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Fevereiro 07, 2012

Sexismo na Marcha da Maconha? Não em nosso nome!

Coletivo DAR

Como propor um debate produtivo e inclusivo sendo que as mulheres são vistas e colocadas, por um setor do movimento, no mesmo patamar da planta que veneram – portanto como um objeto a ser adorado sim, mas sobretudo consumido?

“Ah sim os defensores das mulheres, ta me parecendo caô pra comer”
“Esta daqui é a Marcha da Maconha ou a Marcha do Politicamente Correto???”
“Agora vem pagar aqui de moralista. é isso mesmo ou é careta ou não gosta de buceta. viva a liberdade”

A foto acima foi tirada durante a II Conferência Latino-americana sobre políticas de drogas, realizada no Rio de Janeiro, em 2010, em uma reunião de “movimentos canábicos” do continente. Contando com representantes de marchas e coletivos de Argentina,Brasil, Colômbia, México  Uruguai e Peru, a reunião visava traçar estratégias comuns ao movimento em nível continental e não contou com nenhuma mulher presente.

As frases citadas em seguida fazem parte de um debate virtual vivido recentemente no interior da Marcha da Maconha, por conta de uma discussão a respeito da divulgação ou não de um calendário cuja arrecadação contribuiria com o movimento e no qual as imagens são de “pot models” -modelos maconheiras ou algo assim. Como houve visões divergentes, expomos aqui a posição do DAR, no intuito não de recriminar ou moralizar o Calendário e as meninas que cederam sua imagem e seu trabalho para sua feitura, mas por acreditarmos que essa é uma boa oportunidade para trazer à tona relações de desigualdade que são frequentemente naturalizadas, não percebidas, e assim mantidas e perpetuadas.

Organizado há quase três anos, o Coletivo DAR nasce no interior da Marcha da Maconha visando ampliar o enfoque do debate antiproibicionista para além de demandas meramente de usuários e enfocadas apenas na maconha. Com o tempo, consolidou-se entre nós também a concepção de que não basta regulamentação e controle social justos das drogas se vivemos num mundo injusto, e que portanto cabe a nós ativistas relacionar o antiproibicionismo com todas as lutas e pautas que propõem a transformação social de maneira mais ampla. Inclui-se aí, obviamente, o debate relativo às opressões de gênero, que tentamos travar já há algum tempo.

Acreditamos que as frases e a fotografia apresentadas no calendário fazem parte de um mesmo contexto. Não é por acaso que a participação feminina é tão pequena, e tão coadjuvante, dentro do movimento antiproibicionista. Iniciativas como a deste calendário não são exceção dentro de nosso campo de atuação, pelo contrário, fazem parte de uma tradição que vem de cultuadas revistas estrangeiras, como a High Times ou a argentina THC, e que vigora no Brasil não só no projeto em questão como em concursos como Miss Marijuana e em sites como o Mulher e Maconha, por exemplo. Trata-se de “combate à caretice” ou mera reprodução de estereótipos e preconceitos nascidos no interior de uma sociedade desigual e opressora?

Os homens pensam e as mulheres posam?

É famosa a frase de Bernard Shaw, que, ao criticar o racismo nos Estados Unidos, dizia que o norte-americano relega o negro ao nível do engraxate, e conclui daí que ele só pode servir para engraxar sapatos. Iniciativas como esta parecem partir do pressuposto de que as mulheres pouco são além de corpos a serem admirados, divulgados, explorados, e parte dos objetos masculinos de prazer, e portanto “incluem” no âmbito do antiproibicionismo a participação feminina apenas nestes marcos. Fica parecendo que pensar a política e tomar a linha de frente das ações é tarefa masculina.

