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Agosto 07, 2014

Protesto contra morte de pixadores pela PM nessa quinta (7)

Confirme presença e divulgue evento no Facebook

parede

Texto do evento:

Convidamos a todos para participar da manifestação sobre o assassinato de Alex Dalla Vecchia Costa, JETS ALD OS RGS, e de Ailton Santos, ANORMAL, ocorrido na noite da última quinta-feira, dia 31 de julho.
Alex e Ailton foram mortos pela polícia militar após entrarem no edifício Windsor, localizado na avenida Paes de Barros, no bairro da Mooca, zona leste de São Paulo. Ao contrário do que afirmam os policiais militares envolvidos na ocorrência, cuja versão foi inicialmente corroborada pela grande mídia, Alex e Ailton não adentraram o edifício com o intuito de roubar, e sim de pixar a fachada do prédio, o que fica claro na gravação em áudio de uma mensagem enviada por Alex para um amigo na mesma noite, na qual ele afirma, com perceptível empolgação na voz, que estava se dirigindo àquele edifício em específico para “fazer aquele grandão lá de pastilha […] aquele bem grandão”.

Para quem não tem familiaridade com a pixação, esclarecemos a preferência dos pixadores por deixar suas marcas em locais de grande visibilidade, tais como edifícios altos, assim como mencionado na mensagem de áudio deixada por Alex, e também por superfícies nas quais a tinta aplicada seja de difícil remoção, por exemplo, as “pastilhas” às quais se refere o pixador e que cobrem as sacadas do edifício Windsor.

Na versão apresentada pela polícia, os dois pixadores, tratados como “ladrões”, estariam armados e teriam morrido durante uma suposta troca de tiros com os policiais que atenderam à ocorrência. Este relato soa como pura fantasia para todas as pessoas que conheciam Alex e Ailton, bem como para seus familiares, que afirmam convictamente que nenhum dos dois usavam armas e que estariam no local apenas para pixar.

Há diversas incoerências na fantasiosa versão dos fatos apresentada pela PM e inicialmente corroborada pela imprensa. São muitas as evidências de que Alex e Ailton não “invadiram” o prédio para cometer um assalto. A entrada deles foi franqueada pelo porteiro, ou seja, não houve “invasão”. Os dois se passaram por visitantes e subiram até o último andar do edifício, não sem antes tirar no espelho do elevador diversas fotos com o celular, no estilo conhecido como “selfie”, ou seja, fotografaram a si mesmos durante o desenrolar dos fatos. Se a intenção deles fosse cometer um assalto, seria muito mais lógico tentarem ocultar seus rostos para não serem identificados posteriormente.

A ocorrência, atendida pela polícia militar por volta das 18h00, só foi registrada na delegacia às 23h00, e o local do crime não foi preservado. As mochilas usadas pelos dois pixadores no dia em que foram mortos foram apresentadas na delegacia depois de apreendidas pelos próprios policiais militares que atenderam à ocorrência, ou seja, seus executores. De acordo com eles [gostaríamos que fossem devidamente identificados pois precisam ser responsabilizados por seus próprios atos, cometidos durante exercício de função pública], não haveria nenhum material utilizado para prática de pixação nas mochilas, e sim duas armas, um revólver calibre 38 e uma pistola 380.

Para desmentir a versão apresentada pelos policiais militares gostaríamos apenas que fossem analisados os fatos e evidências relacionados ao evento, como é de praxe na investigação de todo e qualquer crime. Um simples exame residuográfico poderá comprovar que nenhum dos dois pixadores assassinados estava armado ou trocou tiros com a polícia.

Exigimos que sejam realizados todos os procedimentos periciais pertinentes à investigação do que sabemos ter sido uma execução sumária. Diante da morte no mínimo suspeita de dois jovens cidadãos paulistanos, trabalhadores e pais de família, cobramos do governo que cumpra o que a própria lei determina, já que neste caso foram seus próprios agentes que deram fim à vida de dois inocentes, uma ação que não pode permanecer impune.

Alex e Ailton não mais voltarão para casa nem para o convívio com amigos e familiares. A polícia militar do Estado de São Paulo tirou-lhes o bem maior da vida. O mínimo que se pode exigir é que os fatos sejam devidamente investigados e seus perpetradores punidos.
Pixação é crime e, como tal, tem pena prevista em lei, a qual definitivamente não inclui a morte. Uma morte estúpida e gratuita, fruto do abuso de poder daqueles que deveriam fazer a segurança da população, e não atentar covardemente contra ela.

Convidamos, portanto, a todos que se sintam indignados perante os fatos aqui relatados para nos reunirmos nesta quinta-feira, dia 07 de agosto, às 18h00, em frente à galeria Olido, localizada na avenida São João, 473, no centro de São Paulo. Nossa manifestação será pacífica, temos como único objetivo exigir que seja cumprida a justiça diante da execução sumária de dois amigos queridos cuja perda repentina e injusta nos deixa legitimamente revoltados. A polícia militar do Estado de São Paulo simplesmente não tem o direito de executar trabalhadores honestos, jovens pais de família e ainda por cima qualificá-los como “bandidos” ou “ladrões” para justificar o injustificável. Que seja feita a justiça e que a impunidade não mais impere em nosso país. Chega de violência policial.

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