Mesmo após acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, a Justiça do DF censura a Marcha da Maconha. O nome do CENSOR: desembargador João Timóteo de Oliveira. Esse desembargador já é conhecido como defensor dos maus tratos a animais, no caso emq ue devolveu a um circo animais apreendidos pela Promotoria do Meio Ambiente. Assim como em São Paulo que o desembargador responsável pela CENSURA a Marcha também era conhecido por ser praticante de violações dos direitos humanos como o espancamento de presos, em BrasÃsia a a decisão coube a um senhor cujo histórico condena… Veja mais sobre o desembargador CENSOR  João Timóteo de Oliveira aqui e aqui.
Pois é, a CENSURA busca nos desembargadores mais próximos a violações dos direitos humanos um porto seguro contra a liberdade de expressão, contra os direitos fundamentais garantidos na Contituição.
Aguardamos o julgamento pelo STF para que CENSORES não voltem a impedir a livre manifestação do pensamento, impedir a denúncia da falÃda guerra à s drogas, impedir que propostas de mudanças na lei de drogas sejam impedidas de ser realizadas.
Veja abaixo notÃcias da Marcha em BrasÃlia:
Do G1 DF
A Justiça do Distrito Federal proibiu na noite desta quinta-feira (2) a realização da Marcha da Maconha em BrasÃlia, que estava marcada opara a tarde desta sexta-feira (3). O anúncio da proibição foi feito pelo advogado dos organizadores do evento, Mauro Machado Chaiben, pouco antes do inÃcio previsto da manifestação.
A decisão, segundo ele, foi dada pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal João Timóteo de Oliveira, da 4ª Vara de Entorpecentes. O tribunal confirmou a proibição.
O Ministério Público informou ao G1 que o pedido de proibição foi acatado na noite de quinta-feira (2) pelo Tribunal de Justiça, depois que uma primeira solicitação para barrar a marcha havia sido negada pelo TJ.
Ao serem avisados da proibição, os manifestantes promoveram uma vai coletiva contra a decisão da Justiça e decidiram que prosseguiriam com a caminhada pela Esplanada dos Ministérios, mas adotando o nome de Marcha pela Liberdade de Expressão.
Na saÃda do evento, uma manifestante pedia que nenhum integrante da marche fumasse a droga durante o protesto nem que usasse imagens referentes à maconha.
Os manifestantes chegaram a fechar as seis pistas da Esplanada dos Ministérios, mas passaram a se concenrtrar em três delas ao longo da caminhada. Impedidos de fazer apologia à droga, os manifestantes passaram a gritar, durante a caminhada, “Ei, polÃcia, pamonha é uma delÃcia” e “PolÃcia pra ladrão, pra maconheiro, não”.
Os manifestantes seguiram para o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Na frente da corte, os manifestantes fizeram a imagem de uma folha de maconha e passaram a gritar: “STF cadê a liberdade de expressão?”.
A marcha não viria até aqui, mas decidiram protestar na frente do STF por causa da proibição, disse o advogado Mauro Chaiben. “Os órgãos de segurança pública do DF não conseguiram digerir uma decisão proferida na última horaâ€, afirmou, ao dizer que a polÃcia acompanhou a marcha sem interferir na manifestação.
Na frente do Congresso, os manifestantes voltaram a entoar slogans pela legalização da droga. “Ei, doutor, maconheiro é eleitorâ€, gritavam.
Liberação
Os manifestantes vieram ao Supremo Tribunal Federal (STF) cobrar o julgamento de duas ações propostas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que pedem a liberação de manifestações pela legalização da droga.
A procuradoria defende que a livre manifestação de pensamento é um “pressuposto para o funcionamento da democraciaâ€. Os dois processos pedem uma interpretação diferente de dispositivos do Código Penal e do Sistema Nacional de PolÃticas sobre Drogas para liberar os protestos.
Nas ações, a vice-procuradora-geral Debora Duprat questiona decisões que proibem atos públicos pró-legalização de drogas. Segundo ela, os juÃzes usam “argumento equivocado†de que seria apologia ao crime e estÃmulo ao uso de drogas.
Os dois processos tramitam no STF desde 2009, mas apenas um deles está pronto para ser julgado, a ação que pede uma nova interpretação do Código Penal. O relator do caso no STF, ministro Celso de Mello, liberou o processo para ser julgado no último dia 17 de maio. Ainda não há previsão para que a ação seja colocada em pauta.
Proibição
Um dos oganizadores da Marcha da Maconha do Rio, Renato Cinco, disse que a notÃcia da proibição foi recebida com “espanto”. Ele veio para BrasÃlia para apoiar o evento desta sexta.
Uma das integrantes da organização do evento em BrasÃlia, LuÃsa Pietrobon, disse ter ficado frustrada com a proibição. “Vamos prosseguir com a marcha, só que descaracterizada”, afirmou. Outra organizadora do evento, Danielle Bomtempo, classificou a decisão da Justiça de “ditadura moderna”.
A estudante Beatriz Moreira participou da manifestação, apesar de afirmar que não fuma maconha. “Acho que é uma causa muito óbvia para qualquer jovem”, afirmou.
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Na decisão, porém, desembargador diz não ter conhecimentos para discordar da liberação
Manifestantes desenham em cartazes e pedem pela liberdade de expressão
Cerca de 100 militantes foram proibidos, na tarde desta sexta-feira (3), de iniciar uma marcha em defesa da legalização da maconha, na Esplanada dos Ministérios, em BrasÃlia. A manifestação, marcada para as 14h, estava concentrada na Catedral, quando policiais chegaram com uma liminar da Justiça determinando o cancelamento.
A decisão não permite uso de nomenclatura com referência à maconha nem desenhos em cartazes da folha da erva.
A decisão é assinada pelo desembargador João Timóteo de Oliveira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Nela, o magistrado diz textualmente que não tem “conhecimentos suficientes para discordar dos defensores da liberação da maconhaâ€.
Ainda assim, determinou a proibição seguindo o pedido do Ministério Público do Distrito Federal, para quem “a pretensão de realização do evento pode efetivamente corresponder ao induzimento ou instigação do uso da maconhaâ€.
Os promotores citaram os artigos 287 e 288 do Código Penal, que penalizam apologia ao crime e formação de quadrilha.
Com a decisão, os manifestantes decidiram mudar o foco da marcha, para reivindicar liberdade de expressão, com uma caminhada até o Supremo Tribunal Federal. Com a proibição de falar da maconha, vários ativistas ironizaram, desenhando em cartazes um milho no lugar da folha, com os dizeres “Marcha da Pamonhaâ€.
Uma das organizadoras da Marcha, Daniele Bontempo, reclamou da decisão, dizendo que a manifestação havia sido combinada com a Secretaria de Segurança Pública, para ser um ato pacÃfico e sem apologia ao uso.
– A Marcha da Maconha não é um movimento organizado num dia. Há pessoas que trabalham para que isso aconteça. A gente tenta atender a todas as notificações para que não tenha que passar por isso. Nosso intuito é levantar o debate. Quanto mais proibirem, mais visibilidade a gente vai ter.
Um dos advogados do movimento presentes disse que seria “muito difÃcil†reverter a decisão ainda nesta sexta-feira. (Foto: Renan Ramalho/R7)