Afirmação foi feita, na noite desta terça, três dias após conflito na Paulista
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse, na noite desta terça-feira (24), que afastou dois tenentes da PolÃcia Militar de São Paulo envolvidos na suspeita de abuso de autoridade ocorrida durante a marcha da maconha, no último sábado (21). Segundo Alckmin, o caso continua sendo apurado e mais oficiais podem ser afastados, caso seja comprovado algum tipo de excesso.
A afirmação foi feita em entrevista ao jornalista Heródoto Barbeiro, no Jornal da Record News.
Na segunda-feira (23), a própria PM instaurou inquérito para investigar se houve abuso de agentes durante a marcha. Chamados para deter a manifestação das cerca de 500 pessoas que se deslocaram do vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo) para a avenida Paulista, no centro da capital paulista, os policiais jogaram ao menos três bombas de gás lacrimogênio para dispersar o grupo.
Os manifestantes protestavam pela regularização da droga. Por decisão da Justiça, dada na sexta-feira (20), a manifestação tinha sido proibida. Segundo a PolÃcia Militar, em qualquer momento que houvesse apologia ao uso de drogas, os agentes deveriam intervir.
Na marcha, um policial ficou ferido sem gravidade e três manifestantes foram conduzidos ao 78º DP dos Jardins e posteriormente liberados. Uma agente da GCM (Guarda Civil Metropolitana) teria ainda atingindo um repórter de um jornal com um golpe de cassetete. Procurada pelo R7, a assessoria de imprensa da CGM informou que todas as denúncias de excesso serão apuradas.
Defesa
Também na segunda, a secretária da Justiça e da Defesa da Cidadania do governo de São Paulo, Eloisa de Sousa Arruda, defendeu a ação “severa†da PolÃcia Militar na marcha.
– Eu não presenciei [as cenas de violência]. Então, o que dizem é que excessos foram cometidos, mas eu não vi esses excessos serem cometidos. Eu acho que, por vezes, é necessário uma atuação mais severa diante de um problema de instabilidade da ordem. Eles sabiam que eles não podiam fazer a marcha.
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