• Home
  • Quem somos
  • A razão entorpecida
  • Chame o DAR pra sua quebrada ou escola
  • Fale com a gente
  • Podcast
  • Quem somos
  • A razão entorpecida
  • Podcast
  • Chame o DAR pra sua quebrada ou escola
  • Fale com a gente
Janeiro 03, 2011

Um dia na favela do Alemão: O que a mídia não mostrou

Conversa no Banheiro

Por Gizele Martins e Tatiana Lima
Artigo retirado de: Revista Brasil

Diferente do dia-a-dia de uma favela, que sempre está lotada de gente, com crianças brincando pelas calçadas, alegria e música ao ar livre, trabalhadores e trabalhadoras voltando de seus trabalhos, e estudantes voltando de seus colégios, encontramos nas Favelas do Alemão, pouquíssimas ruas com movimentação. O Alemão é um conjunto de 13 favelas, com aproximadamente 400 mil moradores (segundo informações das associações de moradores), localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Na verdade, a movimentação que eu e meus amigos fotógrafos encontramos pelas ruas era a forte presença do Exército, da Polícia Civil e Militar. E a “ocupação” ou “invasão” estava desde a pista de entrada das favelas até as casas e lajes dos moradores. No meio da favela o trator blindado do BOPE derrubada muros em frente a uma casa com uma bandeira branca hasteada. Bati na porta do morador, que me atendeu com uma olhar meio assustado e desconfiado. Perguntei para ele o que significava aquela bandeira. Ele respondeu “É paz moça. Quero dizer que sou de paz. É só isso?”, perguntou já mostrando que não queria ter o direito de “ficar na dele”.

Nas andanças pelas ruas, vielas, becos e naquelas subidas e descidas de ladeiras, o que víamos eram diversas casas com um pequeno aviso na porta:

“Por favor, não invada a nossa casa, ela já foi revistada. Se quiser entrar, a chave está ao lado, na casa do vizinho”.  O mesmo aviso encontrei na região conhecida como “Zona do Medo”. Diversas casa traziam o recado: “Volto logo. Por favor não quebre mais a minha casa”. Ao lado da porta, na entrada, uma televisão de 26 polegas de LCD com a tela rachada – fiquei imaginando quantas prestações aquele morador pagou por aquele bem ou quantas ainda tenha que pagar. Essas situações descrevem mesmo em um simples papel, a verdade daqueles moradores, a verdade do sofrimento, da ação violenta da polícia, a invasão de casas que visitei com diversas estruturas quebradas: teto, parede, pia, descarga. Em algumas, houve até pichação. “Comando Azul”.  Outras sumiu tudo. Até a geladeira e o fogão foram levados, além de roupas e tênis.

As ruas, com pouquíssimas pessoas andando, e as portas fechadas também são exemplos de toda esta confusão que sobrevoa aquele conjunto de favelas. A mídia, que faz questão de enfatizar que está tudo em paz, nos mostrou o contrário, que o silêncio daquelas ruas não significava a tal paz. Numa das ladeiras que subimos, um morador parou a Kombi que estava dirigindo e gritou: “Quero que vocês tirem fotos, filme o que os policiais estão fazendo nas nossas casas. Eles estão invadindo, agredindo, roubando a gente. Isso eu quero ver sair no jornal, isso vocês não mostram. Isso é uma vergonha!”, disse indignado aquele senhor.

Em outra esquina,na favela Nova Brasília, uma moradora comenta: “Ali o a equipe da Record. Só entrevista gente da polícia. Quero ver fazer o que você faz dona. Vou te mostrar o que fizeram na minha casa. Não sobrou nada.  E quando eu gritei que o policial testava roubando tudo só ouvi o barulho do fuzil batendo no chão e o xingamento: Velha Safada”.  Já em outra casa, enquanto eu desviava do esgoto que corria por debaixo de uma tábua, e entrava no quintal, a moradora me mostrou que a laje dela foi usada para ser ponto de observação da polícia”.

