• Home
  • Quem somos
  • A razão entorpecida
  • Chame o DAR pra sua quebrada ou escola
  • Fale com a gente
  • Podcast
  • Quem somos
  • A razão entorpecida
  • Podcast
  • Chame o DAR pra sua quebrada ou escola
  • Fale com a gente
Julho 01, 2011

Marcha da Maconha: A mobilização política em tempos de descriminalização

Oba Oba

Marcha da Maconha em São Paulo

A mobilização política em tempos de descriminalização

Por: Dara Liberman

Todo brasileiro que se preze, seja ele do sul, do norte ou do Distrito Federal, que esteja em dia com os acontecimento do país e debates políticos em pauta, sabe que a luta a favor da legalização da maconha não é novidade. O que difere o ano de 2011 do passado é a liberação da Marcha da Maconha pelo Supremo Tribunal Federal. A Marcha, que acontece desde o ano de 2002, foi sempre reprimida, e o governo, que alegava o evento ser de apologia às drogas, agora afirma que proibi-la é uma ameaça à liberdade de expressão.

Para algumas pessoas, talvez essa mudança na lei não faça a menor diferença. Mas, para muitos outros brasileiros que participam das atuais mobilizações (Churrascão da Gente Diferenciada, Marcha das “Vadias”, Marcha da Liberdade, Beirutaço da Resistência e Parada LGBT) esse acontecimento é um marco. Um grito, melhor dizendo. Até o o ex-Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, está envolvido nessa questão e é a favor da descriminalização das drogas.

Pedro Nogueira, jornalista, faz parte da organização da Marcha da Maconha. Envolvido também no Coletivo DAR (Desentorpecendo A Razão), grupo que luta pela legalização das drogas, contra a violência urbana e acompanha o processo de regulamentação de armas não letais, cita a importância dos movimentos crescentes ao redor do Brasil, e como a participação da sociedade é capaz de influenciar nas decisões do Estado.

Qual a proposta do Coletivo DAR?
O coletivo existe há dois anos, e tem um aspecto anti-proibicionista. Surgiu através da necessidade de debater a questão das drogas de maneira geral, não só da maconha. Atualmente é possível encontrar diferentes pessoas debatendo a questão das drogas, que antes não se manifestavam.

Como você encara a liberação da Marcha da Maconha pelo Supremo Tribunal Federal?
A marcha ter sido liberada pelo Supremo Tribunal é fruto de um trabalho que acontece há mais de três anos, de conscientização e articulação, através da ação de muitas pessoas, e divulgação na internet e nas mídias sociais como twitter e facebook.

Marcha da Maconha 21/05                                                              Créditos:Flickr/Camila Pistoresi

Você acredita que a febre das marchas contribuiu para a decisão do STF?
Não tenho dúvidas. Alguns fatores contribuíram para que a Marcha fosse liberada. O primeiro é a onda das marchas que vem acontecendo na cidade, pois elas mostram uma grande parcela de brasileiros quebrando a casca do ovo, retomando o espaço público como espaço de debate. O segundo foi a decisão de mudar o local da Marcha, do Parque do Ibirapuera para Avenida Paulista. E o terceiro, a atitude violenta e repressora da Polícia Militar aos participantes da Marcha da Maconha, do dia 21/05. Tudo isso contribuiu para a liberação do STF.

Qual a verdadeira luta por trás da Marcha da Maconha?
A Marcha da Maconha luta pela legalização e regulamentação. Estão nos planos aumentar a abrangência da marcha, para assim surgirem as pautas, e fazer os brasileiros enxergam para onde estamos seguindo. A Marcha em si é uma negativa do proibicionismo. Eu acredito que a proibição não é a maneira correta de tratar as drogas, mas por enquanto, em função do meio conservador em que vivemos, certas coisas não vão mudar. Não faz o menor sentido a maconha causar tanto controle, repressão e escândalo.

O que vocês esperam para Marcha do sábado dia 02/07?

Esperamos um evento pacífico, e que as pessoas, que até agora estavam no armário, saiam para marchar, porque depois de muita luta e discussão, conseguimos o direito de falar abertamente sobre a maconha. É muito importante o movimento ser finalmente levado a sério, pois muitas pessoas ainda pensam que estamos lá pela farra. Nosso trabalho não é só pelos nossos interesses, e sim pensar como enfraquecer o tráfico, em formas alternativas de cuidados aos dependentes e como abandonar os paradigmas repressivos nos tratamentos dos usuários. Vivendo em um país de terceiro mundo, o brasileiro precisa aproveitar essas oportunidades para mostrar que podemos fazer diferente. É possível funcionar, afinal, são nos campos de batalha das periferias do Brasil que começam a guerra às drogas, onde aqueles que lidam ou não com esse comércio multimilionário morrem todos os dias.
Marcha da Maconha 21/05                                                             Créditos:Flickr/Camila Pistoresi

 

Comments

comments

Nos ajude a melhorar o sítio! Caso repare um erro, notifique para nós!

