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Setembro 23, 2011

Crack é usado em usinas para suportar carga de trabalho, diz estudo

Frente Parlamentar mapeou presença da droga em São Paulo.
Estudo afirma que faltam leitos do SUS para tratar dependentes químicos.

Roney DomingosDo G1 SP

A Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack da Assembleia Legislativa de São Paulo identificou uso do crack por trabalhadores de usinas de cana-de-açúcar e de indústrias cerâmicas no interior do estado de São Paulo. Segundo os deputados, a droga vem sendo usada para suportar uma exaustiva carga de trabalho. O estudo que mapeia a presença do crack em cidades paulista foi divulgado nesta terça-feira (20) na Assembleia.

“Na região do Pontal [do Paranapanema], no Vale do Ribeira e na região central apareceu o crack fortemente nas usinas de cana e nas cerâmicas. Hoje, há uma certa liberação para que esse trabalhador possa trabalhar 14, 15 horas, consumindo crack. Ele ganha um grande poder físico de produção e, depois de quatro ou cinco anos, morre ou é afastado. Nós ouvimos muitos depoimentos sobre isso”, disse o coordenador da Frente Parlamentar, o deputado Donisete Braga (PT).

O levantamento mostra ainda que 79% das cidades do estado não contam com leitos hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) para dependentes químicos. E 63% dos prefeitos paulistas afirmam que não ajudam financeiramente instituições ou entidades comunitárias que atendem pacientes químicos.

Para fazer o estudo, os deputados estaduais mandaram questionários para os 645 municípios paulistas. Os prefeitos de 325 cidades, onde vivem 76% da população do estado, enviaram suas respostas. O estudo revelou que o crack está presente em todos os municípios pesquisados.

De acordo com os pesquisadores, 80% dos dependentes de crack são jovens e adultos em plena atividade, com idade entre 16 e 35 anos. Quase todos os prefeitos dizem que recebem recursos dos governos estadual e federal, mas, segundo os deputados, essa ajuda se concentra nos municípios de maior porte.

Programa de combate ao crack
A Frente Parlamentar sugeriu que haja maior integração entre os três níveis de governo para aumentar a oferta de leitos. Também ouviu do ministro da Saúde a promessa de que em outubro a presidente Dilma Rousseff lançará um programa nacional de combate ao crack. Por enquanto, o alento tem sido o aumento da diária para tratamento de dependentes químicos de R$ 70 para R$ 200 e a edição de uma norma pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reconhecendo as comunidades terapêuticas que até agora atendiam dependentes químicos à margem da ajuda governamental.

No levantamento, os parlamentares apresentaram a cada prefeito dez perguntas. A primeira delas foi: “Qual a droga mais presente em sua cidade?”. As respostas serviram para traçar um quadro que eles consideram “preocupante”. O crack – feito de pasta base de cocaína e bicarbonato de sódio – está mais presente nos municípios paulistas do que a cocaína, a maconha e as drogas sintéticas.

Segundo o levantamento, em cidades médias do interior do estado – com população entre 50 mil e 100 mil habitantes – o crack é tão citado quanto o álcool como a droga mais usada, com 38% das manifestações dos prefeitos cada um. As citações são baseadas na demanda que determinada droga produz no serviço de saúde local. Os dois tipos de droga estão empatados, por exemplo, nas regiões de Barretos, Ribeirão Preto, São José dos Campos e na região central do estado.

Droga mais usada

resposta % de cidades
Álcool 49%
Crack 31%
Cocaína 10%
Maconha 9%
Sintéticas 0,59%

“Os dados apontam que os municípios paulistas estão desamparados, clamando recursos públicos, recursos humanos e equipamentos para enfrentar o avanço do crack”, diz o deputado Donisete Braga.

De acordo com o deputado Orlando Bolçone (PSB), integrante da frente, o crack está presente em todos os municípios pesquisados. O levantamento mostra que o crack foi citado como a droga mais presente em 31% das cidades paulistas. O álcool ainda está em primeiro lugar: 49%. A cocaína é a mais presente em 10% das cidades. E a maconha lidera a lista de preocupações do prefeito em 9% dos municípios pesquisados.

Em cidades médias, álcool e crack empatam como mais usados

população álcool crack cocaína maconha sintéticas
até 5 mill 66 21 6 7 0
de 5 mil a 50 mil 45 32 12 10 1
de 50 mil a 100 mil 38
38
11 11 2
mais de 100 mil 51 34 9 6 0

Das 15 regiões administrativas do estado, é na região de Marília que o álcool aparece com mais citações (66%). A região de São José dos Campos apresenta maior número de citações sobre o crack, com 46,6%.

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