Em 2011, o STF reafirmou a Constituição ao garantir o direito da livre manifestação e livre expressão do pensamento à s Marchas da Maconha no paÃs. “Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”, diz a carta magna brasileira, e tendo isso em vista a organização da Marcha da Maconha em Diadema protocolou AVISO na prefeitura da cidade.
E eis que o gabinete do prefeito petista Mário Reali responde o aviso e… “SUGERE” QUE A MARCHA NÃO OCORRA NA CIDADE! A surreal justificativa é que ela não alinha-se à s polÃticas de combate à s drogas empreendidas pela tacanha gestão em turno. De fato, prefeito, a Marcha não tem nada a ver com o que suas mentes obtusas propõem e implementam, é por isso que ela é tão necessária.
Passadas as risadas frente à empáfia do mandatário da cidade, o coletivo local da Marcha irá se pronunciar em breve sobre o “pedido” do prefeito. Enquanto isso, confiram matéria sobre o assunto, publicada no Diário do Grande ABC. Ao contrário do que o texto diz, nem prefeito nem PM PROIBIRAM a Marcha, simplesmente porque eles não tem esse poder. Mais uma vez: não passarão!
A PolÃcia Militar conseguiu barrar a realização da marcha da maconha em Diadema, marcada para o dia 26 de maio, na Praça da Moça. O argumento utilizado pelo comandante da PolÃcia Militar no Grande ABC, coronel Roberval Ferreira França, foi que a manifestação não vai ao encontro das polÃticas públicas de enfrentamento ao crack e outras drogas, lançadas na cidade em junho. Com isso, a Prefeitura resolveu proibir a realização da marcha.
Em fevereiro, o diretor de eventos da administração, José Tadeu Mota, assinou documento que atendia a solicitação do grupo Acorda ABC, organizador do movimento, em utilizar a Praça da Moça. O Departamento de Paisagem Urbana da Secretaria de Meio Ambiente também emitiu documento manifestando não ter objeção à realização da manifestação. Porém, o texto determinava algumas regras que deveriam ser seguidas pelos participantes.
A Prefeitura informou que os ofÃcios encaminhados anteriormente aos organizadores do evento são manifestações pessoais dos responsáveis, que respondem apenas sobre o uso do espaço público. Segundo a administração, não cabe aos dois autorizar esse tipo de evento sem o crivo do prefeito Mário Reali (PT). No entanto, o setor de eventos é diretamente ligado ao gabinete de Reali.
A decisão foi tomada pelo prefeito na quinta-feira, em reunião com o comandante da PolÃcia Militar. “Esse movimento vai contra todas as polÃticas públicas que a prefeitura e a polÃcia estão desenvolvendo para combater o tráfico e uso de drogas. Não tem como apoiar uma iniciativa dessa”, afirmou.
Além de se posicionar contra a manifestação, Roberval disse que a vistoria realizada na Praça da Moça constatou que não há condições de fazer a manifestação ali. “Informamos a Prefeitura que a PM contraindica o local por conta da grande movimentação de público que irá gerar”, explicou o coronel.
MANIFESTANTES
Mariana Torres, 19 anos, que faz parte da comissão organizadora da marcha, afirmou que o grupo Acorda ABC irá manter o posicionamento e pretende realizar o evento mesmo sem a autorização. “Já iniciamos a divulgação há bastante tempo e não vamos cancelar a marcha. Acho que a Prefeitura pensou que não terÃamos coragem e que não iria acontecer. Estamos bem empenhados e mobilizamos bastante gente para debater esta discussão de descriminalização da maconha e uso medicinal da erva”, explicou.
Na noite de ontem, integrantes do grupo se reuniram na Praça da Moça e iniciaram a pintura de faixas que, segundo eles, serão utilizadas na manifestação.
Ex-prefeito, Filippi destacou apoio a movimento em vÃdeo
Em novembro, o deputado federal e ex-prefeito de Diadema José de Filippi Júnior (PT) manifestou apoio à realização da marcha da maconha na cidade. Na ocasião, o parlamentar afirmou que o tema precisa ser melhor tratado por polÃticos e sociedade.
A declaração gerou polêmica. Após a afirmação, a equipe do Diário debateu o assunto com os outros três deputados federais do Grande ABC no Congresso, William Dib (PSDB), Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), e Vanderlei Siraque (PT). Todos se mostraram contra a realização do movimento na região.
O STF (Supremo Tribunal Federal) garantiu, em junho, o direito de cidadãos realizarem manifestações pela descriminalização e legalização de drogas em todo Brasil.