Como incluir mulheres em pé de igualdade no interior do movimento se sua participação é requisitada – e desejada – apenas no nível da beleza e da sensualidade? Como esperar que elas se sintam à vontade e atuem enquanto protagonistas quando já se sugeriu, em reuniões da Marcha de SP, a utilização de modelos com pouca roupa para promover o evento? Como propor um debate produtivo e inclusivo sendo que as mulheres são vistas e colocadas, por um setor do movimento, no mesmo patamar da planta que veneram – portanto como um objeto a ser adorado sim, mas sobretudo consumido?

Não existem homens, mulheres e homossexuais por si só. Nós nos tornamos homens, mulheres, homossexuais, transexuais ou qualquer outra identidade de gênero num processo social que está em permanente atualização e recriação. Um processo histórico, que no presente momento não pode ser dissociado do ordenamento social conhecido como capitalismo, que tem como uma de suas características principais o ocultamento das relações sociais entre pessoas através do predomínio da mercadoria. Sob a égide do dinheiro e da divisão social e sexual do trabalho, tudo se torna produto, tudo é vendável, publicizável, a começar dos corpos das pessoas.

Ora, mas isso acontece não só com os corpos femininos, muitos dirão. E com razão: apesar de ter nascido com forte componente misógino, o sistema do capital não é muito preconceituoso em matéria de mercantilizar vidas. No entanto, se não há igualdade – e as opressões de classe, mas também de gênero, raça, nacionalidade, etc. comprovam isso – obviamente os efeitos de tal mercantilização atingem de forma diferenciada os distintos setores e grupos sociais. No caso das mulheres, isso é muito claro.

Nesse sentido, os argumentos de que isso seria “machismo ao contrário”, ou o de “faça um calendário de homens”, não se sustentam a partir do momento que percebemos que a realidade de onde partimos não coloca homens e mulheres em pé de igualdade, pelo contrário, as mulheres partem de uma condição de desigualdade histórica. Igualdade de tratamento dentro da desigualdade não é nada menos que injustiça, manutenção do status quo. Vivemos em uma sociedade machista, homofóbica, racista e de opressão sobre os pobres, é do lado dos que reagem que devemos nos colocar, não dos que oprimem.

Como aponta Simone de Beavouir, no clássico O segundo sexo, “é difícil para o homem medir a extrema importância de discriminações sociais que parecem insignificantes de fora e cujas repercussões morais e intelectuais são tão profundas na mulher que podem parecer ter suas raízes numa natureza original”. Muitas vezes é difícil identificar a especificidade das questões de gênero frente aos problemas e questões mais amplos de nossa sociedade, sobretudo quando se têm diante do “outro” uma postura tão marcadamente distante e delimitada, como é o caso de alguns dos setores do antiproibicionismo – compostos hegemônica, majoritária ou mesmo completamente por homens, e aparentemente sem disposição de questionar e transformar tal panorama. Cria-se aí um perigoso ciclo vicioso: somos quase todos homens, por isso não nos preocupamos com questões específicas das mulheres, logo, atraímos apenas novos homens, que se preocupam apenas com questões de homens e assim vai. Questionar isso? “Ou é careta ou não gosta de buceta”!

Especificidade da opressão à mulher

Obviamente, não podemos analisar a situação vendo as mulheres somente como objetos ou “vítimas”, ou estaríamos procedendo da mesma forma que criticamos. Claro que as garotas que posaram para as fotos, ou as que fazem propagandas de cerveja expondo seus corpos como se fossem logomarcas, o fizeram de forma voluntária, honesta e muitas vezes orgulhosa. Este ponto levanta alguns aspectos a serem levados em conta.

Em primeiro lugar, podemos citar novamente Beauvoir para lembrar que “os homens encontram em sua companheira mais cumplicidade do que em geral o opressor encontra no oprimido; e disso têm autoridade para declarar com má-fé que ela quis o destino que lhe impuseram”. “Toda a educação dela conspira para barrar-lhe os caminhos da revolta e da aventura (…). Ela aceita alegremente essas mentiras, porque elas a convidam a seguir o caminho em declive da facilidade: e nisto está o maior crime que cometem contra ela”. Beauvoir alinha-se aqui à concepção histórica de identidade de gênero citada acima, lembrando que não é possível que individualizemos as escolhas e atitudes diante de um quadro em grande medida determinado socialmente.