Em idas e vindas, ao invés de encontramos também crianças soltando pipas, famílias reunidas fazendo o seu churrasco na laje ou tomando aquele banho de mangueira, já que estávamos embaixo de um belo sol quente, o que encontrávamos ao olharmos para o alto daquelas lajes eram policiais fortemente armados, com coletes a prova de balas.

Em frente a uma das casas, que meus amigos pararam para fotografar o morro, era uma bela vista, depois de alguns minutos, descobrimos que aquela casa estava com policiais lá dentro, não sabíamos o que eles estavam fazendo lá, mas tinha também uma família ali. Depois de mais ou menos 20 minutos, chega uma senhora querendo entrar, mas a filha não deixa, pede para ela voltar. E neste mesmo instante, daquela pequena casa que parecia ter apenas um cômodo, saem quatro policiais, com fuzis e coletes a prova de balas.

Outro morador, que também não quis se identificar, disse que tem muito medo dos policiais. “Tenho medo dos policiais. Eles gritam, agridem a gente, invadem as nossas casas. Mas, se fizermos isso com eles, tudo vira desacato à autoridade. Por isso, tenho medo deles. Eles podem fazer o que quiserem com a gente. E para quem vamos denunciar se não confiamos em quem nos oprimiu por décadas”, falou.

Para Alan Brum Pinheiros, Coordenador Geral do Instituto Raízes em Movimento, que funciona do local há nove anos, e trabalham com a missão de promover o desenvolvimento humano, social e cultural do Alemão e demais comunidades por meio da participação de atores locais como protagonistas desses processos, tendo como foco o fortalecimento e ampliação do capital social dessas comunidades, é possível comparar a invasão da polícia em 2007 com a invasão de agora. “Em 2007 tivemos o auge da história de opressão na forma de abordagem de respeito da vida humana. Em 2007 foi mais brutal. A de 2010, a que estamos vivendo agora, foi feita a partir de outra expectativa, mas que não foi trabalhada com cuidado. Eles trabalharam com a idéia da inteligência, mas serviu e está servindo apenas para alguns pontos de onde a presença dos comandantes são maiores. Em outras partes das favelas, o desrespeito acontece. Eles não trabalharam com inteligência, por mais que fosse esse o objetivo”, disse.

Segundo Alan, esta nova forma dos policiais entrarem nas favelas, não significa que é porque estão reconhecendo a favela com o olhar de que ali existem cidadãos, pessoas. “Existe a criminalização, a opressão, a falta de respeito com o povo. Exemplo disso, é que em uma das casas invadidas, três meninas que moram sozinhas, foram taxadas de putas, e todos os jovens homens que não tem trabalho formal, ou que estão desempregados, são taxados como suporte do tráfico. Afirmo que houve mudanças pontuais, mas não é uma mudança que deve ser aplaudida”, completou o coordenador.

Foi prometido que daqui a seis meses, todo o Conjunto de Favelas do Alemão, vai ter a presença da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), lembrando que no mesmo dia em que o Governador Sérgio Cabral foi reeleito, ele afirmou que as três maiores favelas do Rio seriam ocupadas pela UPP: a Rocinha, localizada na Zona Sul, o Conjunto de Favelas da Maré e o Conjunto de Favelas do Alemão, ambas localizadas na Zona Norte. A promessa já está sendo cumprida, mas o coordenador Alan, afirma que o nome da própria UPP é contraditório. “A polícia já deveria ser pacificadora. Não se faz nenhum trabalho nessas favelas para acabar com o tráfico. Na Bahia de Guanabara, não tem UPP, porque é lá que as armas e as drogas entram. O tráfico mesmo não foi abalado em nada”, conclui.

Mercado Livre S.A
No mesmo dia em que o morro foi ocupado pelas forças armadas, a luz, a água e diversas outras coisas passaram a ser legalizadas. “Ele já trouxe alguns prejuízos para os moradores, invasão de casas, moradores roubados. Tínhamos a net gato, mesmo que ilegal, era mais acessível a gente pagar. Não ganhamos nem um salário mínimo. Pagávamos barato, 25 reais e agora temos que deixar de comer um pouco para poder pagar canal de assinatura que custa 50 reais porque a imagem da TV não pega direito aqui. Isso é uma exploração, veio a paz, mas junto com ela veio a exploração”, contou Diquinho, participante do Conselho Popular do Alemão e coordenador do Jornal “O Guerreiro”, que circula há um ano na favela.

