COLETIVO DAR – Especial Congresso Internacional sobre Drogas
“É preciso colocar a ministra Gleisi Hoffman no mesmo patamar que colocamos o deputado Marcos Felicianoâ€, defendeu, para aplausos gerais da platéia, a psicóloga Elisa Zaneratto, ativista da Frente Nacional Drogas e Direitos Humanos, durante mesa de debates do Congresso Internacional sobre Drogas, realizando em BrasÃlia entre os dias 3 e 5 de maio. Para Zaneratto, “é tão absurdo ela estar lá na Casa Civil quanto o Feliciano ser presidente de uma Comissão de Direitos Humanosâ€.
Principal articuladora do lobby das Comunidades Terapêuticas no governo federal, a maioria delas violadoras de direitos humanos, a Ministra Gleisi Hoffman também desempenha papel fundamental na articulação feita entre o governo e o Projeto de Lei 7663, do deputado Osmar Terra (PMDB), que busca piorar ainda mais nossa péssima lei de drogas e destinar dinheiro público a Comunidades Terapêuticas, entre outras barbaridades.
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A psicóloga lembrou da inspeção liderada pelo Conselho Federal de Psicologia que constatou violações de direitos humanos em 100% das Comunidades Terapêuticas fiscalizadas. É exatamente esse modelo de “tratamento†que é defendido por Hoffman e Terra, o que representa na prática “castigos, torturas, imposição de credo, exigências inconstitucionais de exames, revista vexatória de parentes, violação de privacidade e correspondênciaâ€, entre outros problemas.
“Nestes locais, substitui-se a dependência quÃmica pela submissão a um idealâ€, apontou Elisa. “É impossÃvel reconhecer essas instituições como de saúde e admitir que após as conquistas da Reforma Antimanicomial uma instituição busque retirar o indivÃduo de seu contexto social†prosseguiu.
Segundo Zaneratto, é necessário “enfrentar a polÃtica proibicionista como movimento socialâ€, com a organização e a militância em diversas frentes servindo para fazer o lema da Semana de Luta Antimanicomial deste ano: ENQUANTO NÃO NOS DEIXAREM SONHAR, NÃO OS DEIXAREMOS DORMIR.
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