Marina Terra
Ciudad Juárez, considerada a cidade mais perigosa do México, registrou nesta quarta-feira (15/12) a marca recorde de três mil assassinatos em um só ano, dez vezes mais do que o total em 2007. De acordo com a polÃcia local, a marca foi atingida após a morte de duas pessoas nesta terça-feira (14/12).
No ano passado, 2.763 pessoas morreram em Juárez, 1.140 a mais do que em 2008. Um total de 7.386 pessoas morreu em Juárez nos últimos três anos.
Diretamente afetada pela atuação de cartéis [veja por que não usar o termo cartel] do tráfico de drogas, Juárez se tornou um sÃmbolo da violência no México. Desde o inÃcio da polÃtica do governo de Felipe Calderón no combate ao crime organizado, mais de 30 mil pessoas morreram em episódios ligados ao narcotráfico em todo o paÃs.
Aztecas
Em 29 de novembro, a polÃcia mexicana prendeu o suposto lÃder da gangue dos Aztecas, tido como responsável por grande parte da violência em Juárez, localizada na fronteira entre o México e os Estados Unidos. Os integrantes da gangue trabalham como matadores para cartel de traficantes de Juárez.
Arturo Gallegos Castrellón confessou ter ordenado a maioria das mortes ocorridas desde agosto de 2009, entre elas a de uma funcionária do consulado dos Estados Unidos na cidade e de cinco policiais federais, informou a polÃcia.
Os Aztecas e uma outra organização local, conhecida como Barrio Azteca, operam nos dois lados da fronteira. As duas gangues são aliadas ao cartel Juárez, que está lutando contra o cartel rival Sinaloa pelo controle da cidade e de suas rotas de tráfico.