O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo realiza na próxima terça-feira (dia 31), a partir das 19 horas, no auditório Vladimir Herzog (rua Rego Freitas, 530 – sobreloja) ato de desagravo aos seis jornalistas agredidos por policiais militares e guardas civis durante a chamada “Marcha da Maconha” (ou Marcha pela Liberdade de Expressão) realizada no dia último dia 18 de maio nas proximidades da avenida Paulista. (foto de Thais Ribeiro)
O ato “Contra Violência e em Defesa da Liberdade de Expressãoâ€, que será realizado no Sindicato, tem como objetivo repudiar a ação truculenta dos policiais contra profissionais de imprensa (repórteres e fotógrafos) que cobriam a manifestação. Naquela oportunidade foram agredidos Osmar Bustos (Cremesp e correspondente do jornal Página 12 e Toda NotÃcia, de Buenos Aires), Ricardo Galhardo (iG), Márcia Abos (O Globo), Fabio Pagotto e VinÃcius Pereira (Diário de S. Paulo), que já confirmaram presença na atividade. Félix Lima (da Folha.com), também vitimado, o único que ainda não confirmou. Na oportunidade, serão mostradas fotos de vários profissionais que registraram os conflitos e as agressões.
Os seis profissionais de imprensa, que efetuavam a cobertura da manifestação, mesmo identificados por crachás, foram tratados com truculência pela polÃcia. Osmar Bustos levou dois disparos de balas de borrachas nas costas desferidos por integrantes da Tropa de Choque e foi atendido no pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia. O repórter Fabio Pagotto, do Diário de SP, teve que engessar o pé após uma moto da polÃcia passar por cima. Mácia Abos, de O Globo, recebu um golpe com escudo e Ricardo Galhardo (IG) chegou a ser detido e constrangido pelos policiais. Félix Lima, recebeu jatos de gás pimenta e foi derrubado e teve seu equipamento fotográfico arrancado por uma guarda civil metropolitana.
Os policiais, que deveriam zelar pela segurança pública, praticamente impediram os profissionais de exercerem suas funções. Contra os manifestantes, não faltaram balas de borracha, bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e agressões.
Durante o ato de desagravo os participantes elaborarão documento de repúdio contra a ação policial contra os jornalistas que será encaminhada ao Governo do Estado, a Ouvidoria e a Secretaria Pública de São Paulo.
O episódio lamentável causou repercussão imediata e dois integrantes da coorporação da PolÃcia Militar foram afastados de seus postos – um tenente do serviço de rua e um comandante da Força Tática.
Segundo o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, José Augusto Camargo (Guto), é fundamental dar a proporção exata da agressão aos jornalistas para evitar que os profissionais sejam impedidos de exercer sua profissão em pleno perÃodo democrático. “O primeiro passo já foi dado com o afastamento dos policiais agora encaminharemos documento ao Governo, a Ouvidoria e a Secretária de Segurança Pública de São Paulo para que absurdos como este fiquem registrados e não voltem a acontecerâ€, argumenta Guto.