Foram afastados das atividades 30 homens do Exército e 23 da PolÃcia Militar, que faziam patrulhamento no local.
O afastamento começou no dia 4 de janeiro, quando surgiram denúncias de integrantes do próprio batalhão do Exército contra o tenente que comandava a tropa. Ele teria furtado, no dia anterior, um aparelho de ar-condicionado e outros objetos de uma casa abandonada.
Segundo o major Fabiano Lima de Carvalho, da Seção de Comunicação Social da Força de Pacificação, é investigada a conduta do tenente, e os demais militares – sargentos, cabos e soldados – inicialmente estão no processo como testemunhas, mas a investigação apura também o envolvimento desses integrantes do batalhão.
As investigações ainda estão em andamento e pode ser instaurado um inquérito policial militar. Se houver comprovação de crimes, os suspeitos devem ser expulsos.
O major da Força de Pacificação explica que a expulsão pode acontecer de duas formas: se houver condenação superior a dois anos na Justiça Militar ou se for constatada quebra de código de ética por um Conselho de Justificação do Exército.
A PolÃcia Militar também abriu sindicância para investigar o caso. Os policiais foram afastados logo após a PM receber um documento do comandante da Força de Pacificação, General Fernando José Lavaquial Sardenberg, solicitando o afastamento.
Outras 55 denúncias de abusos relatadas por moradores são investigadas pela PolÃcia Militar. Já o Exército afirma que esse caso foi o único com suspeita de envolvimento de militares até agora.
A FPaz (Força de Pacificação), que atua nos complexos da Penha e do Alemão desde dezembro, é composta por 1.937 homens. São 1.667 militares das Forças Armadas, 240 policiais militares e 30 policiais civis.