela esquizofreniza, não haverá meios de ela gerar homens verdadeiramente livres e fortes, carentes de nada que escravize. Mas haverá chance de haver hoje ou jamais uma sociedade que não esquizofrenize? Talvez não praticamente, tal como seria impossível o caso de haver uma situação de saúde sem nenhum caso de doença. A saúde implica o melhor relacionamento possível com a doença. – Bocayuva, Izabela; O Pharmakon, isto é, a droga: uma questão de dosagem ou a dosagem em questão; 2010”

Avançando no pensamento que se direciona para a saúde e opções singulares e únicas de cada corpo e espírito, podemos afirmar que se houver equilíbrio na vida, o instrumento droga não é o problema. A justa decisão da opção do uso químico precisa ser medida a cada momento, nas diversas pluralidades que se apresentam magicamente através das surpresas geradas pelo desejo de viver.

A violência que acompanha o imaginário simbólico fundamentalista químico ilegal e de criminalidade no Brasil atual pode ser analisado através de uma afirmação da Professora Alba Zaluar que diz “O crime organizado desenvolveu-se nos atuais níveis porque tais práticas [o jogo, as drogas, a diversão principalmente para os jovens] socialmente aceitáveis e valorizadas foram proibidas por força da lei, possibilitando níveis inigualáveis de lucros a quem se dispõe a negociar com esses bens. Os lucros não são gerados pela produtividade ou pela exploração maior do trabalho, mas pela própria ilegalidade do empreendimento. Com tanto lucro, fica fácil corromper policiais e, como não há lei para proteger os negócios desse setor da economia, quaisquer conflitos e disputas são resolvidos pela violência. As taxas de crimes violentos aumentaram em todos os países em que o combate à droga apela para a repressão, inclusive no Brasil (Zaluar, 1999)”.

Nosso relacionamento com as mais diversas “drogas” não devem ser determinados por um modo normativo e definitivo, ou que procure uma regulação “neutra” que universalize todos os indivíduos, culturas e comportamentos. As identidades culturais, origens e raízes dos cidadãos produzem valores diversos, singulares, que não são modelados por determinações cientificistas.

Procuramos suscitar as possibilidades de alternativas conceituais que ampliem portais para a existência de outras percepções que não sejam a já aceita conceituação denominada “dependência química”. Objetivamos que os indivíduos químicos em desequilíbrio no nosso universo químico não sejam dogmatizados e medicalizados para se tornarem seres estáticos e eternamente adoecidos, limitados por impotências e controlados por adestramentos do saber científico médico dito atualizado e moderno, e assim, terem unicamente a opção de conviverem com “vida metafórica” através das limitações elaboradas pela realidade inventada dos valores aceitos de nossa sociedade brasileira dita Pós-Moderna.

As doenças tornam-se manifestas quando o corpo perde o equilíbrio ao encontrar-se em um estado de desarmonia com ele próprio, com a família ou com os significados simbólicos aceitos pelas pluralidades culturais que se interligam socialmente.
Nosso sistema cultural, social, econômico e político, fundamentado em uma perspectiva cartesiana, fragmentada e reducionista, é uma séria ameaça a harmonia do mundo químico interligado.

A noção de equilíbrio dinâmico químico é um conceito útil para definir saúde, envolvendo os aspectos químicos físicos, psicológicos e cósmicos que estão interligados com a vida. Ser saudável significa estar em sintonia consigo mesmo e também com o contexto cósmico.

Devido ao fundamentalismo conceitual estático do saber médico moderno da “dependência química”, o indivíduo acometido do uso abusivo e compulsivo de drogas lícitas ou ilícitas está condenado à impossibilidade de se libertar do estresse, a optar por um modo saudável identificado com sua identidade. A permanência do adoecimento do dito “dependente químico” com uma aparência de saúde se estratifica através da única alternativa apresentada no diagnóstico da “dependência química”: abstinência e aceitação de não mais instrumentalizar o uso de uma, algumas ou várias drogas lícitas ou ilícitas. Esta submissão associada a uma reconstrução condicionada de um modelo de auto-estima, não aborta as reações químicas sociais de violência, crimes, acidentes e suicídios, por serem patologias sociais interligadas com aquele corpo químico momentaneamente “neutralizado”, pacificado e domado.

Todas essas fugas são formas de saúdes precárias. Curar a “doença da dependência química” não tornará o contexto químico saudável, e o controle através do saber positivista médico pós-moderno, enquanto a situação de desequilíbrio e desarmonia persistirem, transferirá as conseqüências comportamentais do indivíduo químico castrado do cio, para outros diagnósticos médicos especializados, como doenças mentais ou comportamentos anti-sociais. As transferências de patologias, que também podem ser apresentadas concomitantemente, alimentam uma Indústria Capitalista Liberal Química que crescentemente aumenta seu poder econômico na nossa sociedade contemporânea de consumos de produtos e serviços químicos.

A origem e o desenvolvimento de diversas patologias mentais químicas se desenvolvem na interação dos indivíduos com seus familiares, amigos e outros grupos sociais. Essas doenças devem ser compreendidas com a percepção da interligação destes organismos individuais nos seus contextos culturais, sociais e cósmicos.

Em nome do progresso, modernidade e crescimento econômico, valores legitimados e doutrinados através do controle da informação midiática gestionada por uma elite econômica, desenvolveram imaginários tecnológicos médicos que devastaram a biodiversidade cultural de resistência coletiva oculta nas memórias afetivas dos cidadãos.

A visão incompleta das possibilidades humanas inviabiliza a superação de crises e preconceitos. O rompimento com os pensamentos rígidos e conservadores germinam possibilidades de perspectivas inovadoras.
As desconstruções dos valores cientificistas liberais pós-modernos apresentadas criticamente no conceito do diagnóstico da “dependência química”, procuram viabilizar as mudanças de paradigmas que substituem a visão especialista e definitiva do racionalismo do conhecimento médico, pelas desconhecidas possibilidades humanas de resgates da vida através do reencontro com os significados de sua identidade cultural e individual.

BIBLIOGRAFIA

Arendt, Hannah; A condição humana; 2006
Bocayuva, Izabela; O Pharmakon, isto é, a droga: uma questão de dosagem ou a dosagem em questão; 2010
Capra, Fritjof: The tão of physics, Shambhala, Berkey, 1975.”Quark physics without quarks: a reviw of recent developments in S-Matrix theory”, American Journal of Physics, janeiro, 1979a.”Can science explain physic phenomena?”, Re-Vision, inverno/primavera, 1979b.
Navarro, Vicente:Medice under capitalism, Prodist, Nova York, 1997.
Tancredi, Laurence R. e Barondess, Jeremiah A.: “the problem of defensive medicine”, Science, 26 de maio, 1998. Thi, John F.: Touch for bealth, DeVorss, Marina Del Rey, Califórnia, 1973.
Zaluar, Alba. Drogas e Violência. Seminário Nacional: Universidade, Educação e Drogas, RJ, 2007

Grupo de Estudos denominado “Sociedade, Saúde e Cultura na América Latina”, no Núcleo de Estudos das Américas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro

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