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Julho 30, 2011

Cartas na mesa – As marchas contra a erva do diabo

“Me contem, me contem aonde eles se escondem?
atrás de leis que não favorecem vocês
então por que não resolvem de uma vez:
ponham as cartas na mesa e discutam essas leis” Planet Hemp

A seção Cartas na mesa é composta por opiniões de leitores e membros do DAR acerca das drogas, de seus efeitos político-sociais e de sua proibição, e também de suas experiências pessoais e relatos sobre a forma com que se relacionam com elas. Vale tudo, em qualquer formato e tamanho, desde que você não esteja aqui para reforçar o proibicionismo! Caso queira ter seu desabafo desentorpecido publicado, envie seu texto para coletivodar@gmail.com e ponha as cartas na mesa para falar sobre drogas com o enfoque que quiser.

Hoje trazemos mais um texto do parceiro Rafael Morato Zanatto, que afirma que adora “os argumentos da reação”, e portanto busca contestar o fundamentalismo de manifestações como a tal marcha contra a maconha e pela vida. “Jesus Cristo se revolta contra a ordem social, contra a religião da tirania, contra os que futuramente virão em seu nome para enriquecer – como os padres e pastores”, lembra Zanatto, que prossegue:  “É chegada a hora de renovar nossas leis, nossas crenças e examinar até que ponto nos serve as tradições. As autoridades religiosas sempre se valeram de suas fogueiras para conter a dissidência”.

Zanatto também contesta um tosco argumento muito recorrente nestes momentos: “’Você daria MACONHA ao seu filho?’ Não se trata de dar ou não dar. A partir de certa idade as pessoas adquirem independência para tomar suas próprias decisões. Aos pais cabe apenas assegurar que a educação dos filhos lhes seja suficiente para sobreviver em sociedade com autonomia. A obediência não deve ser ensinada como dogma, mas apenas como estratégia de sobrevivência. A liberdade é preceito fundamental da educação, e não o contrário”. Confira artigo completo abaixo.

As marchas contra a erva do diabo

Rafael Morato Zanatto

 “E Deus disse: “Que a terra crie vegetação: plantas, árvores frutíferas de todos os tipos na terra que possuam frutos com semente dentro.” A terra trouxe a vegetação: plantas de todos os tipos, e árvores de todos os tipos que possuíam frutos com sementes dentro. E Deus viu que isso era bom”. [Genesis]

Adoro os argumentos da reação. A profundidade como expressam suas idéias – estéreis, o apelo à família e o patriotismo com que convocam os brasileiros para engrossar sua manifestação contra a legalização da maconha fazem tremer de rir os que não se apegam ao dogmatismo. Que conceitos são esses – que belo constructo – a cultura cannabica floresce das cinzas. Já está claro a muitos segmentos da sociedade que a erva diamba, não é demônio. Mas se fosse, não haveria de ser nenhum mal. Quem era Lúcifer senão o primeiro grande revolucionário. O primeiro a desafiar o que tudo vê e o que tudo pode. A guerra santa contra a legalização da maconha parece carecer de mais solidez e menos inconseqüência. Já está claro para a sociedade que a opinião religiosa é ineficaz, ineficiente, e de algum modo intransigente quando se ocupa de oferecer resoluções para os problemas contemporâneos.

Podemos observar as contribuições dos movimentos religiosos no apoio à guerra às drogas e da proibição do aborto. A primeira só faz crescer a violência e a desigualdade. A segunda apenas condena milhares de mulheres pobres à morte todos os anos. A proibição do aborto não impede que o seja feito, pois o ser humano é livre e detém o domínio sobre o próprio corpo. Pelo contrário, o aborto pode ser feito com todos os cuidados médicos em clínicas luxuosas para aqueles que podem pagar. Mas também é feito de modo caseiro, e é nessa prática que ocorrem os acidentes. A proibição apenas impossibilita a existência de políticas públicas que auxiliem os que não podem pagar pela interrupção da gravidez. Falam tanto em preservar a vida, – “marchemos pela vida contra a maconha!” – ao passo que suas superstições condenam tantos ao cárcere, à morte.

