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Junho 21, 2010

O debate sobre drogas no 15º Congresso da UJS

Terminou neste domingo o 15º Congresso da UJS (União da Juventude Socialista) que neste ano teve uma mesa específica sobre drogas. Segue abaixo uma colagem com a declaração do novo presidente da entidade sobre o tema e uma reportagem publicada originalmente no UJS-CAMPOS.

“Entrevista com o novo presidente da UJS André Tokarski
Houve uma polêmica, durante a votação das propostas na plenária final, sobre a questão da legalização das drogas. Qual o saldo desse debate?
Primeiro, é importante dizer que a mesa de debate sobre as drogas foi uma das mais concorridas e qualificadas deste Congresso da UJS. Nosso objetivo é ampliar a discussão em torno do tema não apenas da legalização da maconha, mas sobre as drogas como um todo. Este problema, claro, diz respeito a toda a sociedade, mas, principalmente, aos jovens. Haviam três resoluções em votações. Uma dizia que a UJS deveria lutar pela descriminalização da Maconha, outra falava sobre a Legalização. A proposta aprovada, no entanto, foi a de realização no primeiro semestre do ano que vem de um seminário para ampliar o debate sobre o tema. A resolução da UJS avança no sentido da nossa entidade cobrar do Estado e da sociedade um debate sem hipocrisia. Vamos realizar este seminário e de lá sairemos com um proposta mais elaborada sobre este assunto. Assim é a UJS, existe a diversidade, debate, constrói e unifica.”
André Tokarski – novo presidente da UJS

Da polêmica ao avanço: Debate sobre as drogas movimenta o Congresso
por Luiz Henrique Carneiro para o UJS-CAMPOS

Com muitas ideias, intervenções, propostas próximas ou contrárias, jovens discutem temas como a legalização da maconha

Um desafio foi lançado hoje (sexta), no auditório Oxalá 2 no Centro de Convenções de Salvador onde acontece o Seminário Nacional Juventude, Participação e Políticas Públicas, atividade realizada pelo CEMJ em parceria com o Congresso Nacional da UJS. Ao final da mesa “A atual política de drogas e seu impacto na vida juvenil”, uma pergunta feita pelo coordenador da Marcha da Maconha, Renato Cinco, aos jovens participantes, mostrou por onde esse debate deve passar, no atual momento do Brasil.

Cinco questionou se a questão das drogas deve ser tratada do ponto de vista individual e da saúde do sujeito ou do ponto de vista do problema social do tráfico e da criminalização das minorias. Além de deixar a reflexão no ar, a pergunta resumiu em si os principais pontos que estiveram na pauta de um dos mais movimentados encontros do Congresso até agora.

Além de Renato Cinco, estiveram na mesa o psicólogo e mestre em saúde coletiva pela UFBA Milton Barbosa e o diretor da UNE Daniel Iliescu. O coordenador da Marcha da Maconha, que defende a discriminalização dos usuários e a legalização da substância, relacionou a proibição da maconha à perseguição racial no início do século XX: “O departamento de repressão ao uso era chamado ‘Departamento de Controle de Tóxicos e Mistificações’ e também pretendia acabar com as religiões afro-brasileiras, que muitas vezes utilizavam a maconha em seus rituais”, disse.

Drogas e Capitalismo

Segundo ele, a política de controle, com origem racista, atualmente atende a uma postura de opressão às classes menos favorecidas: “Se um adolescente rico é flagrado com algumas gramas da droga, é encaminhado para um clínica, tratado como vítima. Se um adolescente negro e favelado é apanhado com a mesma quantidade, é preso como traficante”, exemplificou.

O professor Milton Barbosa, que mostrou-se menos simpático à ideia da legalização, trouxe para o debate o problema da dependência química e seus efeitos sobre o indivíduo: “A sociedade capitalista se impõe através da sacralização do prazer e da sua transformação em consumo. Ela precisa criar dependências”, disse. Segundo ele, o principal avanço dessa questão, atualmente seria ampliar o debate sobre o que são as drogas e quais são os seus efeitos.


Propostas
Os jovens, que participaram ativamente com perguntas, opiniões e propostas, dividiram-se no que diz respeito à legalização. Alguns acreditam que o caminho, atualmente, passa apenas pela discriminalização do usuário. Outros entendem que a legalização da maconha pode ser o grande passo para evitar as mortes de milhares de jovens no país, enfraquecendo o tráfico e regulando o uso da substância. Propostas diferentes sobre o tema foram encaminhadas à mesa para sistematização e devem ser contempladas durante a plenária final do Congresso neste domingo.

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