Manifestação em defesa do SUS e contra a privatização da saúde representada pelas OSS’s criticou os governos municipal, estadual e federal por sua inoperância em relação aos direitos da população
COLETIVO DAR
Oito de agosto, junho de 2013. Algumas centenas de pessoas ocupam TODAS as pistas da Paulista – o jogo virou – e fazem a primeira parada da 1ª VIA SACRA DA SAÚDE, que visitou sÃmbolos dos governos municipal, estadual e federal, todos afinadinhos na velha tradição de desrespeitar os direitos da população. Na frente da sede da Presidência na capital – bem no meio do cruzamento da Augusta com a Paulista – os manifestanntes lembraram da hipocrisia e da demogagia de achar que falar em “mais médicos” é a fórmula mágica pra resolver as filas, as privatizações, a falta de concursos públicos e planos de carreira para todos trabalhadores da saúde, a falta de investimentos em geral.
Logo após, curva e descida até o hospital SÃrio Libanês, sÃmbolo de uma pá de coisa errada desse paÃs. A começar do caudilho Sarney, homenageado em diversos gritos durante sua luxuosa agonia, paga aos custos do lombo dos maranhenses e brasileiros em geral:
Que contradição, Sarney no SÃrio, o povo no caixão!
Vem, vem Sarney pro SUS!
Ei, Sarney vai tomar no SUS!
O Secretário estadual de Saúde, Giovanni Cerri, é também membro do conselho administrativo do hospital SÃrio Libanês. Pode isso, Arnaldo? Raposa cuidando das galinahs? E o hospital ainda diz que é filantrópico. Pilantropia. Enquanto a polÃcia sorria – nem eles suportam polÃtico – os seguranças chegaram a tentar encher o saco, mas foram irrelevantilizados pelo protesto, que enterrou simbolicamente os polÃticos - que não usam o SUS, é claro. E pediram a demissão do tal do Cerri. Bem que podia levar os tucanos junto, mas calma, em primeiro lugar vamo lá, Sarney!
(Apesar do pessoal só ter ficado na frente do hospital, numa rampinha pros granfinos deixarem o carro pros manobristas, que se duvidar precisam ir no pronto socorro do 9 de julho ali em cima se se machucarem no trabalho, a Band – sempre ponderada – disse que manifestantes tentaram invadir o SÃrio Libanês – #Datenavive ).
Terceira e última parada, prefeitura. Não dava pra esquecer do Haddad, aquele que tava de viagem com o Alckmin e lá de Paris, uspiano, mandou a polÃcia descer a porrada na primeira grande contestação do seu mandato. “Exigimos da prefeitura que o Programa Saúde da FamÃlia seja ampliado para 100% sua cobertura com trabalhadores públicos. Para isso concursos públicos, valorização de todos os trabalhadores, sobretudo os agentes comunitários de saúde e a reversão das privatizações”, diz o texto do panfleto distribuÃdo pelo Fórum Popular de Saúde.
Entre os componentes do ato, impulsionado pelo Fórum, profissionais de saúde, pessoal do MPL, autônomos diversos, gente de luta de várias idades e trajetórias. “Passe livra para a saúde”, dizia uma faixa, outras lembravam das internações compulsórias, que precisam acabar. “Nem crimioso nem doente: usuário de droga é cidadão”, diz a faixa do DAR que esquecemos de levar dessa vez, opa.
E foi só o começo, vez ou outra alguém dizia. Terça que vem, dia 13, já tá marcada a segunda etapa da VIA SACRA DA SAÚDE. Dessa vez começa na prefeitura, 17h é o inÃcio da concentração.
Já nesta sexta, 9, tem ato contra o genocÃdio indÃgena, no MASP.
E no dia 14, no Anhagabaú, a questão dos transportes volta às ruas, ou alguém achou que ia ficar por 20 centavos?
As pessoas seguem nas ruas, que nunca mais foram as mesmas.