• Home
  • Quem somos
  • A razão entorpecida
  • Chame o DAR pra sua quebrada ou escola
  • Fale com a gente
  • Podcast
  • Quem somos
  • A razão entorpecida
  • Podcast
  • Chame o DAR pra sua quebrada ou escola
  • Fale com a gente
Março 19, 2012

Em matéria sobre “geração pós shopping”,Estadão cita campanha da MarchaSP

Ruas de SP agora são da ‘geração pós-shopping’

Pelo Facebook e Twitter, eles marcam encontros pela capital para protestar em bicicletadas, churrascões, passeatas e festas

O Estado de S.Paulo

Bruno Paes Manso – O Estado de S.Paulo

Eles ainda eram bebês ou crianças pequenas quando, em 1992, a União Nacional dos Estudantes (UNE) liderou o movimento cara-pintada que culminaria no impeachment de Fernando Collor. Seus pais cresceram nos anos 1970 e 1980 na São Paulo assustada com o aumento dos roubos e dos assassinatos, espalhando shopping centers pelas ruas e muros nos condomínios.

No novo século, quando viraram adolescentes, em vez de ficar enfurnados nos seus quartos, passaram a se comunicar pelas redes sociais, abrindo uma interface com as ruas da cidade. Assumiram o papel que eles definem como de “hackers urbanos”, transformando a ocupação e as intervenções nas ruas da cidade em uma bandeira.

No ano passado, sem se importar com a lentidão que provocam no trânsito, contribuíram para que a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) precisasse interditar 12 vezes por dia as ruas da cidade para eventos políticos, esportivos, sociais e religiosos. Foram 4.497 eventos em 2011, 25% a mais do que em 2006. Até fevereiro, as ruas já haviam sido interditadas 490 vezes.

Podem ser desde bicicletadas a passeatas que defendem a liberação das drogas ou protestam contra ações policiais em Pinheirinho, Favela do Moinho e cracolândia, três momentos que motivaram a militância no começo deste ano. Passa por eventos de cunho político abastecidos por churrascadas e cervejadas – como o que criticou moradores de Higienópolis que não queriam o metrô ou o que protestou contra o projeto de lei que pretendia coibir álcool nas ruas.

Também cada vez mais gente se junta para pular carnaval em blocos de rua. Há ainda amigos e parentes de vítimas de acidentes de carros que param os bares em passeatas para pedir cuidado aos motoristas. Grafiteiros e pichadores, além de esportistas que transformaram os pulos entre muros e telhados em nova modalidade, conhecido como parkour, desde 2004 na cidade.

Mesmo quando motivados por causas diferentes, por meio do Facebook e Twitter, é na rua que a geração pós-shopping center prefere se encontrar.

“Tanto na Primavera Árabe quanto aqui, as redes sociais facilitaram a troca de informações. Só que cada grupo vive o contexto de sua própria cidade. Em São Paulo, o que une jovens é a luta pelo resgate e humanização da cidade”, diz Pedro Nogueira, integrante do coletivo Desentorpecendo a Razão, grupo que começou na semana passada a arrecadar fundos para realizar a Marcha da Maconha, que ocorre em maio, amparada por decisão do Supremo Tribunal Federal.

Coletivos. Para tentar mudar o mundo, em vez de ONGs, esses novos grupos agora se organizam em “coletivos”, estruturas horizontais onde não há chefes nem lideranças. Também se denominam “INGs”: indivíduos não governamentais.

“É mais ou menos como uma bicicletada. Naquele bolo de ciclistas, todos viram para a direita no improviso. Não é preciso uma liderança dizer aonde é que se vai”, diz Lucas Pretti, integrante do coletivo Casa da Cultura Digital, que organiza o Festival Baixo Centro, que vai até 1.º de abril nas ruas ao redor do Minhocão, no centro.

O festival terá mais de cem intervenções nas ruas e será financiado por crowdfunding (doações voluntárias que têm viabilizado projetos alternativos pela internet) e por leilões alternativos de obras doadas por integrantes do grupo e simpatizantes.

O artista Francilins Castilho Leal vem de Salvador para celebrar Exu e Pombagira, orixás das ruas. “Vamos distribuir 500 litros de pinga pelas encruzilhadas.” A performer Luanah Cruz vai participar com um vestido de 30 metros de cauda. “O tecido interage com a paisagem da cidade e provoca interação das pessoas. É bom partilhar as ruas de uma cidade que está ficando pequena demais para o desejo de todos esses grupos.” / COLABOROU ARTUR RODRIGUES

Comments

comments

Nos ajude a melhorar o sítio! Caso repare um erro, notifique para nós!

