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novembro 22, 2017

Semana Preta enfrenta racismo na PUC-SP

A Semana Preta da PUC-SP desse ano rolou entre os dias 6 e 10 de novembro e o Coletivo DAR esteve presente nas mesas sobre Racismo estrutural e Neoliberalismo e Estado de Exceção.

Havanna Marques participou da primeira, composta também por Amailton Magno, coordenador do CECAFRO (Centro de Estudos Culturais Africanos e da Diáspora da PUC-SP), Márcia Campos, cuja pesquisa de doutorado é sobre racismo institucional na infância e Márcio Farias, educador do Museu Afro Brasile pesquisador do NEGRI (Núcleo de Estudos de Gênero, Raça e Idade, da PUC-SP).

Durante o debate, foi proposta a discussão sobre a (não) ocupação dos espaços institucionais diversos, especialmente o mercado de trabalho, por pessoas pretas no Brasil, cujo racismo está nas estruturas do poder e da desigualdade social, e evoluiu para um contundente questionamento do racismo institucional perpetrado pela própria universidade que acolhia esse debate: quais as ações afirmativas efetivas da PUC-SP?

“Quando falamos de equidade racial, falamos de ações efetivas, de número. De quantidade. Pois diversidade é você convidar para o baile, inclusão é ser chamado para dançar”, disse Havanna.

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Juliana Paula esteve na mesa sobre estado de exceção ao lado de Zilda Maria, mãe preta e periférica do município de Osasco, que perdeu seu filho, Fernando, em uma chacina em 2015.Os responsáveis pelo crime eram policiais e recentemente foram julgados e condenados.Também participaram da mesa Míriam Alves, uma das fundadoras da associação AMPARAR (Associação de Amigos e Familiares de Presos) e Katiara Oliveira, integrante do grupo de rap Clã dos Incardidus e do Coletivo Kilombagem.

A mesa discutiu a situação das pessoas pretas no Brasil, do ponto de vista da violação de direitos e do controle dos corpos. O estado de exceção é a suspensão do Estado democrático de direito e um dos principais meiosutilizados para manter o controle dos corpos pretos, das populações indesejadas – o meio mais eficaz para perseguir, prender e matar é através da criminalização da pobreza e da guerra às drogas.

Números sobre a guerra às drogas:

*1 em cada 3 pessoas pessoas presas, está encarcerada por supostas violações à lei de drogas vigente;

*64% das mulheres estão presas por supostos crimes relacionados à lei de drogas;

*As prisões por tráfico aumentaram 480% desde 2006;

*Em todos os estados do Brasil a população encarcerada por tráfico representa mais de 15% do total de pessoas presas;

*A maioria das pessoas presas é pobre e não branca.

A guerra às drogas, o consequente encarceramento em massa e a criminalização da pobreza são a sofisticação da escravização e extermínio da população pobre e preta. O “crime” é a brecha para continuar escravizando, controlando e matando.

A Semana Preta foi organizada pelo Coletivo NegraSôeterminou com o levantamento de algumas diretrizes de combate e enfrentamento do racismo na PUC-SP:

*Criação de cotas étnico-raciais para docentes e currículos que tratem das questões étnico-raciais em todos os cursos;

*Fomentar a expansão da literatura negra nas bibliotecas da universidade;

*Criação de um orgão de caráter horizontal para apurar os casos de racismo com representação de discentes e docentes;

*Fomentar atividades regulares coletivamente construídas e custeadas pela universidade que abordem questões raciais;

*Garantir a permanência de estudantes negras e negros através de acompanhamento psicossocial dos mesmos.

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