Agente que não quis se identificar diz que comando da corporação tem conhecimento
Um sargento que não quis se identificar afirmou que existem grupos de extermÃnio na PolÃcia Militar de São Paulo. Disse ainda que o comando da corporação teria conhecimento sobre os casos.
— Vemos casos de muitos grupos de extermÃnio(…). Por mais que divulguem que só é praça, muitas vezes não são, são os policiais do alto comando da policia.
De acordo com o homem, esses grupos teriam como missão eliminar criminosos.
— Uma higiene social mesmo.
O major Marcelino Fernandes, representante da Corregedoria da PolÃcia Militar, nega a existência de grupos de extermÃnio e a chamada higiene social.
Um policial civil que também não quis se identificar contou que trabalha há mais de 20 anos e que os PMs se sentem em “uma guerraâ€. Por isso, partiram para o revide a qualquer preço por se sentirem acuados.
— Na verdade é uma guerra. Só não vê isso o governo porque não é interessante, é desinteressante. E ganha mais quem pode mais. E chora mais quem pode menos.(…) Então na verdade estão todos se matando e ninguém tá nem ai pra ninguém.
Durante o mês de julho, aconteceram atentados em série na Grande São Paulo. Alguns com indÃcios da participação de policiais militares.
Em Jaçanã, na zona norte da capital, várias pessoas foram executadas no mesmo dia.
A maioria das vÃtimas em um estacionamento. Segundo testemunhas, os criminosos chegaram atirando. Duas pessoas acabaram feridas e três mortas.
Três horas depois das mortes no lava jato a policia encontrou também na zona norte o corpo de um jovem de 21 anos assassinado com oito tiros. Segundo os investigadores, o local é um ponto de venda de drogas, e o rapaz já havia sido preso por tráfico de entorpecentes. Outros dois homens foram mortos a tiros no bairro do Tremembé, também zona norte.