Embora muitos já saibam como surgiu o termo, ainda existem aqueles que todo ano são pegos de surpresa. Pensando nisso, o Coletivo DAR selecionou alguns textos que investigam a origem do “Four Twenty” (04/20), dia em que é comemorado o Cannabis Day nos Estados Unidos e em outros lugares desse esfumaçado planeta. Enrole o seu e boa leitura!
Às 4h20 da tarde deste domingo, usuários de maconha vão se reunir em várias cidades dos Estados Unidos e da Europa em um ato para discutir uma nova polÃtica para a droga. Em São Paulo, a Semana Pela Legalização da Maconha já teve inÃcio neste sábado. Mas afinal, por que se reunir a essa hora e por que o número 420 se tornou um sÃmbolo da maconha?
O encontro no 20 de abril (que em inglês é escrito na forma 4/20, em função do mês 4 e do dia 20) ocorre há varios anos. Já a origem do 420 remete ao ano de 1971, quando passou a ser usado como uma senha por estudantes de ensino médio de San Rafael, no estado americano da Califórnia.
No outono daquele ano, cinco adolescentes encontraram um mapa desenhado a mão que supostamente mostrava a localização de uma plantação de maconha em Point Reyes, próximo a San Francisco.
Eles resolveram encontrar o “tesouro” e marcaram de se reunir para a expedição as 4h20 da tarde. Nunca encontraram a plantação, mas a hora do encontro não seria mais esquecida.
“A gente fumava muita maconha naquela época”, contou à BBC Dave Reddix, um membro do grupo que tinha até nome, os Waldo. Reddix, que na época tinha o codinome de Waldo Dave, hoje tem 59 anos e trabalha como cineasta.
“Metade de nossa diversão era encontrar a maconha”, conta.
+ MARCHA DA MACONHA SP 2018 – 26/05, MASP
A confraria passou a usar o número 420 para seus membros da confraria para rodas de maconha. Logo a senha começou a se espalhar entre os amigos, os agregados, os conhecidos, entre eles os integrantes de uma banda de rock californiana, os Grateful Dead.
Rapidamente, o 420 passou a fazer parte do vocabulário dos “deadheads”, como eram chamados os fãs do Grateful Dead.
Em 1990, o termo e a explicação foram impressos em um folheto da banda. Foi assim que o código foi descoberto por Steve Bloom, editor da revista CliqueHigh Times, uma das primeiras publicações sobre a maconha nos Estados Unidos.
A equipe da High Times entrou na onda e passou a fazer suas reuniões de pauta às 4h20 da tarde.
Anos depois, o termou deu nome a outra publicação especializada em maconha, a Clique420 Magazine. A disputa sobre como o 420 teve origem começou com uma reportagem da revista, segundo a qual um outro grupo de amigos, rival dos Waldo, tinha inventado a históira.
Os Waldo reagiram e publicaram cartas e mostraram objetos para “provar” que foram eles os inventores do termo. Desde então, defendem com veemência a sua versão.
“Somos os únicos a mostrar provas”, diz Steve Capper, também chamado de Waldo Steve.
Segundo Bloom, editor da High Times, o termo virou uma um código semiprivado, que os usuários de maconha vão encontrar por todos os lados. O número aparece até no filme Pulp Fiction, de Quentin Tarantino, no relógio de um dos personagens.
Primeiro estado americano a legalizar a maconha, o Colorado também se viu às voltas com o número. Recentemente, uma placa que indicava a extensão de 420 milhas da rodovia interestadual 70 foi furtada. As autoridades resolveram se antecipar ao problema e mudaram a nova placa, que agora indica que a rodovia tem 419,99 milhas.
Em Denver, capital do estado, se espera uma grande festa neste domingo, já que este será o primeiro ato 420 desde que o Colorado legalizou a droga, uma polÃtica que ganha força nas Américas e na Europa.
O Uruguai aprovou recentemente a legalização da maconha, que será produzida e vendida pelo próprio governo. A discussão também ganha força no Brasil, tendo como mais célebre defensor o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que defende a descriminalização – já em curso na Argentina e no Uruguai.
Em São Paulo, o tema da semana, que vai culminar com a Marcha da Maconha no sábado, dia 26, é “Cultive a liberdade para não colher a guerra”. A campanha ganhou apoio de artistas como o cantor Marcelo D2 e o dramaturgo José Celso Martinez Corrêa, fundador do Teatro Oficina.
Os defensores da legalização argumentam que a chamada “guerra contra as drogas” não conseguiu acabar nem diminuir o consumo da maconha, só fazendo aumentar a violência devido a ação de grupos de narcotraficantes, sobretudo na América Latina, um dos centros produtores. Os defensores também ressaltam os efeitos positivos da droga quando usada para fins medicinais.
A polÃtica da “guerra contra as drogas” ganhou força nos anos 1980, durante o governo do presidente americano Ronald Reagan. A cada ano, millhares de pessoas morrem na América Latina vÃtimas da violência derivada do narcotráfico. Os paÃses da região lideram a lista das nações com mais alto Ãndice de homicÃdios no mundo, segundo relatório recente divulgado pela ONU.
Muita gente sempre nos pergunta, porque vocês postam à s 4 e 20? E acreditem, tem muito maconheiro cascudo por aà que não conhece a história do four-twenty. Por isso nós vamos aproveitar o dia de hoje, o legÃtimo vinte de Abril, ou 4/20 no calendário americano, para explicar como esse termo nasceu, ou pelo menos tentar.