Recent Posts

  • NOV 26 NÓS SOMOS OS 43 – Ação de solidariedade a Ayotzinapa
  • Quem foi a primeira mulher a usar LSD
  • Cloroquina, crack e tratamentos de morte
  • Polícia abre inquérito em perseguição política contra A Craco Resiste
  • Um jeito de plantar maconha (dentro de casa)

Recent Comments

  1. DAR – Desentorpecendo A Razão em Guerras às drogas: a consolidação de um Estado racista
  2. No Grajaú, polícia ainda não entendeu que falar de maconha não é crime em No Grajaú, polícia ainda não entendeu que falar de maconha não é crime
  3. DAR – Desentorpecendo A Razão – Um canceriano sem lar. em “Espetáculo de liberdade”: Marcha da Maconha SP deixou saudade!
  4. 10 motivos para legalizar a maconha – Verão da Lata em Visitei um clube canábico no Uruguai e devia ter ficado por lá
  5. Argyreia Nervosa e Redução de Danos – RD com Logan em Anvisa anuncia proibição da Sálvia Divinorum e do LSA

Archives

  • Março 2022
  • Dezembro 2021
  • Setembro 2021
  • Agosto 2021
  • Julho 2021
  • Maio 2021
  • Abril 2021
  • Março 2021
  • Fevereiro 2021
  • Janeiro 2021
  • Dezembro 2020
  • Novembro 2020
  • Outubro 2020
  • Setembro 2020
  • Agosto 2020
  • Julho 2020
  • Junho 2020
  • Março 2019
  • Setembro 2018
  • Junho 2018
  • Maio 2018
  • Abril 2018
  • Março 2018
  • Fevereiro 2018
  • Dezembro 2017
  • Novembro 2017
  • Outubro 2017
  • Agosto 2017
  • Julho 2017
  • Junho 2017
  • Maio 2017
  • Abril 2017
  • Março 2017
  • Janeiro 2017
  • Dezembro 2016
  • Novembro 2016
  • Setembro 2016
  • Agosto 2016
  • Julho 2016
  • Junho 2016
  • Maio 2016
  • Abril 2016
  • Março 2016
  • Fevereiro 2016
  • Janeiro 2016
  • Dezembro 2015
  • Novembro 2015
  • Outubro 2015
  • Setembro 2015
  • Agosto 2015
  • Julho 2015
  • Junho 2015
  • Maio 2015
  • Abril 2015
  • Março 2015
  • Fevereiro 2015
  • Janeiro 2015
  • Dezembro 2014
  • Novembro 2014
  • Outubro 2014
  • Setembro 2014
  • Agosto 2014
  • Julho 2014
  • Junho 2014
  • Maio 2014
  • Abril 2014
  • Março 2014
  • Fevereiro 2014
  • Janeiro 2014
  • Dezembro 2013
  • Novembro 2013
  • Outubro 2013
  • Setembro 2013
  • Agosto 2013
  • Julho 2013
  • Junho 2013
  • Maio 2013
  • Abril 2013
  • Março 2013
  • Fevereiro 2013
  • Janeiro 2013
  • Dezembro 2012
  • Novembro 2012
  • Outubro 2012
  • Setembro 2012
  • Agosto 2012
  • Julho 2012
  • Junho 2012
  • Maio 2012
  • Abril 2012
  • Março 2012
  • Fevereiro 2012
  • Janeiro 2012
  • Dezembro 2011
  • Novembro 2011
  • Outubro 2011
  • Setembro 2011
  • Agosto 2011
  • Julho 2011
  • Junho 2011
  • Maio 2011
  • Abril 2011
  • Março 2011
  • Fevereiro 2011
  • Janeiro 2011
  • Dezembro 2010
  • Novembro 2010
  • Outubro 2010
  • Setembro 2010
  • Agosto 2010
  • Julho 2010
  • Junho 2010
  • Maio 2010
  • Abril 2010
  • Março 2010
  • Fevereiro 2010
  • Janeiro 2010
  • Dezembro 2009
  • Novembro 2009
  • Outubro 2009
  • Setembro 2009
  • Agosto 2009
  • Julho 2009

Categories

  • Abre a roda
  • Abusos da polí­cia
  • Antiproibicionismo
  • Cartas na mesa
  • Criminalização da pobreza
  • Cultura
  • Cultura pra DAR
  • DAR – Conteúdo próprio
  • Destaque 01
  • Destaque 02
  • Dica Do DAR
  • Direitos Humanos
  • Entrevistas
  • Eventos
  • Galerias de fotos
  • História
  • Internacional
  • Justiça
  • Marcha da Maconha
  • Medicina
  • Mídia/Notí­cias
  • Mí­dia
  • Podcast
  • Polí­tica
  • Redução de Danos
  • Saúde
  • Saúde Mental
  • Segurança
  • Sem tema
  • Sistema Carcerário
  • Traduções
  • Uncategorized
  • Vídeos