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maio 10, 2014

Nota pública da Marcha da Maconha Campinas sobre agressão de gênero

Marcha da Maconha Campinas

Nota Pública
Marcha da Maconha – Campinas

Após agressão por parte um dos membros da organização da Marcha da Maconha Campinas 2014, escrevemos essa nota com o intuito de expor a posição pública do COLETIVO diante do ocorrido.

Consideramos automaticamente expulso da organização o homem que agrediu uma mulher na semana passada e ameaçou de morte qualquer uma que realizasse denúncias contra ele dentro do movimento antiproibicionista.

Entendemos que o antiproibicionismo tem em sua essência a luta por direito de autonomia e liberdade sobre o próprio corpo, esse que é negado a nós, principalmente mulheres, desde o nascimento.

O proibicionismo é um posicionamento ideológico, que afeta ações políticas, sociais e econômicas, alimentado por tradições conservadoras e moralistas, que seguem sendo reproduzidas ao longo da história. A guerra às drogas, além de ferir nossas individualidades, também causa a morte e encarceramento da população negra, parda e pobre da periferia, incidindo sobre as mulheres de forma ainda mais brutal: mais de 65% da prisão de mulheres decorre do tráfico de drogas, sendo entre elas cerca de 70% mulheres negras.

Assim como o proibicionismo, o machismo é uma ideologia que vem, segundo a própria ONU, causando um verdadeiro feminicídio no mundo, e fazendo do Brasil o sétimo país no ranking com mais assassinatos de mulheres, que alcançou em 2010 a cifra dos quase 5 mil assassinatos de mulheres por motivação machista. No Brasil, 15 mulheres são mortas por dia por agressão, 200 mil mortes por aborto clandestino ao ano. As políticas públicas para as mulheres são veladas também pelo moralismo e, por isso, mulheres seguem sendo agredidas, estupradas, mortas, enquanto temos uma mulher presidente.

Esse cenário coloca para nós que a luta antiproibicionista não pode estar descolada do feminismo, pois são as mulheres as que mais sofrem com o conservadorismo, dentro ou fora do movimento. Achar que as mulheres não devem ter seus direitos garantidos é, portanto, equivocado, pois precisamos de homens e mulheres nessa luta. Nossa vitória não virá por acidente!

O machismo divide o movimento, precisamos nos unir contra proibicionistas e machistas! Por isso, não admitimos nenhum tipo de opressão no nosso movimento.

Com base neste ideal e entendendo que o combate às opressões deve ser um princípio, nos colocamos à disposição das mulheres que sofreram e sofrem com a opressão machista por parte de algum integrante ou ex-integrante da MM e nos solidarizamos com essa luta que também faz parte da nossa.

Saudações feministas e antiproibicionistas! Ventre livre, cabeça feita!
Nossa vitória não será por acidente!

Marcha da Maconha Campinas 2014

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