COLETIVO DAR
A Dica Do DAR dessa semana nos foi indicada pelo próprio Unio Mystika, que pra nossa honra e satisfação nos enviou a música que agora aqui espalhamos. Com referências a diversas lutas autônomas e partilhando muito do que acreditamos sobre a política, a letra inspira-se na luta dos garis grevistas no Rio de Janeiro: apresentamos aqui GARIS INSURGENTES, sonzera acompanhada do texto de apresentação abaixo, escrito por Mystika.
[youtube]http://youtu.be/_1VeJoeeZug[/youtube]
Pra baixar a música o link é esse. Quem gostou, espalha!
Canção composta em homenagem à luta dos garis do Rio de Janeiro, que bravamente insurgiram contra a direção não representativa do sindicato da categoria e conseguiram conquistar as pautas reivindicativas, deixando um exemplo de luta autônoma e combativa a ser seguida e explicitando uma enorme e clara descrença com a atual organização estrutural da classe trabalhadora e meio sindical.
O propósito da música é com base na luta dos “garis insurgentes”, mostrar as novas feições dos movimentos trabalhistas que não se sentem mais representados pelos atuais sindicatos, em sua maioria partidarizados e que não atendem às vontades de seus filiados. A luta dos garis é dentro muitas outras, um claro sinal de que não há mais interesse por organizações que não escutam suas bases e deliberam todas as ações de classe em uma cúpula, num esquema de enorme hierarquia, poder e interesses paralelos.
A música é dedicada a todo o mundo sindical, destinada à toda a classe trabalhadora e a todos os povos que integram a sociedade, é um apelo à necessidade de organização, autonomia e combatividade de cada indivíduo para serem eles mesmos os protagonistas da mudança e da criação de alternativas às atuais estruturas de trabalho, mercado e organização social, para que sejam eles a ruptura.
A música é muito mais do que um chamado à consciência de classe e emancipação dos subalternizados, é um grito à destruição de privilégios, abolição de classes, hierarquias, esquemas patronais, governos, Estados ou qualquer fragmento de entidade exploradora existente. É um grito de um outro mundo possível, onde a liberdade, igualdade e fraternidade esteja sempre acima e a solidariedade e cooperação em um comunitarismo mutualístico estejam centralizadas pela autonomia dos povos.