Como anjos vingadores, o argumento religioso promove sua cruzada contra os degustadores de maconha: “Que tiremos força de nossa união, de nossa família, para combater os que querem uma nação de viciados”! E já não somos mesmo um amontoado de viciados em comprar, ver TV, novelas, academia, dirigir, e beber, tomar ácido, puxar um fumo de vez em quando ou há todo momento. Conceber a existência do homem regrado é uma composição ideológica limitada, ocupada em cristalizar comportamentos segundo a moral preponderante da sociedade, que ainda é a cristã. Os fundamentos básicos da moral comumente são entendidos como verdades inexpugnáveis de uma maioria.  Assentado em porto seguro, as religiões não se apercebem das mutações no interior da própria sociedade; não apreendem o florescimento de novas idéias, práticas ou demandas. A revisão das verdades não se passa com aqueles que dela se beneficiam. E isto está claro para aqueles que não se orientam por dogmas, que recusam o castrar-se idealizado. A ovelha se desgarra do rebanho para não cair num abismo que é intransponível para os dogmas. Só posso acreditar em um homem que plane sobre o abismo, com suas próprias forças; ética luciferina ou a tão chamada autocrítica, o que o ser humano tem de mais humano.

Acho que fritei minha cabeça de tanto ler Dostoievski, que não consigo mais ignorar no homem uma tendência instintiva para o irracional, a liberdade desregrada, o sofrimento. Os movimentos contra a legalização revestem seu discurso oferecendo o caminho da felicidade, mas se esquecem que a liberdade situa-se acima da felicidade. A busca dessa liberdade arrasta o ser humano da liberdade ilimitada ao despotismo ilimitado. O homem deve ter o direito de desejar o absurdo e não só o que é razoável. Ser problemático e misterioso, toda sua natureza é contradição e luta entre tendências que se opõe e se harmonizam. Tem necessidade de mostrar-se homem e não máquina. Nunca renuncia ao verdadeiro sofrimento e ao caos.

Para Dostoievski, o sofrimento é a única fonte de conhecimento e essa tendência é um resto de irracionalidade de que sempre permanece no ser humano, fonte única da vida. A natureza humana, dinâmica na sua essência, estará em constante transformação devido à antinomia que caracteriza sua estrutura singular; é nesse movimento que o ser revela seu próprio fundo, sua configuração última. Nietzsche e Dostoievski sabiam que o homem é terrivelmente livre, que sua liberdade, trágica, é o fardo e sofrimento.  Mauricio Tragtenberg acertadamente demonstrou que todo o destino do homem obedece à dialética da liberdade.

Por essas e outras, se enganam aqueles que visam encarcerar a consciência em um conjunto de regras a partir da leitura da bíblia. A pena de Espinosa, seleto membro da confraria dos irreverentes, compartilhou conosco que não há verdades nas escrituras, mas apenas preceitos morais e políticos que sustentam a preservação da comunidade dirigida por homens, não ocupados em conhecer deus, mas em dirigir um povo. Para tal, se valem da bíblia como se fosse ciência ou filosofia, para manter a superstição, e através desta sua função social. Anibal Vaz de Melo apresenta Jesus Cristo como um desses homens que se colocaram contra os dogmas de uma sociedade religiosa, em que os dirigentes do estado hebraico se valiam das sagradas escrituras para manter a opulência de sua condição social. Em João, IV, 21-24, Jesus desmascara as religiões organizadas: “Mulher, disse ele, é chegada a hora em que nem neste monte, nem em Jerusalém adoráreis o Pai, porque ele só poderá ser adorado pelos verdadeiros adoradores, em espírito e verdade”.

O deus que Cristo concebia e amava era muito grande para caber dentro das sinagogas e dos templos. Cristo renegou os deuses criados pela imaginação humana e doentia dos sacerdotes, porque esses deuses, sempre a serviço dos fortes, são ferozes, falsos, vingativos, cheios de ira, é o deus que podemos contemplar na leitura do Êxodo, XX, 5: “Eu sou o senhor teu deus, o deus forte e zeloso, que vinga a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem”.

Jesus Cristo se revolta contra a ordem social, contra a religião da tirania, contra os que futuramente virão em seu nome para enriquecer – como os padres e pastores. Cristo concebe que o homem mais nobre é aquele que sofre não apenas por si mesmo, mas por todos os seus semelhantes. Como o mundo não pode ser mudado, o homem deve ser mudado pelo amor. Eis a diferença entre a lei mosaica, apoiada no “olho por olho, dente por dente” de talião, e a resignação cristã, o dar a outra face. A primeira é a lei de um estado sadio e poderoso, governado por déspotas e a lei cristã é a de um estado oprimido.

