Ao Sr. Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo
Fernando Grella Vieira
Há alguns meses os moradores de Paraisópolis (bairro vizinho ao Morumbi) vivem situação de extrema violação de direitos e como consequentemente o medo e insegurança tornaram uma constante nesta comunidade.
Ãs 20:00 hs, outra vezes à s 22:00 hs um grupo de policias militares de trabalham na região no turno noturno obrigam os comerciantes a fecharem seus estabelecimentos, caso isso não ocorra há relatos que os referidos policiais quebram o estabelecimento, ( as garrafas, e o que estiver na frente, inclusive portas de ferro). Os policias mandam o dono fechar o estabelecimento e obrigam os clientes a saÃrem imediatamente. Nestas ocasiões, jogam bombas que produzem um grande barulho e balas de borracha, há relatos que quebram mesas e cadeiras do estabelecimento.
Alguns donos de estabelecimento foram dar queixa na delegacia, mas a resposta do delegado foi que se a denuncia for registada ele enquanto delegado não se responsabiliza pelas consequências..
Os moradores reclamam que quando é dia destes policias trabalharem, “a rua fica um inferno pois “o careca†solta bomba toda a noite e ninguém consegue dormirâ€. Este grupo de policiais se denominam o “Bonde do carequinha†ou do careca, No inicio apenas um policial era o “carecaâ€, atualmente outros policiais rasparam todo o cabelo.
Segundo os relatos eles já chegam jogando as bombas e atirando bala de borracha, jogam no meio do baile e do forró e isto causa muitos problemas. Há relatos de tiros de borracha que acertaram partes vitais do corpo de jovens de menos de 18 anos. As vÃtimas não denunciam pois tem muito medo. Algumas vÃtimas já receberam a visita dos policiais ameaçando-as e deixando explÃcito as consequências de qualquer atitude premeditada. Os policiais invadem a casa e “ apavoram†todos. Muitas das vÃtimas têm medo de sair de casa quando é o “plantão†deles.
Outra queixa constante são as surras que dão nos jovens, arrastam o rosto pelo chão ou os agridem na frente de todos. É comum escutar dos moradores que o “carecaâ€Â em algumas de suas incursões exige que todos tirem todas as drogas que tem no bolso e entregue para eles. Outros relatos apontam que o policial referido já cheirou uma carreira de cocaÃna na frente de todos e qualquer reação ele grita- “ Aqui vai o Bonde do Careca – o dono de Paraisópolis, alguém vai encararâ€
O modus operandis destes policias é chegar todos andando pela comunidade, jogando bombas e balas de borracha e depois voltam com a viatura nos mesmos locais. É importante ressaltar que o dia em que o outro grupo de policias está a serviço a comunidade não apresenta nenhum problema.
Presenciamos alguns dias os bailes de forró e o ambiente é tranquilo, música em um tom respeitável, os moradores dançam e conversam no bar e nomeio da rua tudo em um ambiente com o maior respeito, crianças também frequentam o Forró da Priscila. Um dos locais prediletos do Bonde do careca ou carequinha. A tranquilidade só é quebrada quando o Bonde do careca aparece jogando as bombas e todos saem correndo com medo das consequências.
Muitas das vÃtimas escutadas não estavam em nenhum dos bares ou bailes, estavam na rua e foram afetados com bala de borracha.
Os policiais entram nas lajes e jogam bomba dentro das casas. Um senhor que é contratado para tocar nas casas informa que em uma festa de criança os policias entraram e jogaram bombas. A festa estava repleta de crianças, todas ficaram sufocadas. Os adultos ( pais) tentaram falar com o policial , o careca, mas o referido policial continuou a jogar bombas na laje
Segundo vários moradores o Careca ou carequinha bate nos jovens na rua e na frente de todos, forja drogas nos meninos .Segundo alguns moradores o policial afirma que : quem tiver depois da 10 horas da noite na rua, ele não vai mandar para casa. Vai quebrar o olho e o braçoâ€
Segue as placas dos carros que foram utilizados pelos policias no último dia 16/02 sábado.
PLACAS:
165011
165009
165004
165007
DJM 4595
DJL Â 5599
Na ocasião recolhemos alguns “ objetosâ€, que ficaram na rua após os policiais jogarem bomba e atirarem com bala de borracha.
Na noite do dia 16/02 tentamos gravar a situação e conseguimos registrar um pouco da situação em uma fita, todavia esta fita entregaremos em conjunto com algumas denuncias anônimas que estamos registramos.
Esperando que as devidas providências possam ser tomadas.
Aguardamos um retorno.
Tribunal Popular : O Estado Brasileiro no Banco dos Réus