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Outubro 02, 2013

Inquérito conclui que Amarildo foi submetido a choques elétricos

O Globo

RIO – Amarildo de Souza foi submetido a choques elétricos e asfixiado com saco plástico. Segundo investigação da Divisão de Homícidios, que levou ao indiciamento de dez policiais militares pela morte do ajudante de pedreiro, Amarildo era epilético e não resistiu à sessão de tortura que ocorreu num dos contêineres da UPP. Ainda segundo o inquérito, o major Edson Santos e seus comandados pretendiam arrancar dele informações sobre a localização de armas e traficantes da parte baixa da favela, onde ele vivia com a família. Pelo menos, outros três moradores da comunidade denunciaram que foram torturados dentro da mesma unidade por policiais.

Dez policiais militares, da UPP da Rocinha, entre eles o major Edson dos Santos, foram indiciados pelos crimes de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver. Oficial formado pelo Bope, Santos era o comandante da unidade quando ocorreu o sumiço, em 14 de julho. E foi ele quem disse à família de Amarildo que o pedreiro teria deixado a sede da UPP, pouco depois de ter a identidade checada.

A partir do sumiço de Amarildo, foram instaurados quatro inquéritos na Polícia Civil. Enquanto a Divisão de Homicídios conclui a investigação sobre sua morte, a 15ª D (Gávea) apura outros casos de tortura que teriam acontecido durante as investigações da Operação “Paz Armada”, e a Corregedoria de Polícia Civ investiga desvio de conduta durante os primeiros dias de investigações sobre desaparecimento do pedreiro, que levaram ao conflito entre o delegado titulada da 15ª DP, Orlando Zaccone e o seu ex-adjunto Ruschester Marreiros que chegou a pedir, em relatório, a prisão da mulher de Amarildo, Elisabete Gomes da Silva.

A corregedoria da PM também apura paralelamente, inclusive, o desvio de recursos da UPP, que veio à tona em depoimentos colhidos na DH. A parte relacionada ao crime de apropriação indébita vai ficar com a PM.

O promotor do Ministério Público do Rio (MPRJ) Homero Freitas recebeu o inquérito da Divisão de Homicídios na noite desta terça-feira. Ele deve oferecer a denúncia à Justiça nos próximos dias.

Os policiais negam envolvimento no sumiço e dizem que liberaram Amarildo, no dia 14 de julho, depois de constatar que não havia qualquer mandado de prisão contra ele.

Para a sobrinha de Amarildo, Michelle Lacerda, que participou ativamente de campanhas para denunciar o desaparecimento do pedreiro, o caso servirá para que a polícia aprenda a respeitar moradores que vivem em comunidades pobres da cidade:

— A prisão desses policiais servirá para que entendam que na comunidade moram seres humanos, que também têm direitos e que sabem correr atrás para garantir o respeito a esses direitos — afirmou Michelle.

 

Dez policiais são indiciados no caso Amarildo

RIO -Dez policiais militares da UPP da Rocinha foram indiciados pelos crimes de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza. Entre eles está o major Edson dos Santos, que comandava a unidade no dia do desaparecimento, 14 de julho. Ele foi substituído no início de setembro pela major Pricilla de Oliveira Azevedo. A informação foi dada com exclusividade ontem à noite pelo “Jornal Nacional”, da TV Globo. O promotor do Ministério Público do Rio (MP) Homero Freitas recebeu o inquérito da Divisão de Homicídios na noite de terça-feira e deve oferecer a denúncia à Justiça nos próximos dias.

Também foram indiciados os soldados Douglas Roberto Vital Machado, conhecido como Cara de Macaco, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Marlon Campos Reis, Victor Vinícius Pereira da Silva, Anderson César Soares e Fábio Brasil da Rocha; o tenente Luiz Filipe de Medeiros e o sargento Jairo da Conceição Ribas.

A Divisão de Homicídios (DH) pediu prisão preventiva dos policiais porque testemunhas do crime denunciaram ter havido coação, tentativa de suborno e intimidação durante as investigações. O ex-comandante da UPP da Rocinha é suspeito de ter desviado recursos destinados à padronização do serviço de mototáxi na comunidade para subornar testemunhas, a fim de que estas acusassem o tráfico pelo sumiço de Amarildo. O dinheiro é proveniente de uma empresa que patrocina benfeitorias na localidade.

Parte da verba de patrocínio, de cerca de R$ 30 mil mensais, teria sido usada para subornar dois ex-moradores da Rocinha, para os quais o major teria alugado um apartamento fora da favela, com uma mesada de R$ 2 mil. Mãe e filho, que chegaram a prestar depoimento acusando remanescentes do tráfico pelo desaparecimento de Amarildo, voltaram atrás e foram incluídos no Programa de Proteção à Testemunha.

A investigação teria apurado que Amarildo foi levado na noite de domingo por Cara de Macaco, Gonçalves Coelho, Campos Reis e Pereira da Silva. Cara de Macaco, segundo o inquérito, seria desafeto da família do ajudante de pedreiro e abordou Amarildo quando ele saía de uma birosca. O policial teria se comunicado pelo rádio com o major Santos, que determinou que o pedreiro fosse levado até a UPP.

Os policiais negam envolvimento no sumiço e dizem ter libertado Amarildo após constatar que não havia mandado de prisão contra ele. A polícia chegou a investigar a suspeita de que o pedreiro teria sido morto por traficantes de drogas da Rocinha.

