EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
MARINA GAMA
RAPHAEL SASSAKI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No dia de seu aniversário de 458 anos, a cidade de São Paulo teve confronto entre cerca de 800 manifestantes e policiais, ovos jogados no prefeito, festas e shows.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) não compareceu à missa. Assessores do tucano disseram não saber o motivo de sua ausência.
Aos gritos de assassino, os manifestantes se voltaram contra o prefeito, que tem defendido publicamente a ação da PM na cracolândia.
Logo após a missa terminar, Kassab, seus assessores e seguranças aguardavam a polÃcia controlar a situação para sair da igreja pela porta dos fundos. Prefeito e auxiliares comentavam que o alvo era Alckmin, ausente.
Os manifestantes, cerca de 800 segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego, cercaram a igreja para impedir a saÃda de autoridades.
Kassab tentou deixar a catedral antes do fim da celebração, pela porta dos fundos. Mas logo que apontou na porta quase foi atingido por uma bandeira. Ele então desistiu e voltou para a igreja, onde ficou por mais 20 minutos, em absoluta tensão.
A equipe de segurança do prefeito pediu o apoio da Força Tática para sair.
Na segunda tentativa, Kassab conseguiu sair, sob uma chuva de pedras, ovos, bolinhas de papel e garrafas.
Os policiais fizeram um cordão de isolamento ao redor do carro do prefeito enquanto manifestantes tentavam, com chutes e socos, quebrar o veÃculo. Um policial foi agredido e revidou, iniciando a confusão.
A polÃcia partiu para cima dos manifestantes com cassetetes, spray de pimenta e bombas de gás. Um manifestante ficou levemente ferido.
Enquanto os manifestantes tentavam agredir Kassab, Afif e o coronel Camilo deixaram o local sem serem vistos.
Após a confusão, os militantes seguiram para a prefeitura, onde Kassab entregaria, minutos depois, a medalha 25 de Janeiro à presidente Dilma Rousseff, Alckmin e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Eram cerca de mil pessoas, segundo a prefeitura.
Se o clima minutos antes era de guerra, lá a sensação era de festa. Com os rostos pintados com listras rosas e adesivos dizendo “Somos todos Pinheirinho”, os manifestantes entoavam gritos contra Dilma, Alckmin, Kassab e o sistema capitalista.
Após quase 2 km de caminhada e muitos discursos, o protesto minguou e chegou à cracolândia com menos da metade da multidão.
Após mais alguns discursos de dirigentes sindicais e polÃticos, a manifestação acabou com teatro, rodas de capoeira e um rap improvisado.
Manifestantes atiram ovos em carro de prefeito durante protesto em São Paulo
Em um dos pontos onde um veÃculo oficial aguardava a saÃda do prefeito, manifestantes cercaram o carro, gritando palavras de ordem, e um dos integrantes esvaziou um dos pneus do carro, enquanto outros batiam no veÃculo.
De acordo com os organizadores, mais de 60 entidades participaram da manifestação, que reuniu cerca de 800 pessoas, segundo estimativas da PolÃcia Militar.
Nem só de festa tem sido o dia de comemorações pelo aniversário de 458 anos da cidade de São Paulo. O cerco da população ao prefeito da cidade, Gilberto Kassab, e a Geraldo Alckmin, governador do Estado, dominaram as redes sociais nesta manhã de quarta-feira (25).
O ato teve inÃcio na praça pois a igreja teria uma missa feita em comemoração aos 458 anos da cidade, com a participação do prefeito Gilberto Kassab e outras autoridades.
Segundo a PM, após a saÃda do prefeito houve um princÃpio de tumulto. Os manifestantes cercaram o carro do prefeito e a polÃcia precisou intervir para evitar mais confusão.
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