“É preciso considerar planos de legalização de alguns cultivos de maconha, papoula e folha de coca com fins terapêuticos e medicinais, de uso industrial ou por razões culturais”, afirma o documento da guerrilha.
Em outro ponto, as Farc defendem uma diminuição da “expansão desordenada e anárquica das economias mineiro-energéticas e extrativistas”. A organização pede o fim de uma resolução que declara como “área estratégica para a mineração uma grande parte da região amazônica e uma alta percentagem de zonas de tradição e vocação agrÃcola”.
Além disso, as Farc defendem que o governo reconheça e legalize os direitos de mineração de pequenos e médios produtores. Em outro ponto, a guerrilha propõe reduzir a pecuária extensiva e “desestimular” o setor com a liberação de pelo menos 20 milhões de hectares para fins agrÃcolas.
O reordenamento da terra para a soberania alimentÃcia e abastecimento da população, o direito à água e a proteção de fontes hÃdricas e a criação de novos assentamentos rurais são outras das medidas do documento apresentado pelas Farc.
A guerrilha reivindica também a convocação de um “grande debate nacional” na Colômbia sobre a reorganização espacial e territorial.