• Home
  • Quem somos
  • A razão entorpecida
  • Chame o DAR pra sua quebrada ou escola
  • Fale com a gente
  • Podcast
  • Quem somos
  • A razão entorpecida
  • Podcast
  • Chame o DAR pra sua quebrada ou escola
  • Fale com a gente
Novembro 11, 2015

Haddad prometeu 30 CAPS, só entregou quatro e diz que dinheiro foi pro Braços Abertos

Programa que não atende nem 400 pessoas e cujos gastos são um mistério teria drenado recursos da saúde mental segundo a prefeitura, que também não cumpriu suas metas sobre creches, hospitais, habitação, sobre a favela do Moinho, etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.. A matéria é da Folha.

Haddad tira do papel só 4 de 30 unidades para saúde mental

 

GIBA BERGAMIM JR.
JAIRO MARQUES
DE SÃO PAULO

A administração Fernando Haddad (PT) mantém emperrada uma de suas principais apostas para melhorar a assistência a dependentes químicos e a pessoas com deficiência mental ou intelectual.

A pouco mais de um ano do fim do mandato, somente 4 dos 30 Caps (centros de atenção psicossocial) prometidos pela gestão petista no plano de ampliação dessas unidades foram entregues.

Os demais nem sequer saíram do papel –ainda aguardam os projetos ou as obras.

Esses centros são considerados fundamentais por especialistas em saúde mental tanto como porta de entrada para os tratamentos como na saída de uma internação.

Neles a pessoa recebe auxílio médico-psiquiátrico, participa de dinâmicas e recebe prescrição de medicamentos.

Atualmente, há 81 Caps no município –dependendo do modelo, funcionam 24 horas. Há unidades específicas para tratar dependentes de álcool e drogas, outras destinados a adultos com doenças mentais e algumas só para crianças.

A prefeitura diz que precisou direcionar recursos para outro programa –Braços Abertos, na cracolândia– e que tem a intenção de entregar mais dez Caps até 2016.

Haddad exalta como uma de suas bandeiras as ações de combate a viciados de drogas na cracolândia, no centro –pelo Braços Abertos, que paga salário aos dependentes em troca de serviços de varrição.

No caso dos Caps, a maioria das áreas que deveriam receber unidades fica nos extremos da capital paulista.

Por exemplo, em frente a um terreno da avenida do Poeta, na Vila Maria (zona norte), onde existe hoje mato e um campo de futebol. Ali, a reportagem viu nas últimas semanas dependentes com cachimbos de crack nas mãos.

PEREGRINAÇÃO

A falta de uma rede maior do serviço tem feito a rotina da dona de casa Ailsa Almeida Cruz, 45, transformar-se “num inferno”. O filho dela, João Pedro, 16, tem autismo associado à esquizofrenia e, juntos, eles peregrinam há seis anos em busca de tratamentos capazes de amenizar os efeitos do distúrbio.

“Estou muito cansada de lutar, de tentar encontrar um lugar público que atenda meu filho de maneira completa e que o faça progredir. Como não encontro, ele acaba ficando como um bicho dentro de casa, em crise”, diz a mãe.

O adolescente tem vaga no Caps de Itaquera (zona leste), mas a família considera que a infraestrutura do centro não alcança as demandas do adolescente, que precisa de atendimentos multiprofissionais e terapêuticos para evoluir.

“Faz dois meses que não vamos ao Caps. Meu filho só recebe o mesmo tipo de terapia e alguns profissionais só sabem prescrever medicamento. Isso sem falar da distância que temos de percorrer até chegar a unidade”, afirma.

O psicólogo Alberto Advincula Reism, coordenador do Laboratório de Saúde Mental Coletiva da Universidade de São Paulo, afirma que ampliar a rede é fundamental. “O Caps é a ponta de lança de toda política moderna de saúde mental. É importante não só pelo acolhimento, mas pela vocação de inserção do sujeito que sofre de transtorno mental em seu meio social.”

Dos 30 centos previstos pela gestão Haddad, 7 são para atendimento infanto-juvenil.

“Num momento de retração econômica, de contingenciamento de despesas, como a prefeitura vai financiar a expansão? Tenho muito pouca esperança. O prefeito vai investir nas creches, onde tem Ministério Público no calcanhar ou nos Caps?”, questiona Reis.

 

Infográfico: Número de Caps em São Paulo

OUTRO LADO

Questionada sobre a não entrega dos Caps previstos, a secretária-adjunta de Saúde da gestão Haddad (PT), Célia Bortoletto, disse que a administração optou por investir no programa Braços Abertos porque o drama da cracolândia era o maior problema na área de saúde mental.

O programa prevê moradia e emprego para viciados dispostos a fazer tratamento.

“Percebemos que tínhamos um problema grave sobre saúde mental, que era a cracolândia. O governo resolveu atacá-lo. Em determinados momentos, temos que fazer escolhas”, disse.

Segundo ela, por isso, os recursos foram direcionados para levar adiante a proposta. “Implantamos uma política diferenciada e premiada de redução de danos e criamos vários consultórios de rua, o que concorreu com o mesmo recurso [destinado aos Caps]. Fizemos a escolha em prol de um programa necessário”, disse.

Outro investimento, segundo ela, foi a criação de residências terapêuticas. “Isso é parte do programa de luta antimanicomial. Acolhemos pessoas que estavam esquecidas em hospitais psiquiátricos”, afirmou.

Em nota, a gestão Haddad (PT) afirma ainda que a falta de recursos federais e a arrecadação aquém do previsto com IPTU em 2014 comprometeram o avanço dos Caps.