Outro morador que pediu para não ser identificado também reclama. Para ele  é um absurdo a especulação de serviços que ocorre na comunidade. “Os serviço de assinatura de tv por assinatura chegou antes de qualquer serviço público. Pior, os vendedores do serviços sequer são moradores da comunidade. Acho um absurdo uma empresa vir aqui explorar um serviço e não se preocupar em gerar emprego e renda. Depois diz que pobre é ilegal. Nem emprego as empresas tem a inciativa de oferecer a comunidade. Como vamos pagar um serviço. Net aqui não é opção. É necessidade. Ninguém vê tv direito se não tiver o serviço”, completa.

De acordo com Alan, quando a UPP chegar, ela trará com ela a militarização do território e, além disso, a ação mercadológica também. “O Estado não procura os pequenos negócios dentro dessas favelas ocupadas e investem neles. Ele não produz uma economia solidária para o local, o que ajudaria muitos comerciantes. Ocorre o contrário, o deslocamento para outros territórios, outras empresas passam a atuar nestes espaços. E se eles não procurarem a alternativa da economia solidária, tudo, a pobreza vai continuar da forma que está e nada será resolvido. É preciso trabalhar com a ideia do curto, médio e longo prazo. Além disso, há os limites impostos nestes locais que tem UPP, de eventos, de músicas etc”, afirmou Alan.

“Mandando a Real”
As incertezas sobre as ocupações são grandes. Moradores vivem anos de opressão e não querem mais sofrer com qualquer tipo de criminalização da pobreza. Não sabem a quem denunciar tantas violações que estão sofrendo, não confiam em quem os oprimem todos os dias. A mídia espetaculariza os fatos, dando a ideia de que chegou a paz, mas não comentou sobre os abusos que os moradores sofreram e estão sofrendo. Ou quando comenta, a informação sempre ganha a voz de uma autoridade pública dizendo que tudo será investigado ou ainda, que o morador precisa entender e cooperar. Não questiona a entrada da polícia dentro das casas desses moradores, não questiona se a UPP resolve o problema do tráfico, já que não é dentro da favela que os financiadores estão. Não questiona qual é afinal, a política de segurança pública do Rio de Janeiro.

Além disso, é óbvio que as crianças agradecem a distribuição de 10.500 brinquedos pela Secretária de Segurança Pública. Mas a festa de Natal no Alemão para as crianças sempre aconteceram. Só que antes quem fazia era o tráfico. É evidente que é melhor o tráfico não existe em qualquer lugar.  Mas é incontestável que o marketing do governo através da política de segurança pública é usado de forma avassaladora. Afinal, se o tráfico também fazia festa para a comunidade (distribuindo brinquedos) e agora foi o governo que fez a tradicional festa, o que mudou de fato no Alemão? O que existe é paz ou mudança de controle de poder?  Da mesma forma que traficantes usavam certas ações para conquistar a população (como a realização de festas no Dia das crianças, Dia das Mães e no Natal) a polícia carioca também não fez? Vários podem dizer que a troca do chamado poder paralelo pelo poder da polícia esta absolutamente certo. Ok, concordo. O Estado tem o dever de agir em toda a cidade e em seus territórios. Mas é preciso fiscalizar, observar, acompanhar e averiguar e cobrar uma postura adequada de fato. Não apenas uma declaração para dizer que faz alguma coisa ou poderá vir a fazer.

Para mim, as coisas ainda estão estranhas. Tudo nebuloso demais. Midiático demais. E os pedidos coma  lista de mortos não é emitida pela Secretaria de Segurança Pública. Passei dezembro inteiro tentando obter essa informação. Entro no ano de 2011 com o mesmo objetivo. Eu (repórter) , os movimentos sociais e de direitos humanos e a imprensa paulista.