Não fica difícil compreender a atividade das tendências religiosas contra a legalização da maconha. O que eles querem é atrair o povo como cordeiros, mascarando a partir do uso dos biografistas de Jesus – Lucas, Mateus, Marcos e João – sua concepção ideológica contra a maconha. O cristianismo primitivo, defensor dos pobres, dos párias e dos explorados não existe mais. Deixou de existir enquanto ideal de resistência e passou a ser ideologia de dominação nas mãos do imperador romano Constantino. O cristianismo então seria incorporado como instrumento das autoridades religiosas e políticas, mas em cristo o princípio de autoridade vinha de dentro para fora, a partir da consciência individual de cada homem, e foi a razão por que ele pôde dizer aos homens, conscientemente: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” e “eu a ninguém julgo”, em João, VIII, 15.

Mas o cristianismo hoje que vemos se levantar em marcha contra a legalização da maconha parece justamente se valer de que estão em maioria, ou seja, alguns conhecedores da bíblia a se valer das escrituras para coordenar um grande rebanho. É chegada a hora de renovar nossas leis, nossas crenças e examinar até que ponto nos serve as tradições. As autoridades religiosas sempre se valeram de suas fogueiras para conter a dissidência. Basta nos lembrarmos de Giordano Bruno, Joana D´arc, dos Anabatistas e das comunidades milenaristas que se isolaram do poder das instituições religiosas. Estes últimos acreditavam que o julgamento final – o apocalipse – havia ocorrido no ano 1000 d.C., e se formaram as comunidades. Lá passaram a desenvolver uma filosofia de vida inspirada em deus, tal como nas comunidades do cristianismo primitivo.

Uma das mais peculiares era a doutrina do livre espírito, que existiu nas florestas da Bretanha por volta do século XIII. Viviam como Adão e Eva, em uma comunidade orientada pelo amor e pelo conhecimento, sendo o princípio de liberdade o caminho para a felicidade. Abandonaram as regras dos cultos e das catedrais, das moedas de ouro e das indulgências, que apenas serviam para manter a opulência dos de seus verdugos. A eles restaria viver em liberdade, em estado de harmonia e felicidade. O conto “Curiango”, de Afonso Schmidt parece ser inspirado nas comunidades que resistiram à opressão das igrejas e de seus representantes, tendo por fim da história o completo aniquilamento. No país de Harmonia não havia propriedade, mesquinhez e homens governando homens, julgando-os sob o peso das leis que sustentam a tirania e a incompreensão. O abade e o burgo-mestre temeram por suas posições sociais, dispensáveis segundo a comunidade autogovernada. Tão logo se afastaram de Harmonia, pregaram aos citadinos que lá residiam pagãos, feiticeiros, minorias que estavam a minar a “verdadeira” palavra de Cristo. Logo, organizariam o povo do burgo, embrutecido de ódio, para massacrar os infiéis.

Após demonstrar que as bancadas religiosas, os padres, pastores, apenas estão a manipular a palavra de Cristo em beneficio próprio, resta comentar o apelo de seu discurso para a necessidade de preservar a família, blindando-a contra a ameaça da erva maldita. A concepção de família também passou por diversas mutações através dos tempos, e não há como negar que hoje tal conceito é atravessado pelo ideal burguês. A organização da família segundo os interesses privados não serviu aos propósitos do grande revolucionário Jesus Cristo. Não poderia a ele, filho de um adultério, defender o ideal de família individualista como se conhecia na antiguidade e tal como se concebe hoje. Cristo, ao contrário, pregou com desassombro a grande verdade da família espiritual das almas afins, unida e entrelaçada pelos mesmos sentimentos, afeições e ideais. Induziu pelo conselho e pelo exemplo o abandono completo do lar e a renúncia das amizades de pai, mãe e irmãos, para aqueles que quisessem acompanhá-lo em sua profissão de fé, amor, bondade e fraternidade. Assim o falou em Mateus X, 37: “Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim, não é digno de mim; e o que ama o filho ou a filha mais do que a mim, não é também digno de mim”.

Cristo defende o abandono da família legal ou de sangue para dar-se de maneira mais completa ao amor dos semelhantes. Cristo não pregou a destruição dos lares, mas sim a santificação da verdadeira família, que é a família universal, defendida dos interesses egoístas, pois “até o irmão entregará à morte seu irmão, e o pai ao filho; e os filhos se levantarão contra os pais e lhe tirarão a vida”, em Mateus, X, 21.

