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Setembro 15, 2013

MPL-SP alerta para riscos da EXPO 2020

CMI

Enquanto os protestos aumentavam de tamanho em junho, Haddad e Alckmin, junto com o vice-presidente Temer, estavam em Paris para defender a candidatura de São Paulo à EXPO 2020.

O QUE É A EXPO 2020

“A EXPO Universal é o maior evento, a maior feira, e a mais importante do mundo. Então, ele tem uma equivalência com a Copa do Mundo, com as Olímpiadas. Seria um coroamento desse processo em que o Brasil se projetou internacionalmente sediando grandes eventos” – Fernando Haddad, 03/13

A EXPO Universal é uma feira internacional que reúne empresas, ongs e governos para discutir temas como negócios, tecnologia, urbanismo, sustentabilidade, ciências, cultura, gastronomia e economia. O projeto da candidatura de São Pauloa o evento prevê a realização da EXPO na região noroeste de São Paulo, sendo central a construção do “Piritubão”, um Centro de Convenções quatro vezes maior que o Anhembi.

Trata-se de um parque integrado a um complexo de 11 pavilhões, shopping centers, uma torre arranha-céu e mais de 15 mil vagas de estacionamento em um terreno de 5,5 milhões de m². A obra deve vir acompanhada da expansão e construção de infraestrutura no local, “valorizando” o bairro.

INVESTIMENTO E VALORIZAÇÃO PARA QUEM: OS PROBLEMAS DA EXPO

E qual é o custo desse megaevento? Só a desapropriação do terreno para o Piritubão custou R$ 680 milhões e foi paga com repasse federal. A obra inteira era estimada atualmente em R$ 24 bilhões com o intuito de gerar uma receita de R$ 6 bilhões. Além de um investimento desproporcional à receita esperada, as consequências da construção do centro de convenções para a EXPO 2020 também são muito complicadas.

A construção desse centro, o Piritubão, representa a consolidação do avanço do capital imobiliário no eixo noroeste, desde Perdizes e Barra Funda até Jundiaí. Ou seja, realizar a EXPO significa remover as favelas remanescentes na região, e expulsar boa parte da população local seja com a pressão do aumento nos preços do IPTU e aluguéis, seja devido às obras na região.

Além disso, são frequentes as denúncias de violência policial em obras relacionadas a megaeventos. No Rio de Janeiro, futuro palco da Copa em 2014 e das Olímpiadas em 2016, já são realizadas há anos intervenções militares, pagas tanto pelo Estado quanto por investidores privados, em comunidades interessantes para a especulação imobiliária – as chamadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Um caso recente de violência decorrente dessa política pública é o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, entre outras tantas vítimas do Estado nas periferias brasileiras.

Após a EXPO 2020, afirma-se que a estrutura do Piritubão será mantida e ali serão instalados equipamentos públicos, como em obras de transporte e moradia popular. Isso só reforça quais são as prioridades dos governos: não se investe diretamente em infraestrutura e melhorias de acordo com a necessidade da população do local, que sabe muito bem quais suas necessidades, e sim em obras que atendem aos interesses dos de cima, beneficiando áreas mais elitizadas da cidade.

E esse benefício de áreas elitizadas se repete na candidatura de São Paulo à EXPO 2020: a infraestrutura se localizaria em uma região depois dela sofrer um processo de gentrificação ? expulsão da população mais pobre rumo a áreas mais periféricas ? devido aos despejos das obras do Piritubão e da especulação imobiliária que já se iniciou na área.

É interessante observar que as únicas instituições da “sociedade civil” que participam da candidatura de São Paulo à EXPO 2020 são a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), que congrega diversas empresas do ramo da construção civil e de administração de infraestrutura – parte delas envolvidas em escândalos de superfaturamento e desvio de verba, como a Siemens, Alstom, Bombardier, Delta, entre outras – e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Sabemos muito bem qual é o interesse dessas empresas, representadas por essas associaçõs: obter cada vez mais lucro.

A candidatura de São Paulo para sediar a EXPO 2020 evidencia um projeto para a cidade que tem um objetivo claro: tornar a cidade uma mercadoria cada vez mais lucrativa, excluindo e privando milhões de pessoas de seus direitos nesse processo.

POR UMA CIDADE SEM EXPO E SEM CATRACAS!

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