No dia 31 de dezembro, conversei com uma fonte do Alemão. O morador contou que cerca de 70 pessoas, no mínimo, foram mortas na mata da Serra da Misericórdia. Os corpos foram deixados para trás. A maioria das famílias que tentaram buscar foram impedidas. Os porcos comeram diversos corpos. Em matéria publicada na Folha de São Paulo, em 5 de dezembro pelo menos um caso foi registrado pelos jornalistas. Leia aqui.

Movimentos Sociais contabilizam 77 pessoas mortas. Em carta pública emitida em 21 de dezembro, a organização Justiça Global afirma que “espera que o levantamento em cerca de 40 casas de moradores do Complexo do Alemão leve a uma investigação independente das mortes que ocorreram no local”. O documento foi entregue no dia 21/12/2010, à ONU (Organização das Nações Unidos) e à OEA (Organização dos Estados Americanos). Segundo a diretora-adjunta da entidade, Sandra Carvalho, o motivo é pressionar para que haja uma investigação independente dos casos de morte durante as operações de segurança no Rio de Janeiro.

O passado é ontem
Em 2007, após uma operação da polícia no Alemão, houve um manifesto nos mesmos moldes. Uma notícia crime enviada ao Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro pela Comissão de Direitos Humanos da OAB traz mais de 20 denúncias de saques, roubos e destruição a casas realizada por policiais. Além da denúncia de execução sumária de pelo menos 15 das 19 vítimas mortas no dia 27 de junho de 2007.

O assessor da Justiça Global, Gustavo Mehl, afirma que a pressão garantiu uma perícia que comprovou que alguns moradores foram executados. “O que nós questionamos é a falta de transparência, não há um número de mortos nem uma lista parcial de nomes”, critica Sandra. Somando dados divulgados no decorrer das operações, a entidade chegou ao número de 77 mortos entre os dias 21 e 28 de novembro, ou seja, desde o início da resposta policial aos ataques de criminosos. Além do Complexo do Alemão, houve ações na vizinha favela da Vila Cruzeiro.

Denúncias
Há registros de torturas psicológicas e físicas realizadas por policiais. Um  trabalhador chegava na comunidade após uma noite de trabalho e foi impedido de entrar na favela. Se identificou. Mostrou crachá. Mas ouviu que “ninguém cai nessa conversa não!”. Foi colocado em um carro. Com venda nos olhos e um fuzil na garganta. Os policiais o torturaram por 12 horas. “Mata logo esse porra. Destroça esse pescoço já que ele não quer cantar”. O morador torturado só foi liberado a noite.

Entre as denúncias de moradores que foram levadas aos órgãos internacionais, a principal é a chamada “caça ao tesouro”. Segundo as famílias entrevistadas, membros de diversos batalhões diferentes se revezavam para invadir casas e levar dinheiro e objetos de valor.

No início de dezembro, o Secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame, respondeu a acusações de moradores, dizendo que se tratavam de ações de “maus policiais”, mas segundo os relatos, tratavam-se de ações de vários grupos de batalhões diferentes.

Fotos: Tatiana Lima
Charges e fotos identificadas: Carlos Latuff

Confira também o posicionamento do Coletivo DAR sobre os conflitos no RJ: “O dia que o morro descer e não for carnaval”

Comments

comments

Nos ajude a melhorar o sítio! Caso repare um erro, notifique para nós!

Recent Posts

  • NOV 26 NÓS SOMOS OS 43 – Ação de solidariedade a Ayotzinapa
  • Quem foi a primeira mulher a usar LSD
  • Cloroquina, crack e tratamentos de morte
  • Polícia abre inquérito em perseguição política contra A Craco Resiste
  • Um jeito de plantar maconha (dentro de casa)

Recent Comments

  1. DAR – Desentorpecendo A Razão em Guerras às drogas: a consolidação de um Estado racista
  2. No Grajaú, polícia ainda não entendeu que falar de maconha não é crime em No Grajaú, polícia ainda não entendeu que falar de maconha não é crime
  3. DAR – Desentorpecendo A Razão – Um canceriano sem lar. em “Espetáculo de liberdade”: Marcha da Maconha SP deixou saudade!
  4. 10 motivos para legalizar a maconha – Verão da Lata em Visitei um clube canábico no Uruguai e devia ter ficado por lá
  5. Argyreia Nervosa e Redução de Danos – RD com Logan em Anvisa anuncia proibição da Sálvia Divinorum e do LSA

