Evento realizado pelo Coletivo DAR em parceria com o Grupo de Estudos Drogas e Sociedade (GEDS) no dia 20 de agosto de 2013. Após os vÃdeos, confira sinopse da aula publicada por Willer em seu blog  e que sintetiza algumas das inúmeras indicações dadas pelo professor em sua fala.
PALESTRA DROGAS E LITERATURA – MINHA SINOPSE ,
por Claudio Willer
Desta vez, preferi digitar tópicos da palestra, em vez de anotar no caderno. Como está digitado, resolvi postar. Serve como guia para quem assistiu á palestra; e para quem não pôde vir, também, acho.
Nota postada no dia seguinte: consegui cobrir todos esses tópicos – mas, decididamente, dariam assunto para série de três palestras, no mÃnimo. Gostei do debate ao final, com os comentários sobre Walter Benjamin, que deveria ter examinado, e sociologia de boa qualidade. E psicologia, a questão de onde pega, em qual esfera: afetiva ou cognitiva? A meu ver, principalmente na linguagem, na esfera simbólica, constitutiva das demais. A idéia da consciência como “palimpsesto†em De Quincey e Baudelaire: como foram precursores.
Para Alberto Marsicano, in memoriam
1)     “Hino à beleza†de Baudelaire: antinomias, ambivalência – a experiência da ‘droga’;
2)Â Â Â Â Â O tema:
3)     Pistas beat, 1: Ginsberg, na entrevista da Paris Review – poetas do lago, Lake Poets: William Woordsworth, Robert Southey, Samuel Coleridge, Thomas de Quincey; o espantoso dr. Humphry Davy.
4)     Thomas de Quincey, figura colossal – a notÃcia sobre ele por Breton – informação biográfica.Confissões: os prazeres do ópio, os sofrimentos do ópio – as alucinações, o malaio etc; Piranesi; possÃvel paralelo com Naked Lunch, Almoço nu, de Burroughs.
5)     Pistas beat, 2: The Beat Hotel de Barry Miles: o Impasse Doyenné, os Jeune France, osbouzingots (vem do inglês booze segundo o Hachette): Gérard de Nerval, Théophile Gautier; Pétrus Borel, Xavier Forneret, Charles Nodier; Charles Asselineau (notÃcia sobre eles por Breton) – originam o grupo do Hotel Pimodan: entra em cena Baudelaire.
6)     Baudelaire: Os paraÃsos artificiais: significado do tÃtulo; a descrição das percepções e estados; “nostalgia do infinitoâ€; comentários e transcrições de De Quincey, um texto solidário; a natureza ambivalente do haxixe, a descrição dos efeitos; principalmente, a percepção das correspondências e harmonias, base de sua poética e da sua estética;
7)     ler o poema “Correspondênciasâ€; os trechos de Salão de 1846;
8)      La mystique de Baudelaire de Jean Pommier (de 1924… – a inutilidade de Letras e teoria literária….): estabelece a relação de correspondências com: haxixe; esoterismo; filosofia; literatura romântica (comentar que Paul Valéry não entendeu nada, ou entendeu Baudelaire ao contrário?) – corroborado por biógrafos como Pichois;
9)     Geração seguinte: Rimbaud e os “assassinosâ€. haxixim; “decadentistasâ€; absinto – tema da droga torna-se demais, sobra;
10) Artaud vs Aragon e Breton. Sua defesa do ópio.
11) Geração beat: o tema sobra. ‘Drogas’ passam a ter um novo sentido: a “nova consciênciaâ€. (selecionando): Kerouac em Tristessa, solidário com os drogados; Burroughs e seus inventários emJunky: seu relativismo, o além-drogas e os cut-up.
12) Ginsberg 1: o desregrado, mÃstico e profeta; a politização do tema, a denúncia da proibição como origem do tráfico e do crime organizado em Allen Verbatim; perseguição à assistência médica a viciados e outras barbaridades; seu combate à hipocrisia;
13) Ginsberg 2: alucinógenos na gênese da sua poética; os petits riens de Cézanne, paralelo com a imagem poética surrealista; como Ginsberg refez a experiência de Baudelaire em ParaÃsos artificiais.
14) Henri Michaux: Miserable mirâcle, L’infini turbulent, Conaissance par les gouffres. Michaux já era assim, escrevia desse modo, antes de tomar mescalina.
15) Os brilhantes comentários de Octavio Paz sobre mescalina, Michaux e o restante, drogas incomodan às sociedades fundadas na moral do trabalho, paralelos com misticismo etc, em Corriente alterna .