Individualizar tais questões mantém a posição social da mulher intacta. Um exemplo é do entendimento da mulher como sujeito, incluindo a relação com o prazer e principalmente dos prazeres corporais. No caso das drogas, primeiro, é importante apontar que as mulheres formam o grupo no qual há maior prescrição de medicamentos psicotrópicos (levantando aqui uma série de questões que não podemos explorar nesse texto, tais como: são silenciadas, sua posição social segue intacta, a loucura vista como feminina, etc). Segundo, em relação ao uso de drogas, como esse é um prazer visto como imoral para as mulheres, quando essas usam drogas em público o estigma sobre elas é ampliado e diretamente ligado à sua posição sexual (como se não houvesse outras posições sociais para a mulher, apenas sexual), ou seja, se usam drogas não são “boas meninas” (portanto, vistas como más mães ou más mães-a-ser), ou vistas como prostitutas, “fáceis” ou lésbicas (termos usados no discurso público como qualidades ruins). Em todos os casos, seu prazer não é reconhecido, não é legítimo, e é como se seu corpo não pertencesse a ela. O prazer corporal para a mulher é estigmatizado, patologizado e criminalizado.

A opressão à mulher, portanto, traz algumas especificidades importantes de serem salientadas e debatidas. Diferentemente da opressão ao negro ou ao homossexual, a fronteira entre elogio e desrespeito/opressão é embaralhada no caso feminino, na medida em que muitas vezes a posição de objeto é combinada com o status adquirido pelo padrão de beleza. Uma mulher que posa seminua em uma propaganda de cerveja não só o faz voluntariamente como muito provavelmente se sente muito bem a respeito: ela está sendo cobiçada, ela é gostosa, todos vão olhar sua imagem no outdoor e a desejarem, ou vão querer imitá-la. Ao mesmo tempo em que alcança esse status, a mulher aparece pura e simplesmente como objeto de desejo para o homem, não como sujeito de seu próprio desejo. Mais que isso, é retratada na propaganda como um brinde que acompanha o produto a ser vendido. Passe um desodorante que você ganha mulheres gostosas correndo atrás de você pela rua, compre um carro que uma gostosa vai querer entrar, beba cerveja que a maravilhosa jogadora de vôlei de praia vai se aproximar. Além de sermos construídos culturalmente de acordo com os papéis sociais que nossa condição de gênero nos impõe, no caso das mulheres muitas vezes a reafirmação de sua função de servir ao prazer do homem é justamente confundida com uma posição admirável. Sua própria reificação é o que lhe dá status social.

Somos a favor de liberdade sexual e autonomia de decisão sobre o que fazer com o próprio corpo. O que questionamos é a reprodução da mulher-objeto-para-satisfazer-o-prazer-do-homem, baseada na heterossexualidade como regra, concepção com a qual somos bombardeados cotidianamente e que reproduzimos em nossas próprias produções e relações sociais. O modo como as mulheres são representadas costuma ser, na realidade, a forma como os homens as veem e como querem que se comportem.

Feminismo e antiproibicionismo: lutas irmãs

Na Marcha da Liberdade (2011), só mulheres carregaram a faixa principal

Neste momento, o movimento antiproibicionista e as lutas antissexistas vêm se aproximando, pouco a pouco, com a presença de mulheres na Marcha da Maconha aumentando gota a gota. Antiproibicionismo e feminismo têm em comum sobretudo a bandeira do livre decidir sobre o corpo, isso frisamos desde este texto de 2010. Consideramos o debate sobre a legalização do aborto – pauta histórica do movimento feminista – como luta “irmã” da luta pela legalização das drogas, pela autonomia do próprio corpo e liberdade de escolha que ambas reivindicam, assim como pela opressão e consequências nefastas que a proibição e criminalização representam em ambas as políticas. Neste momento de aproximação, pensamos que é fundamental firmar posição ao lado de quem resiste e propõe outro mundo, onde quando uma luta avança e nenhuma retrocede.

