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janeiro 26, 2012

Escurrassab: um prefeito que é alvo de seu povo, um governador que foge dele

SP 458 tem confusão, ovo em Kassab e festa

Manifestantes contra ação na cracolândia e retirada de sem-teto no interior brigam com a PM na praça da Sé

Prefeito deixou catedral pela porta dos fundos, mas teve o carro oficial cercado e atingido por pedras e outros objetos

Folha de S.Paulo

EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
MARINA GAMA
RAPHAEL SASSAKI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No dia de seu aniversário de 458 anos, a cidade de São Paulo teve confronto entre cerca de 800 manifestantes e policiais, ovos jogados no prefeito, festas e shows.

Pela manhã, após a missa de celebração do aniversário, na Sé, manifestantes ligados a partidos de esquerda, sindicatos e outras entidades entraram em confronto com a Polícia Militar ao tentar agredir o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD).

O protesto era contra a operação policial no combate ao consumo de drogas na cracolândia e contra a reintegração de posse do Pinheirinho, em São José dos Campos.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) não compareceu à missa. Assessores do tucano disseram não saber o motivo de sua ausência.

Aos gritos de assassino, os manifestantes se voltaram contra o prefeito, que tem defendido publicamente a ação da PM na cracolândia.

Logo após a missa terminar, Kassab, seus assessores e seguranças aguardavam a polícia controlar a situação para sair da igreja pela porta dos fundos. Prefeito e auxiliares comentavam que o alvo era Alckmin, ausente.

Os manifestantes, cerca de 800 segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego, cercaram a igreja para impedir a saída de autoridades.

Além de Kassab, estavam na igreja o vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD), os deputados federais Gabriel Chalita (PMDB) e José Luis Penna (PV), o secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo (PSDB), o comandante da PM, coronel Álvaro Camilo, vereadores e secretários municipais.

SAÍDA PELOS FUNDOS

Kassab tentou deixar a catedral antes do fim da celebração, pela porta dos fundos. Mas logo que apontou na porta quase foi atingido por uma bandeira. Ele então desistiu e voltou para a igreja, onde ficou por mais 20 minutos, em absoluta tensão.

A equipe de segurança do prefeito pediu o apoio da Força Tática para sair.

Na segunda tentativa, Kassab conseguiu sair, sob uma chuva de pedras, ovos, bolinhas de papel e garrafas.

Os policiais fizeram um cordão de isolamento ao redor do carro do prefeito enquanto manifestantes tentavam, com chutes e socos, quebrar o veículo. Um policial foi agredido e revidou, iniciando a confusão.

A polícia partiu para cima dos manifestantes com cassetetes, spray de pimenta e bombas de gás. Um manifestante ficou levemente ferido.

Enquanto os manifestantes tentavam agredir Kassab, Afif e o coronel Camilo deixaram o local sem serem vistos.

Após a confusão, os militantes seguiram para a prefeitura, onde Kassab entregaria, minutos depois, a medalha 25 de Janeiro à presidente Dilma Rousseff, Alckmin e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Eram cerca de mil pessoas, segundo a prefeitura.

Se o clima minutos antes era de guerra, lá a sensação era de festa. Com os rostos pintados com listras rosas e adesivos dizendo “Somos todos Pinheirinho”, os manifestantes entoavam gritos contra Dilma, Alckmin, Kassab e o sistema capitalista.

Após quase 2 km de caminhada e muitos discursos, o protesto minguou e chegou à cracolândia com menos da metade da multidão.

Após mais alguns discursos de dirigentes sindicais e políticos, a manifestação acabou com teatro, rodas de capoeira e um rap improvisado.

Manifestantes atiram ovos em carro de prefeito durante protesto em São Paulo

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Integrantes de movimentos sociais que faziam uma manifestação na Praça da Sé, região central de São Paulo, atiraram ovos no carro que o prefeito Gilberto Kassab usou para sair da Catedral da Sé, onde assistiu a uma missa pelos 458 anos da capital, comemorados hoje (25). Os manifestantes esperaram por Kassab em uma saída lateral da igreja, mas, quando souberam que o prefeito estava saindo por outro lado, correram em sua direção e houve tumulto. A Polícia Militar usou gás lacrimogêneo para conter a confusão.

Em um dos pontos onde um veículo oficial aguardava a saída do prefeito, manifestantes cercaram o carro, gritando palavras de ordem, e um dos integrantes esvaziou um dos pneus do carro, enquanto outros batiam no veículo.

Procurada, a assessoria de imprensa da prefeitura de São Paulo informou que não iria comentar o incidente ocorrido na saída do prefeito Gilberto Kassab da Catedral da Sé.

O ato político começou no início da manhã e os manifestantes protestavam contra as operações do governo estadual e municipal na Cracolândia, na comunidade do Moinho e no Bom Retiro, onde houve um incêndio em dezembro, e contra a retirada das famílias que ocupavam a área conhecida como Pinheirinho, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba. No local, ocupado desde 2004, viviam cerca de 6 mil pessoas.

De acordo com os organizadores, mais de 60 entidades participaram da manifestação, que reuniu cerca de 800 pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar.

