Primeiro colocado nas pesquisas para as eleições presidenciais defende descriminalização, sua rival diz que isso seria “o fim de nossa sociedade”
Coletivo DAR (com informações de El Comércio)
Em 2011 o Peru escolherá seu novo presidente, e a questão das drogas levantou polêmica no paÃs recentemente, por conta de declarações divergentes dos dois candidatos que atualmente lideram as pesquisas.
O primeiro a se pronunciar foi o atual lÃder nas pesquisas Alejandro Toledo, que já foi presidente do Peru entre 2001 e 2006. O candidato da coligação Peru Posible afirmou que as leis peruanas poderiam se tornar ainda mais brandas no que diz respeito à posse de drogas ilÃcitas para consumo pessoal – o Peru já permite que pequenas quantias sejam portadas legalmente. Toledo afirmou que a despenalização das drogas deve ser vista com “olho analÃtico”, para que o paÃs não se converta em um “narco-Estado”.
O candidato, que também defende a regulamentação do aborto e a união civil entre homossexuais, não se posiciona a favor da legalização das drogas, acreditando que o tratamento dado aos comerciantes de drogas ilÃcitas deva ser endurecido. Segundo ele, o caminho para o fim da violência passa também pelo controle da demanda nos suspostos “paÃses consumidores”.
Mesmo com posturas assim brandas quanto à mudanças na lei de drogas, Toledo desagradou, e muito, à candidata que hoje ocupa o segundo posto nas pesquisas de opinião. Keiko Fujimore, filha do ex-presidente fascista Alberto Fujimore, hoje preso por corrupção e violações aos direitos humanos, declarou que a legalização das drogas representaria “ofim de nossa sociedade”. Segundo ela, as drogas são responsáveis pelo aumento da criminalidade no paÃs, e legalizá-las “seria realmente terrÃvel”, “perderÃamos a juventude”.