O comando da PolÃcia Militar se recusou a fazer segurança da Marcha da Maconha, que acontecerá neste sábado em Manaus, após pedido da organização do evento.
Manaus – A Marcha da Maconha, programada para acontecer neste sábado (19), à s 16h, no Parque dos Bilhares em Manaus, pode não contar com o acompanhamento da PolÃcia Militar do Amazonas. Segundo o organizador do evento, Luan Dante, ao pedir apoio dos policiais para garantir a segurança dos manifestantes, o Comandante Geral da PolÃcia Militar, Almir David, se recusou a atender ao pedido e o mandou embora do comando. “Ele me levou para uma sala e me chamou a atenção na frente dos outros subordinados e pediu para que eu não colocasse mais os pés lá”, declarou.
Em entrevista ao Portal D24AM, o comandante confirmou a discussão e disse que não compactua com o ato e que “a polÃcia militar é contra (a manifestação) por ser um movimento criminosoâ€. Questionado sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que liberou a realização de passeatas que defendem a descriminalização das drogas, o comandante afirmou que vai aguardar uma resposta do setor jurÃdico da PM, que vai avaliar a situação, para que seja feita a segurança no local. “Caso não seja autorizado a ida dos policiais, estaremos nos pontos de trabalho aguardando a ligação caso ocorra alguma ocorrência”, disse.
A ordem para liberação da passeata tem como apoio a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considera que esse tipo de manifestação não é apologia ao crime.
Por medida de segurança o organizador do evento pediu apoio do setor jurÃdico do evento e pretende oficializar as ofensas com um boletim de ocorrência. “Com esse abuso de poder em me destratar com um pedido simples de segurança eu perdi totalmente a fé de que a polÃcia seria amiga do cidadão, mas espero contar com o apoio mesmo após ter passado por isso”, afirmou.
O evento será realizado no próximo sábado (19) no Parque dos Bilhares com a presença de artistas locais, ativistas do movimento Marcha da Maconha e de outros estados e organizações civis. O movimento acredita que a regulamentação das drogas é um fator importante para a transformação do mundo e de uma sociedade digna e fraterna e defende a liberdade de expressão.