Família de Amarildo comemora indiciamento de PMs

RIO — Um dia após o indiciamento de dez policiais militares da UPP da Rocinha no caso Amarildo, a família do ajudante de pedreiro desaperecido desde 14 de julho comemorou a decisão da polícia. Em entrevista ao G1, a mulher de Amarildo, Elisabete Gomes, relatou que a verdade ia aparecer.

– Eu poderia ter me calado, mas não fiz isso. Gritei para o mundo querendo uma resposta. Todos os amigos, familiares e moradores da nossa comunidade tinham fé que tudo iria ser resolvido. Eu sabia que a verdade iria aparecer. Estou me sentindo aliviada. Enfim, a Justiça começou a ser feita – desabafou Elisabete na manhã desta quarta-feira (2).

 

Segundo ela, os policiais agiram por “pura maldade”.

– Meu marido morava há 43 anos na comunidade e nunca teve problema com ninguém. Sempre se relacionou bem com todas as pessoas, nunca passou um dia fora de casa e não tinha inimigos. Quando ele sumiu, eu sabia que tinha sido pura maldade dos policiais – completou.

O advogado que representa a família de Amarildo de Souza, João Tancredo, comemorou a decisão da polícia.

– Achei o indiciamento bastante lógico, todo mundo sabia que a polícia sequestrou e matou o Amarildo – exaltou.

O advogado também afirmou estar aliviado pela polícia ter abandonado a linha de investigação que chegou a ser cogitada no início do processo, de que o pedreiro havia sido morto a mando de traficantes da comunidade.

– Chegou-se a conclusão de que a família sempre disse a verdade, ele foi morto na zona de tortura da polícia. O que é mais duro é que os moradores continuam em poder do tráfico e agora com a polícia violenta, que sequestra e mata – comentou o advogado.

Indiciamento

O inquérito que indicia os dez PMs, entre eles o major Edson Santos, foi entregue na noite desta terça-feira pela Divisão de Homicídios. Todos foram indiciados pelos crimes de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver. Os policiais negam qualquer envolvimento no sumiço.

O major Edson Santos é suspeito de desviar recursos para subornar testemunhas. Ele ofereceria uma mesada de até R$ 2 mil, para que duas pessoas atribuíssem ao tráfico o sumiço de Amarildo. O dinheiro sairia de uma empresa que patrocina benfeitorias na comunidade e deveria ser utilizado para a padronização do serviço de mototáxi.

Os dois ex-moradores da favela teriam um apartamento alugado fora da Rocinha pelo major. Os dois chegaram a prestar depoimento na delegacia, acusando o tráfico do desaparecimento. Eles voltaram atrás e foram incluídos no Programa de Proteção à Testemunha, afirmando terem recebido o dinheiro do oficial da PM.

Major teria desviado recursos de UPP para subornar testemunhas

RIO – O major da Polícia Militar Edson Santos, ex-comandante da UPP da Rocinha, é suspeito de ter desviado recursos destinados à padronização do serviço de mototáxi na comunidade para subornar testemunhas, que, em troca de uma mesada de até R$ 2 mil, deveriam atribuir ao tráfico o sumiço do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza. A informação foi levantada em meio às investigações da Divisão de Homicídios (DH). O dinheiro é proveniente de uma empresa que patrocina benfeitorias na localidade.

Parte da verba de patrocínio, de cerca de R$ 30 mil mensais, teria sido empregada para corromper dois ex-moradores da Rocinha, para os quais o major teria alugado um apartamento fora da favela. Mãe e filho, que chegaram a prestar depoimento na DH acusando remanescentes do tráfico pelo desaparecimento de Amarildo, voltaram atrás e foram incluídos no Programa de Proteção à Testemunha. Em novos depoimentos, eles disseram ter recebido R$ 2 mil do oficial da PM, que, por sua vez, nega essa versão.

Apartamento fora da favela

A quantia, segundo as testemunhas, seria paga pelo major mensalmente para custear o aluguel e as despesas de mãe e filho. Para sustentar o esquema, o oficial teria deixado de repassar o valor do patrocínio aos mototaxistas. Esses recursos deveriam ser aplicados na padronização dos pontos, compra de uniformes e manutenção do serviço, que é o principal meio de transporte na comunidade.

A suspeita de que o major vinha desviando os recursos foi reforçada a partir do monitoramento da movimentação financeira do PM, que não tem rendimento compatível para arcar com o pagamento dessas mesadas. Mãe e filho não foram os únicos corrompidos pelo esquema montado pelo major Edson Santos, que deverá ser indiciado também por corrupção ativa, improbidade, falsificação de provas e coação de testemunhas no curso da investigação. Após as testemunhas terem mudado seus depoimentos na DH, o oficial teria passado a ameaçá-las de morte.

Diante das ameaças, confirmadas nos depoimentos, a DH e o Ministério Público estão inclinados a pedir a prisão preventiva do major e dos soldados Douglas Roberto Vital Machado, conhecido como Cara de Macaco, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Marlon Campos Reis e Victor Vinícius Pereira da Silva. Foram eles que levaram Amarildo, na noite de 14 de julho, à sede da UPP. Desde então, o pedreiro não foi mais visto. Conforme antecipado pelo GLOBO no último sábado, pelo menos os cinco PMs serão indiciados por sequestro seguido de morte, prática de tortura e ocultação de cadáver.

Para promotores que acompanham a investigação, a liberdade dos PMs pode gerar insegurança nas testemunhas durante o andamento do processo na Justiça. Embora pelo menos três pessoas já estejam sob proteção do governo federal, elas serão obrigadas a prestar novos esclarecimentos no decorrer da ação. Nesse cenário, o temor de represálias pode provocar mudança nas declarações das testemunhas.

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