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Outubro 05, 2012

Promotoria pede impugnação da candidatura do ex-chefe da Rota

Brasil de Fato

A promotoria eleitoral de São Paulo pediu a impugnação da candidatura do ex-chefe da Rota, Paulo Telhada, nessa quinta-feira (4). Telhada, que concorre a uma vaga na Câmara Municipal pelo PSDB, é acusado de incitar a violência em suas publicações no Facebook e de aparecer com a farda da organização em sua campanha.

O promotor Fabiano Petean, um dos autores da representação contra o ex-chefe da Rota, disse em entrevista à Rede Brasil Atual que Telhada terá cinco dias para apresentar a defesa sobre sua postura na rede social. De acordo com ele, não há prazo fixado para a decisão judicial, no entanto, se o juiz julgar procedente a denúncia do Ministério Público, mesmo sendo eleito, Telhada poderá perder o mandato.

Indignado, o ex-chefe da Rota postou em seu Facebook na noite dessa quinta-feira que está sendo vítima de perseguição política. “Dizem que no Brasil o cidadão tem liberdade de expressão, pergunto: qual liberdade? Estou sendo criticado porque parabenizo a PM e critico os criminosos? Interessante, pelo entendimento desses indivíduos deveria parabenizar os bandidos e criticar a PM.”

Contra a lei

Em sua campanha, Telhada aparece com a farda da organização, o que seria configurado como propaganda eleitoral com símbolos de órgãos públicos. De acordo com o artigo 40 do Código Eleitoral, o uso de símbolos, frases ou imagens, associadas ou semelhantes às empregadas por órgão do governo constitui crime, punível com detenção, de seis meses a um ano.
 

Incitação à violência          

Telhada fez o seguinte comentário nessa foto que está em seu Facebook:

“Achou que dava pra brincar, né.”

No dia 22 de junho deste ano, o ex-comandante publicou uma foto de dois jovens negrosdizendo que se tratavam de “suspeitos” que teriam atacado uma base da Polícia Militar na zona leste da capital. “Eles também podem estar envolvidos na morte do soldado dentro de uma academia. Por favor, compartilhem esse status”, conclamou Telhada a seus seguidores.
Mesmo sem ter provas dos “suspeitos”, outro policial ligado à Rota fez o seguinte comentário: “Tem gente que fala que ladrão não tem cara. Ladrão tem cara sim e em geral tem estilo funkeiro, quem duvida?” Outra pessoa questiona: “Eu só quero saber qual prova que levou a essa acusação sumária?” Telhada responde: “Você acha que um PM da Rota vai postar alguma mentira? E logo em seguida apela, “esses meliantes acham que mandam. Tá na hora de por o fuzil pra cantar, eu tô muito indignado!”

Ameaças

Em julho, por conta da reportagem “Ex-chefe da Rota vira político e prega a violência no Facebook”, surgiram as primeiras ameaças contra o jornalista da Folha de S.Paulo André Caramante. Na matéria, Caramante relata que Telhada usa a sua página no Facebook para “veicular relatos de supostos confrontos com civis (sempre chamados de “vagabundos”), expondo figuras de caveiras vestidas com uniforme da Rota”.

À época, o PM aposentado publicou um texto para se “defender” das acusações do jornalista. Em um dos trechos escreveu: “Um indivíduo chamado André Caramante, notório defensor de bandidos, publicou uma matéria diretamente usando meu nome” e acrescentou “qual será o interesse desse cidadão em defender bandidos? O que será que tem a ganhar com isso?”.

Como resultado, os seguidores de Telhada desde então têm deixado comentários do tipo “pena que não invadiram o ‘ap’ e fuzilaram por engano um desses que defende esse tipo de gente (sic)”, assinou o leitor Reinaldo Oliveira, no site da Folha.

Mas não foi só o repórter da Folha o único ameaçado. Depois de ter protocolado uma representação junto ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE) denunciando o ex-policial por fazer propaganda eleitoral irregular, Givanildo Manoel (Giva), candidato a vereador pelo PSOL em São Paulo, começou a receber ameaças pelo Facebook.

Irritados com a ação enviada ao TRE, seguidores de Telhada na rede social criticaram e ameaçaram o candidato do PSOL: “Esse Giva deve ser pai de algum noia. Alguém deveria verificar seus antecedentes criminais. Tenho certeza que tem passagem na polícia”, diz Lucas Gomes, um dos fãs de Telhada no Facebook.

O coronel, agora aposentado, foi comandante da Rota de maio de 2009 até novembro de 2011. Em dois anos e meio no cargo, a Rota inflou o número de mortes sob sua responsabilidade em 63,16%, com 114 assassinatos cometidos. Telhada é um conhecido linha-dura que se orgulha em sentenciar “bandidos” com morte (sob seu próprio julgamento) e tem 29 processos judiciais e militares arquivados

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