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Maio 29, 2011

Quebrando o tabu

Cabeça feita

Fernando Grostein Andrade lança documentário em que defende descriminalização das drogas sob as asas de FHC

MORRIS KACHANI
Folha de S. Paulo

Aos 30 anos, ele já entrevistou Bill Clinton, Jimmy Carter, Pedro Almodóvar, Michelangelo Antonioni. Com Caetano Veloso, percorreu o mundo. E com o ex-presidente FHC, estrela de seu documentário “Quebrando o Tabu”, que estreia no próximo dia 3, também.
Juntos, voaram aos EUA, Portugal, Suíça e mesmo a Amsterdam, para visitar os “coffee shops”, os tradicionais pontos de venda de maconha e haxixe regulamentados pelo governo holandês.
Tudo para ilustrar o eixo central do filme: a descriminalização do uso das drogas.
Fernando Grostein Andrade é bem relacionado de nascença, e isso tem ajudado um bocado a viabilizar seus projetos.
Filho do jornalista Mário de Andrade, diretor da Playboy na década de 80, e meio-irmão do apresentador Luciano Huck (um dos produtores de “Quebrando o Tabu”), cresceu em um meio que incluía alguns dos melhores nomes do jornalismo, como o editor Thomaz Souto Corrêa, do Grupo Abril (que assina como um dos roteiristas do filme). Seu padrasto é Andrea Calabi, Secretário Estadual da Fazenda.
“Não sou muito inteligente, mas meus amigos são”, costuma brincar o diretor, que hoje tem uma produtora própria de filmes publicitários e autorais. Já são dois os documentários em seu currículo, iniciado com o insólito “Coração Vagabundo” (2009), no qual flagra Caetano Veloso até mesmo nu.
Em comum com o filme atual, Fernando visualiza o que chama de “luta contra o obscurantismo”. “Caetano tem uma mente cosmopolita e lúcida. E FHC, uma cabeça muito aberta. Ele deu a cara a bater”, comenta o jovem diretor que votou em Alckmin, Serra e FHC nas eleições.
Essa “luta contra o obscurantismo” remonta aos tempos em que estudava no Colégio Santa Cruz, uma das mais conceituadas (e caras) escolas de São Paulo.
Foi quando Fernando teve a sacada de fazer uma revista dirigida aos alunos e paga por anunciantes.
No primeiro número, publicou um ensaio fotográfico sensual com as garotas mais bonitas do colégio. “Metade das pessoas adorou e outra metade quis queimar a revista na fogueira. Tinha uma galera supostamente de esquerda que queria uma revista intelectualizada”, recorda.

MAKING OFF
Sobre a descriminalização das drogas, Fernando diz: “Duas coisas me marcaram. Primeiro, quando li “Christiane F.” [célebre livro autobiográfico de uma alemã viciada em heroína]. E, depois, quando subi a favela da Rocinha para gravar um clip do Gilberto Gil”, lembra.
“Vi jovens como eu sendo explorados pelo tráfico. Lembrei de quando fui a um “coffee shop” em Amsterdam, aos 18 anos. Uma brutal diferença: em um canto, o pessoal te recebe com AK-47. Em outro, como em um café casual”.
A verba para a produção de “Quebrando o Tabu” foi obtida via mecanismos de incentivo, e o valor captado foi de R$ 2,4 milhões.
É uma cifra considerada elevada para os padrões nacionais do gênero. De acordo com a Ancine, “Cartola” por exemplo, captou R$ 1,33 milhão. “Uma Noite em 67”, R$ 930 mil. “O Homem que Engarrafava Nuvens” obteve R$ 1,83 milhão.
“Quebrando o Tabu” contou com oito roteiristas e rodou por 18 cidades, o que resultou em mais de 400 horas de filmagem. “A gente concluiu que o filme só seria legítimo se pudesse rodar o mundo mostrando como as coisas funcionam em cada lugar”, explica Luciano Huck.

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