Archives

  • Março 2022
  • Dezembro 2021
  • Setembro 2021
  • Agosto 2021
  • Julho 2021
  • Maio 2021
  • Abril 2021
  • Março 2021
  • Fevereiro 2021
  • Janeiro 2021
  • Dezembro 2020
  • Novembro 2020
  • Outubro 2020
  • Setembro 2020
  • Agosto 2020
  • Julho 2020
  • Junho 2020
  • Março 2019
  • Setembro 2018
  • Junho 2018
  • Maio 2018
  • Abril 2018
  • Março 2018
  • Fevereiro 2018
  • Dezembro 2017
  • Novembro 2017
  • Outubro 2017
  • Agosto 2017
  • Julho 2017
  • Junho 2017
  • Maio 2017
  • Abril 2017
  • Março 2017
  • Janeiro 2017
  • Dezembro 2016
  • Novembro 2016
  • Setembro 2016
  • Agosto 2016
  • Julho 2016
  • Junho 2016
  • Maio 2016
  • Abril 2016
  • Março 2016
  • Fevereiro 2016
  • Janeiro 2016
  • Dezembro 2015
  • Novembro 2015
  • Outubro 2015
  • Setembro 2015
  • Agosto 2015
  • Julho 2015
  • Junho 2015
  • Maio 2015
  • Abril 2015
  • Março 2015
  • Fevereiro 2015
  • Janeiro 2015
  • Dezembro 2014
  • Novembro 2014
  • Outubro 2014
  • Setembro 2014
  • Agosto 2014
  • Julho 2014
  • Junho 2014
  • Maio 2014
  • Abril 2014
  • Março 2014
  • Fevereiro 2014
  • Janeiro 2014
  • Dezembro 2013
  • Novembro 2013
  • Outubro 2013
  • Setembro 2013
  • Agosto 2013
  • Julho 2013
  • Junho 2013
  • Maio 2013
  • Abril 2013
  • Março 2013
  • Fevereiro 2013
  • Janeiro 2013
  • Dezembro 2012
  • Novembro 2012
  • Outubro 2012
  • Setembro 2012
  • Agosto 2012
  • Julho 2012
  • Junho 2012
  • Maio 2012
  • Abril 2012
  • Março 2012
  • Fevereiro 2012
  • Janeiro 2012
  • Dezembro 2011
  • Novembro 2011
  • Outubro 2011
  • Setembro 2011
  • Agosto 2011
  • Julho 2011
  • Junho 2011
  • Maio 2011
  • Abril 2011
  • Março 2011
  • Fevereiro 2011
  • Janeiro 2011
  • Dezembro 2010
  • Novembro 2010
  • Outubro 2010
  • Setembro 2010
  • Agosto 2010
  • Julho 2010
  • Junho 2010
  • Maio 2010
  • Abril 2010
  • Março 2010
  • Fevereiro 2010
  • Janeiro 2010
  • Dezembro 2009
  • Novembro 2009
  • Outubro 2009
  • Setembro 2009
  • Agosto 2009
  • Julho 2009

Categories

  • Abre a roda
  • Abusos da polí­cia
  • Antiproibicionismo
  • Cartas na mesa
  • Criminalização da pobreza
  • Cultura
  • Cultura pra DAR
  • DAR – Conteúdo próprio
  • Destaque 01
  • Destaque 02
  • Dica Do DAR
  • Direitos Humanos
  • Entrevistas
  • Eventos
  • Galerias de fotos
  • História
  • Internacional
  • Justiça
  • Marcha da Maconha
  • Medicina
  • Mídia/Notí­cias
  • Mí­dia
  • Podcast
  • Polí­tica
  • Redução de Danos
  • Saúde
  • Saúde Mental
  • Segurança
  • Sem tema
  • Sistema Carcerário
  • Traduções
  • Uncategorized
  • Vídeos