• Home
  • Quem somos
  • A razão entorpecida
  • Chame o DAR pra sua quebrada ou escola
  • Fale com a gente
  • Podcast
  • Quem somos
  • A razão entorpecida
  • Podcast
  • Chame o DAR pra sua quebrada ou escola
  • Fale com a gente
Novembro 04, 2012

EUA: Plebiscitos podem legalizar maconha em 3 estados nesta terça

COLETIVO DAR

Nesta terça-feira, 6 de novembro, serão realizadas as eleições presidenciais nos Estados Unidos, e neste dia também eleitores estadunidenses podem estar decidindo o futuro da guerra às drogas. Não que uma vitória do moderado Obama ou do ultraconservador Romney possam mudar as políticas proibicionistas impulsionadas pelo país há um século: é que neste mesmo dia os estados de Colorado, Oregon e Washington votarão plebiscitos sobre a legalização da maconha. E o cenário é animador: em 2 deles o SIM está vencendo nas pesquisas.

Num país em que o mercado regulamenta praticamente tudo, as pesquisas de opinião não são lá muito confiáveis, seus resultados variam bastante de acordo com os interesses dos que promovem as enquetes. Mas tudo indica que nos estados de Colorado e Washington há grande chance da legalização da maconha ser aprovada.

Apoiada pelo Partido Democrata e combatida pelo prefeito da capital Denver, a proposta do Colorado – 22º estado mais populoso do país, com cerca de 5 milhões de habitantes -, conhecida como Emenda 64, é considerada a favorita entre as três. Segundo o Denver Post, pesquisas indicam por enquanto um cenário de 51% de aprovação ao SIM, com apenas 40% para o NÃO.

Colorado já é um dos 17 estados do país que permitem acesso à maconha medicinal, havendo por lá cerca de 500 dispensários legais que gerariam aproximadamente 4 mil empregos diretos. Mais de 100 mil moradores do estado estão registrados para acessar esse benefício, a maioria deles vive na região metropolitana da terra dos Denver Nuggets. Esse mercado já gera 11 milhões de dólares por ano em impostos, e estima-se que mais 22 milhões poderiam ser arrecadados com a legalização completa do mercado.  A legalização traria ainda aos cofres públicos uma economia de 60 milhões de dólares gastos atualmente em repressão e burocracia.

No estado de Washington – não confunda com a capital Washington DC, o estado está no extremo norte e no extremo oeste do país, e sua cidade mais famosa é Seattle – todas as principais pesquisas apontam vitória do SIM para a Iniciativa 502. As diferenças estão nos números: a Elway Research aponta vitória por 48% a 44%, já a Strategies 360 mostra 54% a 38%, a Survey USA 55% a 36% e a feita pela Universidade de Washington 47% a 44%.

Já no Oregon, a situação é distinta para a Medida 80. Diferentemente de Washington, onde foram arrecadados 4 milhões de dólares para a campanha, e do Colorado, que levantou 1 milhão, neste estado o grupo que organiza a defesa do SIM conseguiu apenas quatro mil dólares– depois de pagar os 350 mil necessários para cadastrar a iniciativa e ter direito a disputar o plebiscito.  Grande parte desse dinheiro foi pago por um empresário de maconha medicinal e antigo ativista da legalização chamado Paul Stanford.

Slogans como “Você não precisa fumar. Só precisa bom senso”, “Sua escolha: Policiais podem perseguir maconheiros. Ou criminosos”, “Nós somos o único país industrializado sem uma indústria de cânhamo. Deve ser porque não precisamos de dinheiro” ou “Ataque os cartéis, ajude nossos fazendeiros” parecem não estar sensibilizando a população, que em sua maioria apóia o NÃO: 41% contra 37%. A boa notícia é que 22% se declararam indecisos.

Além de impulsionador e promotor da guerra às drogas, os Estados Unidos são também o principal consumidor de drogas ilícitas do mundo, e essa hipocrisia está sendo cada vez mais colocada em discussão pela opinião pública do país, que ao menos no caso da maconha está disposta a lidar com a alteração de consciência em marcos distantes da criminalização. Segundo pesquisa publicada pelo Huffington Post, quando questionados se gostariam que a marijuana fosse tratada legalmente como álcool, 51% dos entrevistados disseram defender a legalização com  taxas, além de 8% que defendem a legalização mas sem taxação. No total, portanto, 59% são a favor de regulamentação. Apenas 26% foram contra, e 15% não têm certeza. Quando o assunto é maconha medicinal, a vitória é ainda mais flagrante: 64% são a favor e 23% contra, sendo que as pessoas que têm entre 45 e 64 anos 74% são a favor.

 

Comments

comments

Nos ajude a melhorar o sítio! Caso repare um erro, notifique para nós!

