ALBANY – O estado de Nova York se tornou nesta quarta-feira o 21º dos Estados Unidos a permitir o consumo de maconha para fim medicinais.
A autorização foi dada pelo governador Andrew Cuomo em seu discurso de Estado. A medida, entretanto, será limitada.
Apenas 20 hospitais poderão receitar a droga, geralmente indicada a pacientes que sofrem de doenças como câncer e glaucoma, além de dores crônicas.
A medida deve ajudar Cuomo a ganhar apoio, já que 82% dos moradores de Nova York apoiam o uso médico da maconha. Ele tenta a reeleição em novembro.
Apesar dessa nova medida, a posse de maconha ainda é um crime no estado. Dependendo da quantidade, a pessoa pode receber multa e advertência e também ser presa por um perÃodo que varia de três meses a 15 anos. Cultivar e vender também é um crime que pode levar a 15 anos de prisão.
A medida será implementada por Cuomo através de uma ordem executiva do Departamento de Saúde. Um “programa será estabelecido para qualificar e tornar elegÃveis participantes que possam encontrar alÃvio de seus sintomasâ€, de acordo com documentos oficiais.
Um conhecido grupo de defensores da legalização da maconha nos Estados Unidos, o Projeto de PolÃticas da Maconha, criticou duramente a lei, afirmando que ela não alcançará nem o público alvo para o qual se destina.
– Se o governador e os legisladores concordam que a maconha medicinal pode ajudar a combater doenças sérias, eles devem e podem adotar um sistema que realmente permita essas pessoas usarem a maconha – disse Karen O’Keefe, diretora do Projeto.
Alguns legisladores do estado, que apesar do ter o mesmo nome não inclui a cidade de Nova York, afirmam que continuam com o objetivo de legalizar a maconha.
Eles também criticam o projeto de lei pois, dependendo de sua aplicação, as crianças podem ser excluÃdas do acesso à maconha medicinal.