Denver, no Colorado, Â se tornou a primeira cidade dos Estados Unidos a legalizar o uso social da maconha em estabelecimentos comerciais como bares, academias de ioga e galerias de arte.
A nova medida é parte de várias leis relacionadas com a maconha adotadas em nove estados após referendos realizados em 8 de novembro, mesmo dia da eleição presidencial.
Funcionários da prefeitura de Denver anunciaram na terça-feira, após a conclusão da apuração, que a “Iniciativa 300” recebeu votos suficientes para a aprovação.
Os consumidores devem contar previamente com o apoio de um grupo empresarial local ou de bairro.
“Isto é absolutamente histórico”, afirmou Emmett Reistroffer, figura fundamental da medida e consultor para questões relacionada a maconha em Denver.
“Somos a primeira cidade nos Estados Unidos a regulamentar o consumo de maconha”, completou.
Restroffer explicou à AFP que a decisão está de acordo com outra aprovada pelo estado há quatro anos, que autoriza o uso recreativo de maconha pelos adultos.
“É uma continuidade do mesmo espÃrito de que os adultos devem ser capazes de consumir maconha e socializar com ela, como são capazes de fazer com o álcool”, destacou.
Cada vez mais estados americanos se inclinam por legalizar o consumo de maconha com fins medicinais ou recreativos.
A Califórnia, estado com maior população do paÃs, aprovou no dia 8 o uso recreativo da droga. Massachusetts adotou uma medida similar.
De acordo com profissionais da indústria, o mercado da maconha nos Estados Unidos pode movimentar até 23 bilhões de dólares em 2020, contra 5,7 bilhões em 2015.
Em Denver, a nova lei será implementada como parte de um programa piloto de quatro anos.
Opositores da medida, como o governador de Colorado e ex-prefeito de Denver John Hickenlooper, alegam que a cidade vai estimular o consumo público da droga, em uma violação aos dispositivos em vigor no estado e a nÃvel federal, o que “afetará a segurança pública”.
O Protect Denver’s Atmosphere, um grupo que também é contrário à medida, pediu à s autoridades municipais que atuem com precaução ao conceder licenças à s empresas.
“A iniciativa 300 permite o consumo simultâneo de maconha e álcool, o que pode levar a uma deterioração maior do que se consumissem de maneira separada”, afirmou Rachel O’Bryan, diretora de campanha do grupo.