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Outubro 13, 2010

Remédio tarja preta para depressão está entre os mais vendidos no Brasil

Bom Dia, Brasil

O medicamento causa dependência e ainda pode provocar sonolência, dificuldade de concentração e falhas na memória. Para o Conselho Regional de Medicina, o remédio está sendo receitado em demasia.

Remédios, só com receita. E os remédios de uso controlado precisam de uma atenção ainda maior. Tem médico e paciente abusando. O próprio Conselho Regional de Medicina reconhece isso. Um dos remédios tarja preta, indicado para depressão e insônia, já está entre os mais vendidos do país.

Um remédio da moda. A denúncia é dos próprios médicos.

“Determinadas medicações vão caindo no gosto das pessoas e até dos médicos, por um certo assédio às vezes do próprio laboratório. Então nós, como médicos, devemos ter cuidado para não entrar nesse tipo de sedução”, alerta o diretor-secretário do CREMESP Mauro Aranha.

É um remédio de tarja preta, que só pode ser consumido com receita que fica presa na farmácia. Mas que, ainda assim, é mais vendido do que comprimidos para dor de cabeça e para cólicas. É mais vendido até do que pomadas para assaduras.

O remédio contém o princípio ativo clonazepam, usado para tratar epilepsia, ansiedade, síndrome do pânico, depressão e insônia.

“Existe um uso indiscriminado. Então as pessoas vão a médicos procurando a prescrição dessa medicação de vários tipos como alívio dos sintomas de ansiedade, mas sem o tratamento correto”, diz o psiquiatra Marcelo Niel.

A funcionária pública Roberta Mattos de Petta tomou o remédio durante um ano para combater a ansiedade. Acabou misturando o clonazepam com álcool, o que potencializou o efeito do medicamento. Ela desmaiou na rua.

“Meu desmaio, o apagão que eu tive na esquina da minha casa, os pontos que eu tive que levar porque eu quase morri”, lembra a funcionária pública Roberta Mattos de Petta.

O medicamento causa dependência e ainda pode provocar sonolência, dificuldade de concentração e falhas na memória. Para o Conselho Regional de Medicina, o remédio está sendo receitado em demasia.

“Há um exagero sim, mas as prescrições em geral não pontuais, ou não propícias são por médicos não-especialistas”, diz o diretor-secretário do CREMESP Mauro Aranha.

Uma gerente de marketing de uma grande empresa toma o remédio há sete anos. Apenas a primeira caixa foi comprada com receita: “Eu passei a usar o remédio sem receita porque me ajudava a controlar a ansiedade. Em algumas situações profissionais eu precisei usar para controlar a ansiedade, falar em público. Não queria mais fazer terapia, ir até um psiquiatra para pegar receita, enfim, e como eu tinha essa minha amiga que conseguia com certa facilidade, eu passei a consumir dessa forma”.

Um empresário de São Paulo começou a tomar o remédio para tratar uma síndrome do pânico. Dez anos se passaram e ele diz que até hoje só dorme bem sob efeito do medicamento: “Se eu, por exemplo, tiver que ir em um final de semana para o Guarujá, cheguei lá, me dei conta que eu esqueci o remédio, é bem provável que eu volte para buscá-lo. Como eu durmo bem, eu prefiro voltar e pegar”.

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