No entanto, não podemos confundir a liberdade para se fazer o que quiser com seu corpo, e para exibi-lo da forma como se bem entender, com a liberdade para explorar o corpo alheio da forma como se bem entender. Acusações de “censura” ou de tolhimento à liberdade foram utilizadas durante o debate a respeito do calendário, com seus enunciadores esquecendo-se de como desde séculos atrás o discurso supostamente defensor da liberdade também foi usado para esconder a defesa da livre dominação – os capitalistas ingleses, por exemplo, bradavam contra a limitação das jornadas de trabalho no século XIX dizendo que isto feria a “liberdade” do trabalhador vender sua mão de obra por 14, 16 horas ao dia se “quisesse”. Quanto à ideia de que por ser considerado uma obra de arte, uma avaliação política do calendário seria totalitarismo ou censura, limitamo-nos a citar Walter Benjamin: “Se os fascistas estetizam a política, nós devemos politizar a estética”.

Outro aspecto que não pode ser ignorado é que não estamos diante de uma manifestação artística desinteressada. Tanto pelos interesses comerciais dos envolvidos nos projetos citados – que mesmo não tendo fins lucrativos servem incontestavelmente como forma de consolidação e difusão de marcas com fins comerciais – mas sobretudo por se tratar de iniciativa vinculada a um movimento político específico. Como uma obra de arte pode ser algo intocável ou impassível de avaliação política estando inserida dentro de um modelo de sociedade que criticamos e sendo publicizada em nome de um movimento social que participamos? Uma coisa é uma mulher sentir vontade de expor seu corpo da maneira que ela quiser, outra é uma organização política empreender e difundir esse tipo de representação do corpo feminino sob o argumento de que vende, tomando este discurso para si.

Não se trata de censura: uma vez que o calendário está exposto no site nacional da Marcha da Maconha, passamos a vincular o discurso sexista e heteronormativo à nossa luta. Por outro lado, há uma diversidade de discursos porno-eróticos possíveis, em que a pluralidade de sexualidades possa se manifestar sem reproduzir mais do mesmo. Qual seria, então, nosso critério? Para conseguirmos grana não há problema em reproduzir opressões às quais muitos de nós, que lutamos por uma alternativa societária diferente da que vivemos, combatemos? Somos um movimento social autogestionário e temos tido sucesso em buscar o financiamento de nossas atividades com parceiros, voluntários e políticas de ativismo.

O movimento antiproibicionista tem se colocado nos últimos anos como pretenso campo de elaboração de alternativas à guerra às drogas. Nas mais variadas vertentes, tem ajudado a multiplicar o debate sobre as drogas, sua proibição, seus usos e as implicações desta convivência na sociedade. Para além do antiproibicionismo, vemos que desde o século XVIII existem lutas concretas contra o cárcere, contra a reclusão manicomial, contra o racismo e contra a penalização de pessoas que por algum motivo não se enquadram no funcionamento de uma sociedade capitalista. Seria injusto, portanto, admitir o monopólio do tema das drogas ao antiproibicionismo, estando ele na verdade intrinsecamente relacionado com todos os âmbitos políticos, sociais e históricos da nossa sociedade. O mais correto seria observarmos como a luta por mudanças na política de drogas contém elementos de muitas outras lutas – e certamente não podemos desprezar o peso e a importância do caminho há muito trilhado pelo feminismo. Como um caleidoscópio que se mistura em diferentes ângulos, a verve libertária encontra-se presente em todas as posições.

Após debate sobre a questão de gênero, na edição de 2011 da mesma conferência da primeira foto, desta vez no México, a uruguaia Clara Musto foi escolhida porta-voz dos ativistas em pronunciamento

 

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