Contando com a presença de quase 50 pessoas, o coletivo São Paulo da Marcha da Maconha deu neste domingo, no Centro Cultural São Paulo, o pontapé inicial para a mobilização deste ano. Encorpada pela força mostrada no ano passado, a Marcha já com mais potencial do que nos últimos anos, e em 2012 terá como desafio sair da defensiva em que estivemos nas edições passadas, lutando pelo direito de podermos protestar, e passar a pautar de fato alternativas ao proibicionismo.
Novamente existe expectativa em relação a um posicionamento do STF, desta vez em relação a uma possÃvel descriminalização do porte para consumo pessoal, e graças ao ativismo nas ruas o debate sobre drogas está na agenda polÃtica e midiática brasileira como nunca – com a Marcha da Maconha credenciada como um ator polÃtico importante do paÃs. Afinal, não são muitos movimentos que podem se gabar de terem se mobilizado em 20 cidades em 2011, sem falar na Marcha da Liberdade, que impulsionou mais de 40 manifestações pelo Brasil em reação à s agressões feitas à Marcha paulistana de 21 de maio, o dia da intolerância, como propôs o Ibccrim.
A data de 19 de maio, um sábado, foi tirada como indicativo, e será confirmada em nossa próxima reunião, que será 12 de fevereiro. Até lá, diversas comissões já trabalharão em uma série de tarefas, a partir do entendimento de que não só é preciso fazer uma marcha bonita e grande em maio, mas também aproveitar todos esses meses de construção até lá para fortalecer o debate de alternativas na sociedade e angariar novos parceiros e apoios para a causa. A participação de antiproibicionistas na mobilização contra a militarização da “cracolândia” já foi um bom exemplo de o quão forte e articulado estará o movimento em 2012, ampliando cada vez mais seus horizontes e possibilidades. Né, não, Teodomiro?