Números davam conta de até duas mil pessoas presentes no farol da Barra. Ao final, um minuto de silêncio pelas vÃtimas não das drogas, mas da guerra à s drogas. A seguir, algumas fotos e vÃdeos do evento retiradas do site da Ananda, além de uma matéria publicada em jornal baiano.
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Farol da Barra: Marcha da Maconha pede para legalizar venda da planta
O pôr-do-sol na tarde de ontem (05) foi dedicado à marijuana, à ganja, à massa, à cannabis, ao barro, ao dedo do Hulk ou, simplesmente, à maconha, para quem só a conhece por este nome. De olhos fechadinhos e garrafas de água mineral em mãos para molhar a garganta, cerca de 500 pessoas se reuniram no Farol da Barra para participar da Marcha da Maconha e pedir a legalização da venda da erva.
Ao som do reggae Eu quero botar um, da banda Adão Negro, um dos cartazes resumia os benefÃcios da maconha: “Cura, alimenta e diverteâ€. Essa é a opinião do antropólogo Sérgio Vidal, membro da Ananda, coletivo que organizou a marcha. “As drogas fazem parte da história da humanidade, elas sempre estiveram ligadas ao prazer, ao sagrado e à curaâ€, argumentou.
O coordenador do Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Substâncias Psicoativas da Ufba, Edward MacRae, afirmou que a sociedade resiste em debater o uso da maconha devido a um preconceito histórico. “A maconha foi trazida ao Brasil pelos escravos, por isso a marginalização irracional, mas a maconha não mata, quemmata é o tráfico de drogasâ€, disse.
Segundo o professor da Ufba Cláudio Lorenzo, que estuda os problemas causados à saúde pelas drogas, fumar maconha não acarreta danos fÃsicos. “O álcool provoca muito mais problemas à saúde que a maconhaâ€, afirmou. Ao pôr-do sol, a marcha se dirigiu ao Farol da Barra, onde foi encerrada, aos gritos de “sabê, eu sou maconheiro, com muito orgulho, com muito amôôôôâ€..