Segundo Júlio Delmanto, representante do Coletivo Desentorpecendo a Razão (DAR) e da Marcha da Maconha, o objetivo da mobilização foi mostrar a insatisfação contra o processo de militarização do centro de São Paulo e da Cracolândia. Delmanto disse que o protesto também foi contra a repressão aos moradores do Pinheirinho, área da periferia de São José dos Campos, que começou a ser desocupada domingo (22), por decisão judicial.

A questão da favela do Moinho, que, de acordo com Delmanto, é uma região que desperta forte interesse da  especulação imobiliária, também foi lembrada na manifestação. “O que nos une aqui é uma reação contra a especulação imobiliária, determinando a militarização de São Paulo.”

Para Delmanto, as ações na Cracolândia se inserem na política de guerra às drogas, com a “higienização” do centro da cidade, mas sem demonstrar preocupação com a saúde dos dependentes químicos, que estão sendo jogados para outras áreas. “O que acontece é a expulsão da população pobre para as periferias, porque o centro é cada vez mais requisitado pelos interesses econômicos, ainda mais com a Copa do Mundo, prestes a ocorrer”, disse ele

 

Debaixo de ovos e vaias, Kassab é cercado na Sé, em SP
Terra

Manifestantes protestam contra Kassab e Alckmin em frente à Catedral da Sé. Foto: Terra Britto/Futura PressManifestantes protestam contra Kassab e Alckmin em frente à Catedral da Sé
Foto: Terra Britto/Futura Press

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Nem só de festa tem sido o dia de comemorações pelo aniversário de 458 anos da cidade de São Paulo. O cerco da população ao prefeito da cidade, Gilberto Kassab, e a Geraldo Alckmin, governador do Estado, dominaram as redes sociais nesta manhã de quarta-feira (25).

Segundo relatos de internautas, manifestantes de movimentos sociais teriam cercado Kassab, que acompanhava a missa na Catedral da Sé, um dos cartões postais da metrópole. O prefeito, que deixava o local, precisou se refugiar de volta na catedral: “aqui na Sé, Kassab (foi) cercado. Teve que correr acuado de volta pra igreja. Protesto pesado. Forca tática chegou. Kassab saiu debaixo de ovo e porrada. Assim que entrou no carro, gás e bomba. Nuvem lacrimogênia em volta da catedral. Kassab ‘vazou’, sujo de ovo e sob gritos de “fascista”. Agora todos (estão) atrás de Alckmin e Dilma na prefeitura. #SãoPaulo458Anos”, relatou o internauta @torturra, no twitter.

De acordo com internautas Alckmin também estaria no evento, mas sua presença não foi confirmada: “na #Sé, os movimentos sociais estão protestando em todas as saídas. Alckmin e Kassab estão dentro da igreja. Movimentos panfletam saída da Sé. Alckmin e Kassab têm que recorrer a porta dos fundos, onde tem mais manifestantes”, disse @mairakubik.

“Muita gente com marca dos estilhaços da PM assassina de Alckmin! Me acertou na perna e no cóccix! Fora a pimenta! Alckmin fugiu, mas deixou a PM brutalizar! Assassino! PM usou bombas de pimenta e muita violência na Sé! Estilhaços me atingiram, mas nada grave”, comentou @Tsavkko. Segundo internautas, o prefeito da cidade saiu da Catedral pela porta dos fundos: “Kassab saiu pelos fundos da Sé, e soltaram bomba. #Pinheirinho”, escreveu @SilMarq.

Manifestantes cercam carro da prefeitura
no centro e atiram ovos em comitiva

Segundo PM, cerca de mil pessoas seguiram rumo à prefeitura e ruas foram fechadas

Do R7
protesto ovoMarcio Fernandes/AE

Manifestantes atiraram ovos em carro oficial. segundo a PM, os protestos eram pacíficas até por volta das 9h30

Manifestantes cercaram o carro da prefeitura de São Paulo e atiraram ovos contra sua comitiva na manhã desta quarta-feira (25).O tumulto aconteceu quando o prefeito de São Paulo deixava a igreja da Sé, no centro da capital. Gilberto Kassab estava lá, junto de outras autoridades, para assistir à missa em comemoração aos 458 anos da cidade.

Segundo a Polícia Militar, a confusão foi promovida por simpatizantes de causas como a do Pinheiro, em São José dos Campos, e da região da Nova Cracolândia.

Ainda segundo a polícia, por volta das 11h40, cerca de mil pessoas deixaram o local e seguiram rumo à prefeitura da capital, no Viaduto do Chá, também no centro. Para evitar mais conflitos, a PM fechou algumas das ruas ao redor do edifício.

Até a publicação desta notícia, ninguém havia sido preso, ainda de acordo com a polícia.

Entenda o caso

O ato teve início na praça pois a igreja teria uma missa feita em comemoração aos 458 anos da cidade, com a participação do prefeito Gilberto Kassab e outras autoridades.

Segundo a PM, após a saída do prefeito houve um princípio de tumulto. Os manifestantes cercaram o carro do prefeito e a polícia precisou intervir para evitar mais confusão.

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