• Home
  • Quem somos
  • A razão entorpecida
  • Chame o DAR pra sua quebrada ou escola
  • Fale com a gente
  • Podcast
  • Quem somos
  • A razão entorpecida
  • Podcast
  • Chame o DAR pra sua quebrada ou escola
  • Fale com a gente
Maio 13, 2012

Marcha da Maconha atrai centenas em Belo Horizonte

Marcha da Maconha atrai centenas de pessoas no centro de Belo Horizonte

Movimento, que acontece neste ano em 33 cidades brasileiras, busca convidar a população ao debate sobre a legalização do uso da erva

Daniel Silveira

Humberto Siqueira – Estado de Minas

Debate aberto sobre o consumo da maconha é o objetivo do movimento que sai às ruas da capital (Euler Junior/EM/D.A Press)
Debate aberto sobre o consumo da maconha é o objetivo do movimento que sai às ruas da capital

Centenas de pessoas, que desde as 13h começaram a se concentrar na Praça da Estação, no Centro de Belo Horizonte, iniciaram no fim da tarde deste sábado a Marcha da Maconha. Eles deixaram o local às 16h20 e saíram em caminhada em direção à Praça da Liberdade. O objetivo da mobilização é incentivar o debate aberto em torno dos benefícios e malefícios do consumo da maconha e vantagens e desvantagens de uma possível sua legalização e regulamentação.

Dezenas de policiais militares acompanharam o evento, que transcorre sem qualquer tipo de tumulto ou confronto. Faixas e cartazes exibidos pelos participantes do movimento deixavam claro o objetivo de se abrir o diálogo sobre o uso da erva, sem buscar incentivar o seu consumo, o que configuraria crime de apologia ao uso de drogas.

A estudante Laura Bubantz Fantecelle pesquisou sobre o tema antes de decidir apoiar o movimento (Euler Junior/EM/D.A Press)
A estudante Laura Bubantz Fantecelle pesquisou sobre o tema antes de decidir apoiar o movimento

Dados da ONU demonstram que 80% dos usuários de drogas optam pela maconha. “Qualquer negócio não suporta uma perda desse tamanho. Seria um duro golpe no tráfico, se a maconha fosse legalizada”, afirma Nilo Victor do Carmo, comerciante de 31 anos, um dos coordenadores da Marcha em BH.

A estudante Laura Bubantz Fantecelle, de 19, diz ter se informado bastante sobre o tema antes de se decidir pelo apoio à legalização. “Percebi existir mais prós do que contras. Como a queda no tráfico, controle do uso, produto de melhor qualidade aos usuários, receita com impostos e tributos para os cofres públicos, o uso medicinal, entre outras”, esclarece.

Para um dos coordenadores do evento, Nilo Vitor, a proibição é mais nociva do que o uso. “A maconha tem mais de 25 mil utilidades. O uso recreativo é apenas uma delas. A proibição, por conta desse uso recreativo, prejudica todas as outras formas de uso, inclusive a medicinal”, pondera.

 

Concentração contou com mais de 400 pessoas, mas pelo Facebook cerca de 2 mil confirmaram presença (Euler Junior/EM/D.A Press)
Concentração contou com mais de 400 pessoas, mas pelo Facebook cerca de 2 mil confirmaram presença

VEJA FOTOS NO HEMPADÃO

Cerca de 500 pessoas participam da Marcha da Maconha em BH

Segundo a PM, três pessoas foram detidas antes do início da passeata.
Até as 18h15, passeata ocorria de forma pacífica.

G1

Marcha da Maconha começou na Praça da Estação, no Centro da capital (Foto: Raquel Freitas / G1)Marcha da Maconha começou na Praça da Estação, no Centro da capital (Foto: Raquel Freitas / G1)

Cerca de 500 pessoas, de acordo com a Polícia Militar (PM), participaram da Marcha da Maconha neste sábado (12), em Belo Horizonte. A concentração começou às 13h, na Praça da Estação, no Centro, e, às 16h20, os manifestantes iniciaram a passeata rumo à Praça da Liberdade. Além da capital mineira, Cuiabá, Fortaleza, Niterói e Uberlândia também sediam o evento neste sábado.

