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Novembro 15, 2011

Antiproibicionismo que só cresce

COLETIVO DAR

 

Eles bem que tentaram. Censura revivida, mandados, ofensivas policiais, bombas, jornalistas, políticos e religiosos deturpadores: o preconceito proibicionista, calcado na desinformação e na violência, se articulou em diferentes frentes. Mas não teve jeito. O antiproibicionismo não só resiste, como não para de crescer.

 

Aliando-se aos já tradicionais Princípio Ativo (Porto Alegre), Growroom (Brasil todo), Hempadão (Rio de Janeiro), Canabis Ativa (Natal), Ananda (Salvador), ONG Psicotropicus (Rio de Janeiro), Filipeta da Massa (Recife) e o nosso DAR (São Paulo), novos grupos e coletivos surgem a todo momento pelo país, a fim de questionar a atual lei de drogas e propor alternativas calcadas no respeito aos direitos humanos. Ganja Livre (Salvador), Cabeça Ativa (RS), Cultura Verde (Niterói), Movimento pela Legalização da Maconha (Rio de Janeiro), Coletivo Verde (Santa Maria), Acorda (Fortaleza), Rede de Articulação Antiproibicionista Potiguar (Natal), Acorda (ABC Paulista), Coletivo Plantando Informação (Fortaleza), Revolução Verde (São Paulo) e Coletivo CannaCerrado (Brasília) são algumas das iniciativas surgidas nos últimos tempos, sem falar nos coletivos locais da Marcha da Maconha, que aconteceu em 20 cidades em 2011.

 

Dentro deste cenário, mais uma novidade animadora e importante é o nascimento do Coletivo Cultivando uma Ideia, em Viçosa, interior de Minas Gerais. Surgido em uma cidade pequena e tradicionalmente muito conservadora, cuja vida toda articula-se em torno à Universidade Federal de Viçosa (UFV) – instituição também conservadora, historicamente ligada aos interesses do nocivo agronegócio brasileiro – o coletivo traz sangue novo para o debate em escala regional e nacional.

 

Pra se ter uma noção do cenário onde esta luta floresce, basta lembrarmos que logo na entrada da UFV uma placa lembra que esta está “sempre a serviço da pátria”, e que no interior do campus, instituição pública, há uma capela católica e divisão entre homens e mulheres nos alojamentos de moradia estudantil. Tal ambiente, marcado por grandes pick-ups e repúblicas em quase permanente festa alcólica, não reagiu bem ao ver jovens falando em mudanças de paradigmas, redução de danos, legalização da maconha e planejando a Marcha da Maconha 2012 na cidade.

 

Com a divulgação de uma programação sobre drogas no interior da Nico Lopes – antiga festa realizada na Universidade e que tem sido politizada nos últimos anos com demandas do movimento estudantil – a reação foi ofensiva em diversos níveis, dos comentários agressivos e preconceituosos na Internet e nas salas de aula à recusa de apoio por parte da Reitoria.

 

Mas o pessoal não se intimidou, tá na chuva é pra se molhar e se não tivesse proibicionismo não ia precisar do “anti”. A semana foi muito bem organizada e contou com ótima presença de público, com espaços chegando a ter mais de 200 participantes, como a mesa que teve a presença do Coletivo DAR na quinta-feira. Quebrando o tabu e Cortina de Fumaça foram exibidos, e ativistas como Sérgio Vidal, André Barros e o pessoal do Growroom e do Hempadão foram algumas das presenças que agradaram ao público e fizeram com que o Cultivando uma Ideia saísse vitorioso e fortalecido de sua primeira prova, que teve ainda um ensaio de Marcha da Maconha no interior da festa Nico Lopes e seus trios elétricos e blocos carnavalescos (inclusive os de doidão, como “Bob Marx” e “Quem não tem colírio usa óculos escuros”).

 

Uma frase de Ghandi tem circulado pelo Ocupa Sampa, acampamento anticapitalista no Vale do Anhagabaú de São Paulo: “primeiro te ignoram, depois te ridicularizam, logo te atacam. Então você vence”. Vencidas as primeiras duas etapas, as fronteiras entre a terceira e a quarta estão cada vez mais tênues, para cada um destes coletivos e para todos nós, que buscamos e precisamos de um mundo mais justo.

 

* Fotos: Marcha Nico Lopes 2011, Flickr de Jô Martins

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