Por Sandra Pereira | 24/11/2013
Um adolescente de 16 anos foi assassinado no começo da noite de domingo, 24, com 2 disparos na cabeça por um policial do Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (Rocam). O rapaz morava na rua Luiz de Queiroz, no Jardim Panorama, em Taboão da Serra e foi assassinado durante uma abordagem policial noJardim Santa Cruz. Testemunhas do crime disseram ao Jornal na Netque o jovem estaria dirigindo uma moto acompanhado por outro rapaz de 16 anos quando foram abordados no meio da rua. Ambos levantaram as mãos e sem motivo aparente o policial teria disparado dois tiros contra o jovem Vitor. A famÃlia acusa o PM de execução.
Moradores e familiares estão revoltados com o crime. O policial que seria responsável pelo assassinato não foi identificado até o momento. Mas as informações preliminares apontam que o acusado já estaria detido.
Após o assassinato do rapaz um ônibus intermunicipal foi incendiado quando descia a Estrada Tenente Maria José da Cunha. O fato teria ocorrido em protesto contra o assassinato. O Jornal na Net apurou que antes do ônibus ser incendiado houve disparos de arma de fogo próximo ao coletivo – leia mais aqui.
Os moradores guardaram o capacete atingido com a marca dos disparos bem como as cápsulas das balas disparadas contra o jovem.
Os pais do jovem assassinado estão desolados. A mãe dele descobriu um câncer há pouco tempo e não se conformava com o fato de ter uma doença mortal e acabar vendo o filho morrer primeiro. Transtornada ela disse que o rapaz era um bom filho e não merecia morrer de forma tão cruel.
Ao contrário do que divulgamos na primeira versão da matéria o jovem foi morto na rua localizada atras das Casas Bahia do Pirajuçara, no Jardim Santa Cruz e não no Panorama. Ele era morador do Panorama e por essa razão o crime foi associado ao bairro.
Por Sandra Pereira e Rafael Rezende | 25/11/2013
O policial militar integrante da Rocam acusado de disparar dois tiros contra a cabeça de um adolescente de 16 anos no Jardim Panorama, em Taboão da Serra, na noite deste domingo, 24, está detido. O PM foi levado para o presÃdio Romão Gomes onde deverá permanecer. Ele será indiciado por homicÃdio doloso. A identidade dele está sendo preservada. A moto que ele usava para trabalhar está detida. O crime chocou a região e causou comoção – leia aqui. Um ônibus chegou a ser queimado em protesto contra a morte do jovem identificado como Vitor – relembre aqui. O corpo do jovem ainda não foi liberado para o sepultamento que deverá ocorrer no cemitério da Saudade.
 De acordo com o capitão Rogério Lemos de Toledo os policiais envolvidos na abordagem de Victor e do amigo Gustavo, que estavam dirigindo uma moto, disseram que durante a ação um dos adolescentes estaria portando uma arma de brinquedo. Os policiais teriam contado que o jovem teria ”sacado” em direção a eles. A versão é desmentida por familiares e testemunhas que presenciaram o fato.
Questionado sobre a localização da suposta arma utilizada pelos adolescentes o capitão Rogério Lemos de Toledo informou que a mesma estaria “sob os cuidados da autoridade de plantãoâ€.
Manifestantes queimaram um ônibus em protesto contra a  morte de um adolescente por PM em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. O coletivo de linha intermunicipal foi queimado na noite deste domingo (24) na Estrada Tenente José Maria da Cunha, no bairro Freitas Júnior.
Segundo testemunhas, os passageiros mal tiveram tempo de descer por conta do fogo que logo se alastrou tomando conta do veÃculo. O ataque foi um protesto contra a morte do jovem João Vitor Ferreira de Macedo, de 16 anos, ocorrida pouco antes no Jardim Panorama.
O garoto foi baleado por um policial militar da Rondas Ostensivas Com Apoio de Motos (ROCAM), durante uma abordagem na Rua Luiz de Queiroz. João Vitor estava na garupa de uma moto, que era pilotada por outro adolescente, também de 16 anos, quando ambos foram parados pelos Pms.
Várias pessoas teriam testemunhado a abordagem e o momento em que um dos policiais, aparentemente sem motivos, disparou contra a cabeça de Vitor. O menor, que não tinha passagens na Fundação CASA e seria estudante, foi levado por populares para o Hospital Geral do Pirajussara, onde morreu.
A moto ocupada pelos menores não apresentava restrições. O policial chegou a apresentar, na Delegacia Seccional de Taboão da Serra, um simulacro de pistola, que, segundo ele, estaria em poder do adolescente. Mesmo assim, o soldado foi autuado em flagrante por homicÃdio doloso e recolhido ao presÃdio militar Romão Gomes, na Zona Norte da Capital. Após o atentado contra o coletivo, o transporte público foi suspenso em Taboão da Serra, devido ao risco de novos ataques.
Um adolescente de 16 anos foi morto por engano, no começo da noite de domingo (24), durante uma abordagem policial em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. A vÃtima foi confundida com ladrões que os policiais procuravam na região. Depois da morte dele, houve um protesto de moradores que colocaram fogo em um ônibus.
O jovem estava na garupa de uma moto quando foi abordado pela policia. Os policiais procuravam dois homens que, momentos antes, teriam participado de um roubo.
O garoto e um amigo rodavam pelas ruas do bairro com uma motocicleta, mas não seriam homens procurados. Durante a abordagem, os dois pararam. Um soldado atirou na cabeça do rapaz, que não tinha passagem pela polÃcia. O outro adolescente, que pilotava a moto, fugiu. A vÃtima morreu no hospital.
Uma arma de brinquedo foi apreendida, mas ainda não se sabe se ela estava com o menor de idade e se foi usada por ele. Para a policia, aconteceu um erro durante a abordagem. O soldado que atirou no garoto foi preso em flagrante e foi encaminhado para o presÃdio militar Romão Gomes.
Revoltados, moradores da região incendiaram um ônibus na estrada Tenente José Maria da Cunha. A ocorrência teve inÃcio à s 22h40 deste domingo (24). Segundo a PolÃcia Militar, homens teriam invadido o coletivo pedindo para todos descerem e em seguida atearam fogo. Ninguém se feriu e até o momento não há informações de presos. O caso foi registrado na Delegacia Central de PolÃcia de Taboão da Serra.
Em nota, a PolÃcia Militar esclarece que “todas as circunstâncias relativas aos fatos estão sendo investigadas, incluindo-se, aÃ, as versões das testemunhas, dos policiais militares e de provas periciais” e que a Corregedoria da PM vai acompanhar o caso.
Outro caso
Na noite de sábado (23), outro ônibus foi incendiado, desta vez em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Tudo teria começado após uma confusão entre moradores e policiais militares no bairro Jardim Helena.
Após isso, um grupo de homens encapuzados obrigou o ônibus a parar e fizeram o motorista e nove passageiros descer. Em seguida, eles atearam fogo no coletivo. O grupo fugiu correndo.