“Em decorrência da falta de recursos enviados pelo governo federal, da estagnação do valor arrecado do IPTU e do aumento do subsídio gasto pela prefeitura no transporte público, há dificuldades em implementar as unidades”, afirma a nota.

Ainda de acordo com a secretaria, a meta é entregar mais dez unidades até 2016 -seis delas já com terreno garantido e quatro que ainda aguardam área.

A pasta diz que as quatro unidades inauguradas neste ano mostram que há esforço para o projeto.

A pasta informou que o contrato com instituições conveniadas para atenção a pessoas com autismo chegou ao fim e que os parentes dos atingidos receberam todas as orientações sobre o novo modelo de atendimento.

Comments

comments

Nos ajude a melhorar o sítio! Caso repare um erro, notifique para nós!

Recent Posts

  • NOV 26 NÓS SOMOS OS 43 – Ação de solidariedade a Ayotzinapa
  • Quem foi a primeira mulher a usar LSD
  • Cloroquina, crack e tratamentos de morte
  • Polícia abre inquérito em perseguição política contra A Craco Resiste
  • Um jeito de plantar maconha (dentro de casa)

Recent Comments

  1. DAR – Desentorpecendo A Razão em Guerras às drogas: a consolidação de um Estado racista
  2. No Grajaú, polícia ainda não entendeu que falar de maconha não é crime em No Grajaú, polícia ainda não entendeu que falar de maconha não é crime
  3. DAR – Desentorpecendo A Razão – Um canceriano sem lar. em “Espetáculo de liberdade”: Marcha da Maconha SP deixou saudade!
  4. 10 motivos para legalizar a maconha – Verão da Lata em Visitei um clube canábico no Uruguai e devia ter ficado por lá
  5. Argyreia Nervosa e Redução de Danos – RD com Logan em Anvisa anuncia proibição da Sálvia Divinorum e do LSA

Archives

  • Março 2022
  • Dezembro 2021
  • Setembro 2021
  • Agosto 2021
  • Julho 2021
  • Maio 2021
  • Abril 2021
  • Março 2021
  • Fevereiro 2021
  • Janeiro 2021
  • Dezembro 2020
  • Novembro 2020
  • Outubro 2020
  • Setembro 2020
  • Agosto 2020
  • Julho 2020
  • Junho 2020
  • Março 2019
  • Setembro 2018
  • Junho 2018
  • Maio 2018
  • Abril 2018
  • Março 2018
  • Fevereiro 2018
  • Dezembro 2017
  • Novembro 2017
  • Outubro 2017
  • Agosto 2017
  • Julho 2017
  • Junho 2017
  • Maio 2017
  • Abril 2017
  • Março 2017
  • Janeiro 2017
  • Dezembro 2016
  • Novembro 2016
  • Setembro 2016
  • Agosto 2016
  • Julho 2016
  • Junho 2016
  • Maio 2016
  • Abril 2016
  • Março 2016
  • Fevereiro 2016
  • Janeiro 2016
  • Dezembro 2015
  • Novembro 2015
  • Outubro 2015
  • Setembro 2015
  • Agosto 2015
  • Julho 2015
  • Junho 2015
  • Maio 2015
  • Abril 2015
  • Março 2015
  • Fevereiro 2015
  • Janeiro 2015
  • Dezembro 2014
  • Novembro 2014
  • Outubro 2014
  • Setembro 2014
  • Agosto 2014
  • Julho 2014
  • Junho 2014
  • Maio 2014
  • Abril 2014
  • Março 2014
  • Fevereiro 2014
  • Janeiro 2014
  • Dezembro 2013
  • Novembro 2013
  • Outubro 2013
  • Setembro 2013
  • Agosto 2013
  • Julho 2013
  • Junho 2013
  • Maio 2013
  • Abril 2013
  • Março 2013
  • Fevereiro 2013
  • Janeiro 2013
  • Dezembro 2012
  • Novembro 2012
  • Outubro 2012
  • Setembro 2012
  • Agosto 2012
  • Julho 2012
  • Junho 2012
  • Maio 2012
  • Abril 2012
  • Março 2012
  • Fevereiro 2012
  • Janeiro 2012
  • Dezembro 2011
  • Novembro 2011
  • Outubro 2011
  • Setembro 2011
  • Agosto 2011
  • Julho 2011
  • Junho 2011
  • Maio 2011
  • Abril 2011
  • Março 2011
  • Fevereiro 2011
  • Janeiro 2011
  • Dezembro 2010
  • Novembro 2010
  • Outubro 2010
  • Setembro 2010
  • Agosto 2010
  • Julho 2010
  • Junho 2010
  • Maio 2010
  • Abril 2010
  • Março 2010
  • Fevereiro 2010
  • Janeiro 2010
  • Dezembro 2009
  • Novembro 2009
  • Outubro 2009
  • Setembro 2009
  • Agosto 2009
  • Julho 2009

Categories

  • Abre a roda
  • Abusos da polí­cia
  • Antiproibicionismo
  • Cartas na mesa
  • Criminalização da pobreza
  • Cultura
  • Cultura pra DAR
  • DAR – Conteúdo próprio
  • Destaque 01
  • Destaque 02
  • Dica Do DAR
  • Direitos Humanos
  • Entrevistas
  • Eventos
  • Galerias de fotos
  • História
  • Internacional
  • Justiça
  • Marcha da Maconha
  • Medicina
  • Mídia/Notí­cias
  • Mí­dia
  • Podcast
  • Polí­tica
  • Redução de Danos
  • Saúde
  • Saúde Mental
  • Segurança
  • Sem tema
  • Sistema Carcerário
  • Traduções
  • Uncategorized
  • Vídeos