Neste sábado, enquanto a Marcha da Maconha do Rio de Janeiro acontecia com mais de 3 mil pessoas, ativistas reunidos em uma ofÃcina no MASP, em São Paulo, pacificamente pintavam cartazes e panfletavam quando, à s 16h da tarde, uma unidade da PolÃcia Militar intimou 3 militantes, dos mais de 20 ali presentes, para comparecer ao 78ª DP para responder pelo crime de apologia à s drogas.
Os futuros manifestantes tinham em mãos um Hábeas Corpus, concedido pelo Tribunal de
Justiça de São Paulo, que autoriza a Marcha da Maconha do dia 21 de maio.
Todos os materiais, cartazes e panfletos foram apreendidos e levados à delegacia para averiguação, assim como os 3 militantes, junto de seus advogados.
Após avaliar o conteúdo dos materiais, o delegado responsável considerou que não caberia processo por apologia. Com isso, após cerca de 3 horas, os 3 militantes foram liberados sem serem autuados. Vitória da liberdade de expressão! Palhaçada da PM, que mais uma vez mostrou despreparo para lidar com manifestações sociais, sobretudo com o movimento pela legalização da maconha.
Confira o texto do Coletivo DAR sobre a perseguição sofrida pela Marcha da Maconha -> Libertar, libertar o direito de pensar
Segundo a PM, eles faziam apologia à droga. Evento está marcado para o dia 21, no Masp.
Três jovens foram detidos no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste sábado (7) suspeitos de fazerem apologia à s drogas, segundo a PolÃcia Militar. Eles carregavam cartazes convocando as pessoas a participar da Marcha da Maconha, que pede a legalização da droga, marcada para o dia 21 deste mês.
Outros participantes do ato não foram localizados pela PM, que foi ao local após reclamações de pessoas que passavam pela via.
Os jovens foram levados ao 78º DP, nos Jardins, mas foram liberados.
Outras cidades
Neste sábado, a Marcha da Maconha foi realizada no Rio de Janeiro (RJ), em Belo Horizonte (MG) e em Vitória (ES).
Na capital mineira, cinco pessoas foram detidas. No Rio, o evento reuniu cerca de 5 mil pessoas.
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Três jovens de aproximadamente 25 anos foram detidos por volta das 16h deste sábado no vão livre do Masp, na avenida Paulista (região central), enquanto tentavam organizar a Marcha da Maconha em São Paulo, informou a PM. Segundo o advogado do grupo, eles têm liminar que autoriza a realização do evento, marcado para o próximo dia 21.
Três capitais realizam marcha em defesa da maconha
Oito são presos na Marcha da Maconha em Belo Horizonte e no Rio
O evento, que defende a legalização da droga, acontece, com garantia judicial, em três capitais: Belo Horizonte, Vitória e Rio de Janeiro.
Segundo a PolÃcia Militar, os detidos tinham cartazes que defendiam o uso da maconha. A PM não informou se eles tinham a droga. As identidades não foram reveladas.
O caso seguiu para registro no 78º DP (Jardins).
De acordo com o advogado Renato Martins, que compareceu ao DP, os três estavam panfletando para divulgar o evento que acontece na capital paulista no dia 21.
“Eles têm uma liminar autorizando a realização da marcha”, afirmou. “O movimento deles quer propor o debate de uma maneira legal. Ninguém estava usando maconha nem fazendo apologia”, disse.
A liminar, segundo Martins, foi concedida pelo juiz Davi Capelatto, do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais), do Tribunal de Justiça.
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Cartaz pintado pelos três jovens detidos no vão do Masp, na avenida Paulista, na tarde deste sábado |
PELO BRASIL
No Rio, o juiz Alberto Fraga, do 4º Juizado Especial Criminal, concedeu habeas corpus preventivo, garantindo que os manifestantes não serão presos.
Já em Vitória, o Ministério Público acionou a Justiça, pedindo a proibição do movimento. Na ação, o promotor Marcos Antônio Rocha Pereira afirmou que a marcha consistiria em apologia ao crime. Ele também alegou que o movimento era influenciado pelo crime organizado.
Na noite da última sexta-feira (6), o juiz Marcelo Menezes Loureiro negou o pedido do Ministério Público e autorizou a realização da marcha, com a presença ostensiva de policiais.
A marcha acontecerá no campos da Ufes (Universidade Federal do EspÃrito Santo).
Os participantes do movimento se mobilizam, sobretudo, pela internet. Além de um site mantido pela organização da marcha –que mantém um fórum de discussões sobre o tema–, a hashtag #marchadamaconha é um dos tópicos mais comentados (“trending topics”) no microblog Twitter na tarde deste sábado.
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Material usado pelos jovens detidos na Paulista para divulgar a Marcha da Maconha que querem fazer no dia 21 |