De acordo com o Tenente Nascimento, responsável pelo policiamento, antes da marcha, três pessoas que participariam do evento foram encaminhadas à delegacia por causa do porte de drogas. “Dois deles foram detidos na Praça Rui Barbosa. Eles vieram do Espírito Santo e disseram que iriam para a marcha. A outra pessoa detida se apresentou como uma das organizadoras do evento”, afirmou.

Jovem teve que se explicar por causa da faixa que dizia 'polícia mata, maconha não' (Foto: Raquel Freitas / G1)Jovem teve que se explicar por causa da faixa que
dizia ‘polícia mata, maconha não’
(Foto: Raquel Freitas / G1)

Até as 18h15, a passeata ocorria de forma pacífica. O tatuador Sávio Henrique, de 21 anos, teve que se explicar aos militares por causa de uma faixa que dizia “polícia mata, maconha não”. De acordo com o jovem, os policiais foram educados durante a abordagem e pediram que jogasse a faixa fora porque os dizeres eram ofensivos. O tenente explica que foi acordado com a organização que não haveria uso de inscrição ofensiva contra os órgãos públicos durante o evento e, que por isso, o jovem foi abordado. Para evitar problemas, Sávio Henrique seguiu a recomendação.

A polícia reconhece que durante o evento alguns manifestantes fizeram uso de droga. “Podemos ver que algumas pessoas estão usando maconha, mas, quando as abordamos, elas já esfarelaram a droga, não havendo materialidade para o registro da infração”, afirmou.

Manifestantes pediam 'libera, Dilma'. (Foto: Raquel Freitas / G1)Manifestantes pediam ‘libera, Dilma’.
(Foto: Raquel Freitas / G1)

Legalização
Assim como o tatuador, vários participantes da marcha carregavam faixas e cartazes. Um deles é o analista de sistemas Alexandre de Castro, de 33 anos, que é a favor da legalização da maconha, principalmente devido aos usos medicinais. “Maconha é somente um planta e muito útil pela sua aplicação medicinal. A proibição custa muitas vidas”, pontuou.

Por causa da manifestação, alguns lojistas preferiram fechar as portas no Centro da capital. O vendedor Alair de Oliveira, que acompanhou a passagem da marcha pela Avenida Afonso Pena, é contra a legalização da droga. “Se liberar, o povo e o governo vão perder o controle. Vai haver mais roubos, mais assaltos para a compra de drogas”, avaliou.

Além de policiais militares, guardas municipais e agentes da Empresa de Trânsito e Transportes de Belo Horizonte (BHTrans) acompanharam a passeata. O trânsito chegou a ser parcialmente interrompido para a passagem dos manifestantes, causando leve retenção no tráfego.

Legalidade
De acordo com a Polícia Militar, a legalidade da Marcha da Maconha é garantida por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A liberdade da realização de protestos pela legalização de drogas foi confirmada no ano passado. A pedido da Procuradoria-Geral da República, o STF mudou a interpretação do artigo da Lei de Drogas, que proíbe induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga. Em 2012, a previsão é que o evento aconteça em 37 cidades.

Cerca de 500 pessoas participaram da Marcha da Maconha em BH (Foto: Raquel Freitas / G1)Cerca de 500 pessoas participaram da Marcha da Maconha em BH (Foto: Raquel Freitas / G1)

Comments

comments

Nos ajude a melhorar o sítio! Caso repare um erro, notifique para nós!

Recent Posts

  • NOV 26 NÓS SOMOS OS 43 – Ação de solidariedade a Ayotzinapa
  • Quem foi a primeira mulher a usar LSD
  • Cloroquina, crack e tratamentos de morte
  • Polícia abre inquérito em perseguição política contra A Craco Resiste
  • Um jeito de plantar maconha (dentro de casa)

Recent Comments

  1. DAR – Desentorpecendo A Razão em Guerras às drogas: a consolidação de um Estado racista
  2. No Grajaú, polícia ainda não entendeu que falar de maconha não é crime em No Grajaú, polícia ainda não entendeu que falar de maconha não é crime
  3. DAR – Desentorpecendo A Razão – Um canceriano sem lar. em “Espetáculo de liberdade”: Marcha da Maconha SP deixou saudade!
  4. 10 motivos para legalizar a maconha – Verão da Lata em Visitei um clube canábico no Uruguai e devia ter ficado por lá
  5. Argyreia Nervosa e Redução de Danos – RD com Logan em Anvisa anuncia proibição da Sálvia Divinorum e do LSA