De que falam tanto os doutrinadores contra a maconha, essa destruidora de lares que para outros é erva terapêutica, de recreação. O homem sempre se drogou, seja em qualquer cultura. Porque tanta restrição a uma erva milenar. Aqueles que vivem segundo Cristo, não o fazem seguindo pastores e padres, mas cultivam em si a autonomia. Não freqüentam templos, não buscam confortos exteriores de doutrinadores profissionais. O que esperar daqueles que falam da felicidade cerceando a liberdade. Grades e mais grades que não se fundamentam no amor, mas no controle, na gestão de pessoas, nos dízimos, na manutenção da superstição e das posições sociais dos sacerdotes. Não nos cabe contrapor o amor universal ao particularizado, mas transformar o particular em um foco luminoso para iluminar intensamente todos os seres humanos que sofrem e são oprimidos.

Amai ao próximo como a ti mesmo, mas acredito que os cristãos não devem amar os maconheiros, pagãos pervertidos que agora saem de suas casas para exigirem que suas opções individuais, embebidas de autonomia, sejam respeitadas e dignificadas no oceano de interesses que permeiam as relações de poder. A democracia não é a vontade da maioria, pelo contrário, é o fundamento da coexistência entre o todo e a parte, entre as tendências dominantes e minoritárias. Tal concepção, não faz da exclusão de uma coisa o fundamento de outra, mas a garantia da existência de interesses plurais. A arbitrariedade com que alguns políticos e religiosos se valem da política representativa para assegurar seus interesses em nada tem de democrático. Democracia pressupõe auto-representação, ação direta, onde no conjunto de tensões sociais, a liberdade esteja assegurada.

Mas os religiosos movem sua cruzada contra os maconheiros, “esse tipo de gente” que tanto assusta os que da planta nada conhecem. O que podemos esperar com essa guerra travada no campo moral? As guerras sempre foram estratégias para afirmar posições, sustentar interesses e fortalecer os líderes. Estão então os religiosos que dirigem seu rebanho galgando mais prestígio entre seus quadros, assegurando a legitimidade de seus postos pela caça às liberdades individuais? Os argumentos ideológicos empregados não transcendem o senso comum, e limita-se a apavorar os fiéis com a tão temível pergunta: “Você daria MACONHA ao seu filho”? Não se trata de dar ou não dar. A partir de certa idade as pessoas adquirem independência para tomar suas próprias decisões. Aos pais cabe apenas assegurar que a educação dos filhos lhes seja suficiente para sobreviver em sociedade com autonomia. A obediência não deve ser ensinada como dogma, mas apenas como estratégia de sobrevivência. A liberdade é preceito fundamental da educação, e não o contrário. Quando um filho não ouve os conselhos de um pai, de nada adianta o porrete, e sim o exercício do pensamento, o debate direcionado para a compreensão do problema, e não a vitória de qualquer parte. É necessário reavaliar as estratégias educacionais baseadas em respeito. Educação não é obediência. Mas aliada à desobediência, transforma-se potencialmente numa estratégia educacional planificada. A desobediência ou deseducação permite ao homem alargar sua estreiteza, demolir os dogmas, restando-lhe apenas como norte o exercício da autocrítica. Munido desta capacidade o homem é um templo. Nisso estava certo o radical russo Alexandr Herzen, em seus ensaios sobre a educação [autoritária] tal como era concebida em seu tempo. As marchas pela legalização da maconha estão ai para exorcizar a ignorância daqueles que acreditam que política se faz no parlamento, e não nas ruas. Liberdade antes que tardia! Essa é a ideologia daqueles que querem que a sociedade não apodreça. Às minorias cabe fazer as podas. À maioria, fica a tarefa de ignorar que a sociedade necessita de reparos e transformações, e resta-lhe colocar-se em contradição com as novas relações sociais que avançam na luta pela legalização da maconha.

 

Livros de consulta

Jesus Cristo, o maior dos anarquistas, de Anibal Vaz de Melo.

O fundamento da moral, de Marcel Conche.

A bíblia sagrada, de vários autores.

Na senda do milênio, de Norman Cohn.

Os possessos, O jogador, O idiota, de Dostoiévski.

O capitalismo no século XX, de Maurício Tragtenberg.

Espinosa, vida e obra, de Marilena Chaui.

Anotações sobre Dostoiévski, de Georg Lukács.

As formas e a vida, de Carlos Eduardo Jordão Machado.

E mais alguns que colaboraram com o trajeto.

 

 

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