Recent Posts

  • NOV 26 NÓS SOMOS OS 43 – Ação de solidariedade a Ayotzinapa
  • Quem foi a primeira mulher a usar LSD
  • Cloroquina, crack e tratamentos de morte
  • Polícia abre inquérito em perseguição política contra A Craco Resiste
  • Um jeito de plantar maconha (dentro de casa)

Recent Comments

  1. DAR – Desentorpecendo A Razão em Guerras às drogas: a consolidação de um Estado racista
  2. No Grajaú, polícia ainda não entendeu que falar de maconha não é crime em No Grajaú, polícia ainda não entendeu que falar de maconha não é crime
  3. DAR – Desentorpecendo A Razão – Um canceriano sem lar. em “Espetáculo de liberdade”: Marcha da Maconha SP deixou saudade!
  4. 10 motivos para legalizar a maconha – Verão da Lata em Visitei um clube canábico no Uruguai e devia ter ficado por lá
  5. Argyreia Nervosa e Redução de Danos – RD com Logan em Anvisa anuncia proibição da Sálvia Divinorum e do LSA

Archives

  • Março 2022
  • Dezembro 2021
  • Setembro 2021
  • Agosto 2021
  • Julho 2021
  • Maio 2021
  • Abril 2021
  • Março 2021
  • Fevereiro 2021
  • Janeiro 2021
  • Dezembro 2020
  • Novembro 2020
  • Outubro 2020
  • Setembro 2020
  • Agosto 2020
  • Julho 2020
  • Junho 2020
  • Março 2019
  • Setembro 2018
  • Junho 2018
  • Maio 2018
  • Abril 2018
  • Março 2018
  • Fevereiro 2018
  • Dezembro 2017
  • Novembro 2017
  • Outubro 2017
  • Agosto 2017
  • Julho 2017
  • Junho 2017
  • Maio 2017
  • Abril 2017
  • Março 2017
  • Janeiro 2017
  • Dezembro 2016
  • Novembro 2016
  • Setembro 2016
  • Agosto 2016
  • Julho 2016
  • Junho 2016
  • Maio 2016
  • Abril 2016
  • Março 2016
  • Fevereiro 2016
  • Janeiro 2016
  • Dezembro 2015
  • Novembro 2015
  • Outubro 2015
  • Setembro 2015
  • Agosto 2015
  • Julho 2015
  • Junho 2015
  • Maio 2015
  • Abril 2015
  • Março 2015
  • Fevereiro 2015
  • Janeiro 2015
  • Dezembro 2014
  • Novembro 2014
  • Outubro 2014
  • Setembro 2014
  • Agosto 2014
  • Julho 2014
  • Junho 2014
  • Maio 2014
  • Abril 2014
  • Março 2014
  • Fevereiro 2014
  • Janeiro 2014
  • Dezembro 2013
  • Novembro 2013
  • Outubro 2013
  • Setembro 2013
  • Agosto 2013
  • Julho 2013
  • Junho 2013
  • Maio 2013
  • Abril 2013
  • Março 2013
  • Fevereiro 2013
  • Janeiro 2013
  • Dezembro 2012
  • Novembro 2012
  • Outubro 2012
  • Setembro 2012
  • Agosto 2012
  • Julho 2012
  • Junho 2012
  • Maio 2012
  • Abril 2012
  • Março 2012
  • Fevereiro 2012
  • Janeiro 2012
  • Dezembro 2011
  • Novembro 2011
  • Outubro 2011
  • Setembro 2011
  • Agosto 2011
  • Julho 2011
  • Junho 2011
  • Maio 2011
  • Abril 2011
  • Março 2011
  • Fevereiro 2011
  • Janeiro 2011
  • Dezembro 2010
  • Novembro 2010
  • Outubro 2010
  • Setembro 2010
  • Agosto 2010
  • Julho 2010
  • Junho 2010
  • Maio 2010
  • Abril 2010
  • Março 2010
  • Fevereiro 2010
  • Janeiro 2010
  • Dezembro 2009
  • Novembro 2009
  • Outubro 2009
  • Setembro 2009
  • Agosto 2009
  • Julho 2009

Categories

  • Abre a roda
  • Abusos da polí­cia
  • Antiproibicionismo
  • Cartas na mesa
  • Criminalização da pobreza
  • Cultura
  • Cultura pra DAR
  • DAR – Conteúdo próprio
  • Destaque 01
  • Destaque 02
  • Dica Do DAR
  • Direitos Humanos
  • Entrevistas
  • Eventos
  • Galerias de fotos
  • História
  • Internacional
  • Justiça
  • Marcha da Maconha
  • Medicina
  • Mídia/Notí­cias
  • Mí­dia
  • Podcast
  • Polí­tica
  • Redução de Danos
  • Saúde
  • Saúde Mental
  • Segurança
  • Sem tema
  • Sistema Carcerário
  • Traduções
  • Uncategorized
  • Vídeos