Archives

  • Março 2022
  • Dezembro 2021
  • Setembro 2021
  • Agosto 2021
  • Julho 2021
  • Maio 2021
  • Abril 2021
  • Março 2021
  • Fevereiro 2021
  • Janeiro 2021
  • Dezembro 2020
  • Novembro 2020
  • Outubro 2020
  • Setembro 2020
  • Agosto 2020
  • Julho 2020
  • Junho 2020
  • Março 2019
  • Setembro 2018
  • Junho 2018
  • Maio 2018
  • Abril 2018
  • Março 2018
  • Fevereiro 2018
  • Dezembro 2017
  • Novembro 2017
  • Outubro 2017
  • Agosto 2017
  • Julho 2017
  • Junho 2017
  • Maio 2017
  • Abril 2017
  • Março 2017
  • Janeiro 2017
  • Dezembro 2016
  • Novembro 2016
  • Setembro 2016
  • Agosto 2016
  • Julho 2016
  • Junho 2016
  • Maio 2016
  • Abril 2016
  • Março 2016
  • Fevereiro 2016
  • Janeiro 2016
  • Dezembro 2015
  • Novembro 2015
  • Outubro 2015
  • Setembro 2015
  • Agosto 2015
  • Julho 2015
  • Junho 2015
  • Maio 2015
  • Abril 2015
  • Março 2015
  • Fevereiro 2015
  • Janeiro 2015
  • Dezembro 2014
  • Novembro 2014
  • Outubro 2014
  • Setembro 2014
  • Agosto 2014
  • Julho 2014
  • Junho 2014
  • Maio 2014
  • Abril 2014
  • Março 2014
  • Fevereiro 2014
  • Janeiro 2014
  • Dezembro 2013
  • Novembro 2013
  • Outubro 2013
  • Setembro 2013
  • Agosto 2013
  • Julho 2013
  • Junho 2013
  • Maio 2013
  • Abril 2013
  • Março 2013
  • Fevereiro 2013
  • Janeiro 2013
  • Dezembro 2012
  • Novembro 2012
  • Outubro 2012
  • Setembro 2012
  • Agosto 2012
  • Julho 2012
  • Junho 2012
  • Maio 2012
  • Abril 2012
  • Março 2012
  • Fevereiro 2012
  • Janeiro 2012
  • Dezembro 2011
  • Novembro 2011
  • Outubro 2011
  • Setembro 2011
  • Agosto 2011
  • Julho 2011
  • Junho 2011
  • Maio 2011
  • Abril 2011
  • Março 2011
  • Fevereiro 2011
  • Janeiro 2011
  • Dezembro 2010
  • Novembro 2010
  • Outubro 2010
  • Setembro 2010
  • Agosto 2010
  • Julho 2010
  • Junho 2010
  • Maio 2010
  • Abril 2010
  • Março 2010
  • Fevereiro 2010
  • Janeiro 2010
  • Dezembro 2009
  • Novembro 2009
  • Outubro 2009
  • Setembro 2009
  • Agosto 2009
  • Julho 2009

Categories

  • Abre a roda
  • Abusos da polí­cia
  • Antiproibicionismo
  • Cartas na mesa
  • Criminalização da pobreza
  • Cultura
  • Cultura pra DAR
  • DAR – Conteúdo próprio
  • Destaque 01
  • Destaque 02
  • Dica Do DAR
  • Direitos Humanos
  • Entrevistas
  • Eventos
  • Galerias de fotos
  • História
  • Internacional
  • Justiça
  • Marcha da Maconha
  • Medicina
  • Mídia/Notí­cias
  • Mí­dia
  • Podcast
  • Polí­tica
  • Redução de Danos
  • Saúde
  • Saúde Mental
  • Segurança
  • Sem tema
  • Sistema Carcerário
  • Traduções
  • Uncategorized
  • Vídeos