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Maio 21, 2015

Marcha da Maconha SP acontece sábado, em meio a crescimento de 600% na apreensão do entorpecente

O Globo

Coletivo espera reunir entre 10 mil e 15 mil pessoas. Marcha se manifestará contra política ‘de guerra às drogas’ e prisões em massa

POR LEONARDO GUANDELINE

20/05/2015 15:50 / ATUALIZADO 20/05/2015 17:35

Marcha da Maconha em São Paulo reuniu no ano passado 15 mil pessoas, segundo o coletivo. A PM falou em 3 mil – Michel Filho / Arquivo Agência O Globo

SÃO PAULO – A 8ª edição da Marcha da Maconha de São Paulo, a maior do país, acontece na Avenida Paulista no sábado, em meio a um grande crescimento da apreensão do entorpecente por parte da polícia na capital paulista. Foram 4,4 toneladas apreendidas na cidade nos três primeiros meses deste ano ante 580 quilos no mesmo período do ano passado, um aumento de mais de 600%, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Em relação ao que a SSP considera “entorpecentes em geral” (maconha, cocaína, crack e outras drogas), houve um crescimento de 240% no volume apreendido na capital. Em resposta à chamada “guerra às drogas” decretada pelas forças policiais na capital e no estado e, consequentemente, ao aumento no número de prisões de pessoas por associação ao tráfico de drogas, a marcha pretende reunir entre 10 mil e 15 mil pessoas no vão livre do Masp e, de lá, seguir em caminhada por ruas da região da Paulista até o centro de São Paulo.

O ato deste ano será realizado na semana seguinte a uma decisão polêmica do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que mandou soltar um jovem que estava preso em Porto Alegre após ser flagrado com 69 gramas de maconha. Na ocasião, Barroso atacou a atual política de combate às drogas e criticou as condições do sistema prisional brasileiro.

Os pontos destacados pelo ministro são os principais temas em discussão na marcha deste ano. Ambas as políticas de Estado, de guerra às drogas e a do encarceramento em massa, são consideradas falidas e higienistas pelo Coletivo de São Paulo da Marcha da Maconha, idealizador do ato. Além do protesto, a marcha exigirá – a exemplo de edições anteriores – a legalização da produção, circulação e uso de maconha no Brasil e a utilização da cannabis para fins medicinais, recreativos e religiosos.

Proibida em outras edições pela Justiça paulista (em 2011, a Polícia Militar reprimiu com violência uma manifestação convocada em favor da liberdade de expressão, após a proibição judicial), que alegou que o evento faria apologia às drogas, a marcha acontece na Avenida Paulista, em São Paulo, desde 2008. De lá para cá, a jornalista Gabriela Moncau, uma das organizadoras, avalia que o debate no país sobre a legalização da maconha avançou bastante, mas acrescenta que há um grande desafio, que é justamente o de promover o que não acontece no Brasil atual, segundo ela: “um debate sobre a política antidrogas em todos os lares”.

Gabriela lembra que as políticas proibicionistas são recentes se comparadas ao uso de drogas no mundo. Ela acrescenta que a guerra às drogas é uma justificativa para o Estado ter domínio sobre os cidadãos e controlar ainda mais as populações já marginalizadas.

– A intenção da marcha este ano é chamar a atenção da sociedade de que a gente vive uma guerra e que o debate sobre a política de drogas não acontece em todos os lares. Ainda há uma impressão de que marcha são só usuários que vão pra rua querendo fumar maconha. As pessoas (que participam) já usam maconha. Historicamente, a relação da humanidade com as drogas sempre existiu. A proibição, no entanto, é algo recente do ponto de vista histórico. Essa guerra às drogas tem pouco mais de 100 anos. Na verdade, ela serve para o controle do estado sobre os nossos corpos e o controle da população já reprimida do estado, que são os negros, jovens e pobres moradores da periferia. Temos a terceira maior população carcerária do mundo e o tráfico de drogas é dos motivos que mais encarceram.

A Marcha da Maconha este ano, a exemplo de outras edições, reúne atividades paralelas, como festivais culturais e aulas públicas. Nesta quinta-feira, por exemplo, haverá uma roda de samba com um bloco feminista e um debate de como as mulheres são afetadas pelo proibicionismo.

– Não focamos nosso discurso pressionando deputados para criar projeto de lei x ou y a favor da legalização. Nosso trabalho é na base da mudança de mentalidade, de como lidar de outra forma com as drogas, principalmente as demais (que não a maconha), em cujas discussões ainda estamos muito atrasados. No tocante à maconha, temos avançado no debate, principalmente em relação ao uso medicinal. Esse avanço é mais por conta do Judiciário, no caso o Supremo Tribunal Federal.

Além da decisão mais recente do ministro Luís Roberto Barroso, em junho de 2011, após a repressão violenta por parte da PM no ato daquele ano em São Paulo, o STF decidiu que a marcha da maconha é legitima, pois nela está presente o exercício de dois direitos constitucionais: o de reunião e de liberdade de pensamento.

Para evitar esse tipo de ação por parte de policiais nesta edição, o coletivo elaborou uma carta desconvite à PM. “Já basta de guerra. Por uma Marcha da Maconha onde caibam muitos rostos e causas, e onde as flores vençam o canhão”, diz um trecho do texto.

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