Presidente do paÃs pede conselhos ao papa sobre o problema
CLÓVIS ROSSI ENVIADO ESPECIAL A ROMA
O papa Bento 16 disse ontem ao presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, que está acompanhando os problemas do paÃs, “em especial o das drogas”, até onde pôde ouvir o pool de jornalistas que acompanha o inÃcio das audiências papais.
A de Pérez Molina foi a última para um mandatário estrangeiro do pontificado de Bento 16, se se excluÃrem as previstas com o premiê e o presidente da Itália, Mario Monti e Giorgio Napolitano, que são da casa.
Pérez Molina havia antecipado à agência Efe, na véspera do encontro, que pretendia pedir conselhos ao papa sobre a sua proposta para a regulação das drogas.
O lÃder guatemalteco transformou essa proposta em uma obsessão, e está conseguindo alguns êxitos: no mês passado ganhou o apoio do megainvestidor George Soros, que se apresentou com ele em pleno encontro anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos.
A lógica de Pérez Molina é indiscutÃvel: “A luta contra as drogas não deu os resultados que querÃamos. No mundo todo, continua havendo consumo e ainda aumentaram a violência e a delinquência como produto colateral do consumo e do tráfico”.
DifÃcil, no entanto, é saber que tipo de ajuda pode dar o papado, mesmo que Bento 16 transmita a seu sucessor qualquer tipo de simpatia pela cruzada do guatemalteco.