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Maio 11, 2012

Alô, STF! Materiais da Marcha da Maconha são apreendidos em BH

Materiais de divulgação da Marcha da Maconha são apreendidos em loja na capital

PM alegou apologia ao crime no material que, no entanto, possui respaldo do Supremo Tribunal Federal

Daniel Silveira, Estado de Minas

Publicação: 10/05/2012 22:56 Atualização: 10/05/2012 23:06

Camisa não faz apologia ao uso das drogas, argumento usado pela PM para proceder à apreensão (Divulgação)
Camisa não faz apologia ao uso das drogas, argumento usado pela PM para proceder à apreensão

 

A Marcha da Maconha, movimento organizado em 33 cidades brasileiras neste ano, começa a gerar polêmica em Belo Horizonte. Camisas e panfletos de divulgação do evento foram apreendidos pela Polícia Militar em uma loja no Centro da capital, sob argumento de que o material fazia apologia ao crime. Já os organizadores do evento afirmam que a PM desrespeitou a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 187, do Supremo Tribunal Federal (STF), que garante a legalidade do movimento.

De acordo com o comerciante Nilo Vitor do Carmo, de 31 anos, foram apreendidas em sua loja 26 camisas, 6 mil panfletos e seis livros sobre o uso medicinal da maconha. “O sargento alegou que houve denúncia anônima e que daria flagrante por apologia às drogas. A loja é totalmente regular e as camisas estão em conformidade com a autorização do STF”, disse.

Um funcionário, dois militantes do movimento e um lavador de carros foram detidos pelos policiais durante a apreensão. “O único que saiu algemado foi um rapaz que é lavador de carros, é negro, e tinha acabado de comprar uma camisa e fazia panfletagem do material na rua onde vigia os carros”, afirma Nilo. Segundo o comerciante, os detidos e os materiais apreendidos foram levados pelos militares a duas delegacias, mas em nenhuma delas foi registrado o Boletim de Ocorrência. Todos seguiram para o Juizado Especial Criminal, onde até as 22h30 aguardavam ser ouvidos.

A Polícia Militar, por meio de sua assessoria de imprensa, não comentou a ocorrência, mas confirmou que a apreensão foi resultado de uma denúncia anônima feita ao 1º Batalhão da PM.

Ainda na noite desta quinta-feira, a PM divulgou nota informando que “A Marcha da Maconha não adotou medidas legais para a sua realização”. O comunicado esclarece a necessidade legal para eventos deste tipo de que sejam informados aos órgão competentes a previsão de público, itinerário que será percorrido dentre outras informações. Isso é necessário para que subsidiar ações que garantam a segurança dos participantes do evento e minimizem os transtornos na circulação de veículos e pedestres.

A reportagem do em.com recebeu dos organizadores da Marcha da Maconha em BH cópia do ofício que teria sido entregue à prefeitura, PM e BHTrans informando a realização do evento e fornecendo os detalhes exigidos pelos órgãos. “Eu entreguei o documento pessoalmente no dia 2 de maio, por volta das 15h, na expedição do Quartel do Comando Geral da PM, e me foi informado que seguiria para o Comando Geral no dia seguinte. Não me deram nenhum protocolo de entrega”, afirma Luiz Pimenta, de 39 anos, voluntário na organização da Marcha.

O comandante do Comando de Policiamento da Capital (CPC), coronel Rogério Andrade, afirmou que a PM não recebeu o comunicado. “Checamos com a prefeitura e eles também não o receberam”, destacou. No entanto, o coronel garantiu que a intenção da PM é assegurar a realização do evento dentro dos trâmites legais. “Não estamos discutindo a questão ideológica do movimento. Nossa preocupação é em relação aos procedimentos legais e normativos para realização de eventos em locais públicos de Belo Horizonte. Precisamos garantir a fluidez do trânsito e o direito de ir e vir das pessoas, inclusive dos manifestantes. Se forem adotadas todas as normas, eles terão todo os respaldos dos órgãos competentes para que o evento seja realizado”, afirmou.

A Marcha da Maconha está prevista para começar com concentração a partir das 13h na Praça da Estação, no Centro da capital, no próximo sábado, 12 de maio.

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