O termo é datado de 1971 e tem origem em um dos estados mais liberais dos EUA, a Califórnia. Trata-se, antes de uma referência à data, de uma indicação relativa ao horário, em que jovens da subcultura da cannabis se encontravam para fazer o famoso ritual. Aos poucos o termo se tornou gÃria e, mesmo a qualquer hora, alguém olhava o relógio e, em forma de código, dizia: 4e20. E assim os envolvidos já se ligavam. Fora isso, o horário ficou sacramentado, logo todo usuário sabe que nessa hora ele não está sozinho e sim numa verdadeira sintonia da massa.
Existem muitas outras teorias, mas o verdadeiro fato é que o dia vinte de Abril é agora conhecido mundialmente como o Cannabis Day e em diversos lugares do mundo explodem comemorações enfumaçadas em sua homenagem. Uma das mais representativas é na Universidade de Colorado, que já há pelo menos dois anos reúne cerca de dez mil pessoas para festejar e protestar pela legalização da maconha nos EUA. A universidade já fez de tudo para evitar a movimentação, até tirar fotos dos estudantes que participam do evento, mas não adianta absolutamente nada.
Também no Canadá o evento já é marca registrada. Nesse dia uma enorme concentração de pessoas faz fumaça nas ruas sem que a polÃcia interfira, sendo assim completamente tolerante ao ato, que também chega a juntar dezenas de milhares de pessoas. Ano passado a concentração foi ao redor do Vancouver Art Gallery. Mais informações sobre a festa que rolou no Canadá em 2008 podem ser obtidas clicando na foto acima, de Rafael Prada, que cobriu o evento de perto.
Infelizmente o Brasil não goza de liberdades suficientes para que seus cidadãos possam consumir com consciência uma planta, durante um único dia. Aos olhos de muitos, isso é um absurdo. Normal são os quatro dias por ano de carnaval em que falta cerveja até no supermercado. Na falta de possibilidade de unir multidões para tacar fogo na babilônia, cabe a cada grupo de amigos ou individualmente comemorar da melhor forma possÃvel esse dia.
Com ou sem fumaça, o foco é a militância acerca de uma planta e mais do que isso, uma cultura mundial que se fortalece, pelo menos aqui no Hempadão, toda vez que o relógio marca 4 e 20. Feliz four-twenty a todos!
Existem várias teorias pra origem do 4:20! Uns dizem que o número faz referência ao código usado pela polÃcia dos EUA pra identificar que “uso da maconha em progressoâ€, outros dizem que o termo data de 1971, quando um grupo de adolescentes da San Rafael High School da Califórnia, chamado â€The Waldosâ€, ficou sabendo de uma plantação de maconha secreta que tinha pelas redondezas.
Hoje é 20 de abril. Mês quatro (4), dia vinte (20)! 4:20! Como assim isso não lhe diz nada e você não faz a menor ideia do que estamos falando?
Tudo bem, para a maior parte da população o número 420 não quer dizer mesmo nada. Mesmo dentro do universo de apreciadores da erva, esse número muitas vezes é uma incógnita. É certo que ele está espalhado pelos 420 cantos da cultura canábica, dentro e fora da internet. Camisetas, chaveiros, bongs, adesivos, sites, bonés e até calcinhas podem ser encontrados exibindo o número estampado por aÃ, nas lojas do ramo. Mas, afinal, o que esse número significa para a cultura canábica mundial?
Uma das versões mais repetidas para a origem do número é de que ele seria o horário apropriado para queimar um. Mas há também diversas outras versões para o mito fundador do sÃmbolo. Outra versão dá conta de que esse seria o código informal usado por policiais na Califórnia para transmitir uma chamada de rádio para a ocorrência “cigarro de maconha sendo fumadoâ€. Outra afirma ainda essa teria sido a hora exata da morte de Jerry Garcia, do Grateful Dead, banda Ãcone da cultura canábica estadunidense.
+SEMANA PELA LEGALIZAÇÃO DA MACONHA – 19 a 26 de Abril
Uma versão curiosamente aponta hoje como sendo aniversario de Tommy Chong, da famosa dupla canábica Cheech & Chong, mas de fato o Chong nasceu no dia 24 de maio. Outros afirmam que a visita de Haile Selassie à Jamaica teria ocorrido no dia 20 de abril. Quase lá, foi no dia 21. Ou ainda que 16:20, seria a hora do chá na Holanda.
Existem diversos artigos publicados sobre o tema, nos mais diferentes veÃculos, contando as mais variadas versões sobre as possÃveis e prováveis origens do 420. PoderÃamos passar horas, escrever páginas descrevendo-as, sem nunca esgotá-las. A cultura humana é dinâmica, e certamente a cada minuto, em cada roda de fumo em andamento no planeta, uma nova versão para a história é passada adiante. De fato, a origem do 420 é o menos importante para entender o fato desse número ter tanta força.
Então, porque o 420 é tão importante? Porque lembrar, celebrar, refletir, reproduzir, sobre esse dia/hora/número é tão essencial?
Porque, junto com outros sÃmbolos da cultura canábica, o 420 é usado por nós, os excluÃdos, aqueles a quem é negada a existência legal, para nos ligarmos, nos conectarmos de forma universal e atemporal uns com os outros. O 420 e todos os outros sÃmbolos servem para nos lembrar que a cultura canábica está sim fortemente relacionada com o tempo, o espaço, a história, o mundo. Que ela está viva, quente, pulsante, se reproduzindo, florescendo constantemente.
Para lembrar que ela acorda às 4:20 da manhã e toma chá às 16:20 da tarde. Serve para lembrarmos que a cultura da maconha é algo maior do que eu ou você.
Para que, sempre que virmos um número 420 estampado numa placa de carro, num letreiro de ônibus, ou na fachada de uma casa, lembremos que há uma comunidade de milhões de pessoas em todo o mundo que sentem a mesma paixão por essa planta que eu ou você sentimos.
Feliz Dia da Maconha… São 4:20 na Lapa, São Paulo, Brasil…. E aÃ, que horas são?