Renato Godoy de Toledo
da Redação
As operações policiais no Rio de Janeiro resultaram em uma quantidade recorde de apreensão de drogas. Mais de 40 toneladas de entorpecentes foram incineradas em Volta Redonda (RJ). Mas uma pergunta passou ao largo de toda a discussão na mÃdia comercial. Qual seria o objetivo final da guerra à s drogas empreendida pelo Estado brasileiro? O fim de todas as drogas? Passar o controle da venda de drogas a grupos “menos violentosâ€?
Outro questionamento que não foi visto na mÃdia é o fato de que os dependentes quÃmicos e usuários eventuais não deixarão de consumir drogas por conta de tais ações. Assim sendo, procurarão outros fornecedores que serão beneficiados com a escassez dos produtos ilÃcitos.
Para tentar responder esses questionamentos acerca da polÃtica de segurança e anti-drogas no paÃs, o Brasil de Fato ouviu a juÃza Maria Lucia Karam, o ativista do Coletivo DAR (Desentorpecendo a Razão) Júlio Delmanto, e o professor de história da USP Henrique Carneiro.
Seguem abaixo as entrevistas:
Maria Lucia Karam: “Guerra à s drogas encarcera mais negros do que apartheid”
Júlio Delmanto: “O tráfico é o maior interessado no proibicionismoâ€
Henrique Carneiro: “O fim das drogas é um ideal impossÃvel, indesejável e totalitárioâ€