Outubro 19, 2010 Wagner Moura: 'Eu sou a favor da legalização das drogas, a começar pela maconha" Provavelmente o fato de representar um personagem que traz em si toda a irracionalidade e a violência que os setores dominantes de nossa sociedade impõem através da polÃcia aos dominados fez com que Wagner Moura tomasse ainda mais consciência da necessidade de mudanças polÃticas no Brasil. Ele chegou inclusive a se submeter a todo o treinamento desumano e desumanizador ao qual são submetidos os oficiais do Bope. Como já havia feito no programa Roda Viva (veja aqui ), o ator defende a legalização das drogas, por entender os efeitos polÃticos e sociais que sua hipócrita proibição trazem. Confira abaixo matéria publicada no site da Psicotropicus
SAO PAULO – O ator da Rede Globo, e protagonista do filme Tropa de Elite 2, Wagner Moura, participou na última quarta-feira (13) de um debate em São Paulo , no Teatro Bombril, onde o filme foi exibido seguido de uma conversa entre cineastas, jornalistas e o público.
Wagner falou sobre o filme, sobre a identificação com o personagem, o “famoso” Capitão Nascimento, e tocou em um assunto abordado no filme e muito discutido nos dias de hoje: a liberação e a legalização das drogas.
“A polÃtica de repressão não tem funcionado. Eu vejo a questão das drogas como uma questão de saúde pública. Eu sou a favor da legalização das drogas, a começar pela evidente necessidade da legalização da maconha, e digo isso como cidadão, de forma quase irresponsável porque não sou nenhum especialista em drogas, acho que isso deve ser visto por pessoas muito mais gabaritadas do que eu. O que eu constato é que a repressão é ineficaz, só gera mais morte e tiroteio, e tem muito mais gente morrendo na guerra do tráfico, do ilÃcito, do que propriamente usando a droga”, declarou o ator.
Sobre o engajamento polÃtico da juventude na sua época e atualmente, Wagner destacou uma diferença positiva entre os comportamentos das duas gerações e a forma com que o jovem contemporâneo vê e lida com a polÃtica:
“Na minha época, a grande maioria dos jovens era muito alienada de polÃtica. Na época dos caras-pintadas, saÃa só pra pegar mulher, beber uma cervejinha e hoje vejo um interesse muito maior. (…) Eu acho que se um filme como esse, polÃtico e ao mesmo tempo um fenômeno de cultura de massa, ajudar a garotada a pensar e refletir sobre polÃtica só contribui”, disse.
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