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Abril 10, 2015

O genocídio brasileiro é macho, diz oficial da PM da Bahia

O genocídio brasileiro é macho

Danillo Ferreira FavoritarCofundador do Abordagem Policial e oficial da Polícia Militar da Bahia

Brasil Posst

Ao tentar encontrar soluções para a violência em uma sociedade os especialistas tentam detectar padrões que possam ser revertidos, evitando o derramamento de sangue e as lesões a Direitos Fundamentais. Encontrados e modificados os padrões que são causa, espera-se que os efeitos sejam distintos.

No caso do Brasil, é consenso que há muita violência ligada à produção, comercialização e consumo de drogas. Esse é um padrão apontado por todo gestor de segurança pública. Uma verdade, mas apenas meia verdade – ou menos que isso.

Não é que a droga seja o inimigo em si, mas sua falta de regulamentação, que permite que os conflitos interpessoais em torno de sua estrutura econômica não possam ser mediados legalmente pelo Estado. Enquanto o vendedor de cerveja chama a polícia para lidar com o cliente que não paga a conta, o vendedor de drogas ilícitas se arma para resolver por conta própria a situação. No Brasil, morre-se mais por fazer parte do negócio das drogas do que por consumi-las.

Obviamente, morrem os participantes do varejo, quase sempre jovens das periferias, não os que faturam bilhões com a economia da droga (arriscaria dizer que esses vestem-se muito bem de paletó e gravata).

Nesse cenário, vale observar um dado quase sempre minimizado quando se analisa os quase 60 mil homicídios que produzimos anualmente em nosso país: 93,8% dos assassinados e 93,9% dos encarcerados no Brasil são homens, segundo o último Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Essa maioria absoluta dos homens como autores e vítimas de violência não é pueril. Tão grave quanto evitarmos o controle e a regulamentação das drogas ilícitas no Brasil, criando uma ilegalidade impossível até mesmo para drogas menos graves que o álcool (como a maconha), é o fato de nós, machos brasileiros, não sermos capazes de resolver conflitos interpessoais sem uso da violência.

Se todos os homens abandonassem o país, teríamos reduzida a violência letal em mais de 90%. Sim, o genocídio que nos envergonha e assombra é eminentemente macho.

Precisamos discutir novos modelos de masculinidade, onde o respeito, o perdão e a tolerância sejam possíveis, sem gerar vergonha e redução da dignidade. Modificar essa causa teria impacto significativo nos trágicos efeitos da violência no Brasil.

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