Recent Posts

  • NOV 26 NÓS SOMOS OS 43 – Ação de solidariedade a Ayotzinapa
  • Quem foi a primeira mulher a usar LSD
  • Cloroquina, crack e tratamentos de morte
  • Polícia abre inquérito em perseguição política contra A Craco Resiste
  • Um jeito de plantar maconha (dentro de casa)

Recent Comments

  1. DAR – Desentorpecendo A Razão em Guerras às drogas: a consolidação de um Estado racista
  2. No Grajaú, polícia ainda não entendeu que falar de maconha não é crime em No Grajaú, polícia ainda não entendeu que falar de maconha não é crime
  3. DAR – Desentorpecendo A Razão – Um canceriano sem lar. em “Espetáculo de liberdade”: Marcha da Maconha SP deixou saudade!
  4. 10 motivos para legalizar a maconha – Verão da Lata em Visitei um clube canábico no Uruguai e devia ter ficado por lá
  5. Argyreia Nervosa e Redução de Danos – RD com Logan em Anvisa anuncia proibição da Sálvia Divinorum e do LSA

Archives

  • Março 2022
  • Dezembro 2021
  • Setembro 2021
  • Agosto 2021
  • Julho 2021
  • Maio 2021
  • Abril 2021
  • Março 2021
  • Fevereiro 2021
  • Janeiro 2021
  • Dezembro 2020
  • Novembro 2020
  • Outubro 2020
  • Setembro 2020
  • Agosto 2020
  • Julho 2020
  • Junho 2020
  • Março 2019
  • Setembro 2018
  • Junho 2018
  • Maio 2018
  • Abril 2018
  • Março 2018
  • Fevereiro 2018
  • Dezembro 2017
  • Novembro 2017
  • Outubro 2017
  • Agosto 2017
  • Julho 2017
  • Junho 2017
  • Maio 2017
  • Abril 2017
  • Março 2017
  • Janeiro 2017
  • Dezembro 2016
  • Novembro 2016
  • Setembro 2016
  • Agosto 2016
  • Julho 2016
  • Junho 2016
  • Maio 2016
  • Abril 2016
  • Março 2016
  • Fevereiro 2016
  • Janeiro 2016
  • Dezembro 2015
  • Novembro 2015
  • Outubro 2015
  • Setembro 2015
  • Agosto 2015
  • Julho 2015
  • Junho 2015
  • Maio 2015
  • Abril 2015
  • Março 2015
  • Fevereiro 2015
  • Janeiro 2015
  • Dezembro 2014
  • Novembro 2014
  • Outubro 2014
  • Setembro 2014
  • Agosto 2014
  • Julho 2014
  • Junho 2014
  • Maio 2014
  • Abril 2014
  • Março 2014
  • Fevereiro 2014
  • Janeiro 2014
  • Dezembro 2013
  • Novembro 2013
  • Outubro 2013
  • Setembro 2013
  • Agosto 2013
  • Julho 2013
  • Junho 2013
  • Maio 2013
  • Abril 2013
  • Março 2013
  • Fevereiro 2013
  • Janeiro 2013
  • Dezembro 2012
  • Novembro 2012
  • Outubro 2012
  • Setembro 2012
  • Agosto 2012
  • Julho 2012
  • Junho 2012
  • Maio 2012
  • Abril 2012
  • Março 2012
  • Fevereiro 2012
  • Janeiro 2012
  • Dezembro 2011
  • Novembro 2011
  • Outubro 2011
  • Setembro 2011
  • Agosto 2011
  • Julho 2011
  • Junho 2011
  • Maio 2011
  • Abril 2011
  • Março 2011
  • Fevereiro 2011
  • Janeiro 2011
  • Dezembro 2010
  • Novembro 2010
  • Outubro 2010
  • Setembro 2010
  • Agosto 2010
  • Julho 2010
  • Junho 2010
  • Maio 2010
  • Abril 2010
  • Março 2010
  • Fevereiro 2010
  • Janeiro 2010
  • Dezembro 2009
  • Novembro 2009
  • Outubro 2009
  • Setembro 2009
  • Agosto 2009
  • Julho 2009

Categories

  • Abre a roda
  • Abusos da polí­cia
  • Antiproibicionismo
  • Cartas na mesa
  • Criminalização da pobreza
  • Cultura
  • Cultura pra DAR
  • DAR – Conteúdo próprio
  • Destaque 01
  • Destaque 02
  • Dica Do DAR
  • Direitos Humanos
  • Entrevistas
  • Eventos
  • Galerias de fotos
  • História
  • Internacional
  • Justiça
  • Marcha da Maconha
  • Medicina
  • Mídia/Notí­cias
  • Mí­dia
  • Podcast
  • Polí­tica
  • Redução de Danos
  • Saúde
  • Saúde Mental
  • Segurança
  • Sem tema
  • Sistema Carcerário
  • Traduções
  • Uncategorized
  • Vídeos